O Padrinho
Há poucas horas, eu, que não sou fã de surpresas, fui surpreendido pelo uso do termo "Padrinho" pela Madrinha do meu filho, a Mónica, que, registo com felicidade, deu há luz, na passada 6ª Feira. O rebento, filho também do Nuno, claro, chama-se Miguel.(Re)Toques
Nesta árdua "tarefa" de encontrar receitas para a Felicidade, se estivéssemos mais atentos, notaríamos que não faltam (simples) manuais de consulta ao virar de cada minuto da nossa atenção, a atenção para nós próprios, enquanto todo, enquanto cada um. Deixo aqui um pequeno exemplo daquilo que nos pode dar mais felicidade sem que para isso tenhamos que apostar na sorte ou noutro factor estranho.
Acredito que se desviássemos a nossa atenção para a (mais) sensibilidade, seja à custa de um toque ou de uma palavra positiva, não só geraríamos um melhor-estar em nós como, certamente, seríamos mais felizes com a felicidade que, por consequência, daríamos a outros.
Não, não temos que nos andar a tocar e a apalpar uns aos outros, temos é que aprender a dar mais uso àquilo que, gratuitamente, faz parte de nós, enquanto todo, enquanto cada um.
A Paga de Sócrates
Os resultados eleitorais de hoje, caso ainda não se tenham apercebido, são mais importantes e determinantes do que imaginam, e os próximos anos, aparentemente, já estão decididos em termos "governativo-presidenciais". Por isso, e para que possam ficar com uma pequena ideia de qual será o rumo "pós-pré-Sócrates", deixo-vos em síntese as minhas projecções para o percurso que se avizinha, e a mais curto prazo do que possam pensar.Vitória aos Vencedores
À hora em que aqui escrevo este comentário, o PSD ainda não "falou", mas parece-me que dirá aquilo que todos os outros têm dito: que ganharam com o facto do PS não ter ganho a maioria absoluta, ou seja, e por outras palavras, querem transmitir a falsidade de que "ganharam" porque o PS só teve mais votos do que eles mas, na verdade - sublinham, isso não vale para nada. Quem os ouvir, sem acesso aos números - e esses é que contam mesmo, quem ganhou foram o PSD, CDS, BE e, ainda mais espantoso - e sempre em vitórias, a CDU.
Será que sou eu que estou errado ao afirmar que quem Ganha é quem tem mais votos?
Bem, concordando em absoluto com a primeira análise o jornalista da SIC, Ricardo Costa, entendo que, generalizando, o PS perdeu a maioria porque alguns milhares de votantes ficaram decepcionados com o seu percurso e acharam que não deveriam votar nele nem noutro qualquer candidato e, por outro lado, os potenciais eleitores do PSD entenderam que Manuela Ferreira Leite não era suficientemente capaz para exercer o lugar a que se candidatou, mesmo tendo o Sócrates como "continuidade". Em resumo, acredito que a grande maioria dos Portugueses, inclusive os que não foram votar, pensaram que mais vale um Sócrates com erros e defeitos do que uma Manuela Ferreira Leite que em termos de alternativa, convenhamos, nunca conseguiu sê-lo, ou melhor, aparentar poder vir a sê-lo.
Não há dúvidas, quem ganhou as eleições foi o PS e Sócrates, e tudo o resto é conversa, sim, "conversa fiada".
Francisco Moreira
TU por TI
...
Era sempre por volta desta hora, e Ela estava sempre acordada, até ao meu chegar, aquele chegar em paz para o qual Ela rezava todas as noites no "até já" da minha partida, para aquele trabalho extra, à noite, neste bar de onde acabei de chegar... Já lá vão uns poucos anos, aqueles em que não Lhe permitia esquecer-se de me desejar "Boa Sorte", com aquele olhar "último" do muro da nossa casa, do nosso tecto...
Era sempre por volta desta hora que Ela se sentia Feliz por tudo ter corrido bem, por eu estar de regresso ao Seu ninho, àquelas poucas assoalhadas onde, aprendendo com Ela, me fiz gente, onde cresci e existi. Sempre conSigo, Mãe.
Voto Sócrates
Sim, ele cometeu vários erros. Sim, o desemprego aumentou. Sim, os impostos aumentaram e diminuíram. Sim, a fiscalização foi feroz. Sim, deu e retirou privilégios. Sim, ele soube inovar. Sim, ousou concretizar. Sim, fez mais e melhor do que os antecessores. Sim, foi diferente. Sim, ele Agiu. O homem, o tal do Agir, até pode franzir o olho, mostrar a veia jugular, ter familiares hipoteticamente entalados em inúmeras irregularidades dignas de um noticiário de "6ª" exclusivamente anti-Sócrates "porque sim" (falta saber o porquê!), e "diabo a quatro". Mas, sejamos honestos: haverá presentemente alguém melhor do que Sócrates para ser líder de um Governo que Governe? Haverá alguém melhor do que Sócrates para Agir? Sim, refiro-me ao Agir, aquele verbo pouco político com "A", e não com "B" ou "C" de "conversa fiada". Sim, Agir, mesmo com danos colaterais - afinal, era impossível que assim não fosse. Agir com convicção, realismo, vontade, esperança, sem "tangas", sem utopias, sem défices escondidos na pasta de um ministro que se mandou "calar", sem verdades vazias e, pelos vistos, também sem escutas.
É, o Sócrates é "muito má pessoa", é um "muito mau político" e um "péssimo primeiro-ministro". Sim, é-o para quem se alimenta de cores das bandeiras ou de palavras "bonitas" e não de acções concretas, daquelas que ajudam muitos e afectam alguns. E, já agora, por falar em palavras, assumamos, Sócrates também é o melhor nas palavras, mesmo a desculpar-se das que disse erradamente. Basta vê-lo na Assembleia da República, onde sempre "esmagou" toda a concorrência, inclusive a que "falava à distância", sem sumo, sem ideias, com as "costas queimadas". E por falar em concorrência, aquela que nada fez de melhor, ou a outra que nunca fez nada além de ironizar ou "utopizar", não posso passar à frente sem fazer uma breve comparação de Sócrates a Durão e a Santana, isto para não me alongar muito no espaço temporal que, pelos vistos, gera tantos lapsos de memória, e não é de hoje. Em jeito de "picada", é caso para dizer que entre as "fugas" e as "festas" dos ex-primeiros, não houve tempo para Governar, mas houve sobras para desgovernar, e quem o disse foi o défice, aquele "bicho-papão" que, embora agora controlado, é trocado facilmente por um TGV que já teve outras cores, agora mais descoloridas. Pois, se calhar, e voltando à questão de quem deve ou não deve Governar Portugal, se formos mesmo honestos (inclusive no "cá dentro"), mesmo não gostando disto e daquilo no tal do Agir, temos que aceitar que esse tal Sócrates, afinal, Fez, sim, afinal, Agiu, não fugiu, nem nos deixou no pântano, mesmo gerando tantas ondas, algumas sem saber porque faziam parte dos rebanhos. Mas, afinal, não é para isso que se governa? Não é para Agir?!
Confesso que não pretendia vir para aqui tocar neste assunto, tão importante para os nossos dias, mais ainda porque sei que ele pode gerar naturais "fricções", mas não estaria de bem para comigo - com quem sou, se não dissesse nem escrevesse que, Domingo, o País pode cometer o erro de colocar no poder, e na minha humilde opinião, uma dupla-ex-péssima-ministra que - se ouvi bem, numa entrevista recente à TSF, deu a entender que, se há dois anos soubesse que poderia estar a lutar pela liderança de um governo, não se teria candidatado a líder do partido da oposição. Pois! Caso para acrescentar que; pelo menos o "mau homem" e "péssimo político", ou ainda melhor, o "mentiroso", também conhecido como Sócrates, Age, e Age mesmo.
Tenho ainda que confessar que, apesar de desejar que Sócrates consiga - para mim merecida - maioria absoluta, sou daqueles muitos que acham que o Bloco de Esquerda será o grande "vencedor" destas Legislativas, fundamentais Legislativas, e exclusivamente à custa daqueles votantes que acreditam piamente que ele já ganhou. Sim, falo daqueles que votaram Sócrates e que "jamais" (en Français) querem Ferreira Leite como líder do governo, inclusive os mais "alaranjados", aqueles que não deram a maioria ao "mau", "péssimo" e "mentiroso" mas que, em silêncio, preferem-no à "senhora daqueles cartazes" do antigamente, a mesma que não tirou o curso ao Domingo mas que se farta de dar erros de Português, sim, Português deste Portugal.
O problema - especulo eu, será se Sócrates perder por causa dos (pseudo) votos (in)úteis no Bloco de Esquerda ou no Partido Popular (aquele que esteve no governo anterior e que não fez o que agora diz querer fazer e do qual o líder se demitiu no dia em que Sócrates ganhou). Isto sem esquecer a abstenção, aquela tal "omnipresença" que diz que não vota porque não vale a pena e que se esquece de que, ao não votar, está precisamente a votar e a dar vitórias a quem não deseja, inclusive aqueles que fazem parte do "esses nunca".
Escadas
A vida é um elevador, e contra isso poucos poderão argumentar. É, é o natural sobe e desce, desce e sobe, sem esquecer as paragens por acidente ou devoção, aquelas que tanto se ficam entre 2 andares como optam por adormecer-nos no rés-do-chão.Inodoro
Muito provavelmente, não haverá melhor definição do que a de uma flor - com imagem incluída e tudo - acerca do percurso da vida de cada um de nós. Obviamente que, tal como as pessoas, poderemos ser rosas ou espinhos, cravos ou ervas daninhas, tudo depende das sementes, e do que o tal percurso nos faz "investir" num jardim ou num deserto.
E é neste constante plantar e "replantar" que podemos também avaliar o verdadeiro valor das nossas raízes, da forma como a sua presença nos segura - ou não - a esta terra de flores mil, a este despertar com mais ou menos sentido, também em função da beleza, tantas vezes aparente, outras tantas presente.
Com estas palavras, logicamente, somos impelidos a associar-nos imediatamente à flor que mais nos agrada, ou, dependendo do estado de espírito, àquela que melhor nos define neste momento, mas sempre com a certeza de que, tal como a própria flor, também temos os nossos dias, os nossos momentos, os nossos murchares, entre o pólen e o perfume, inclusive o inodoro.
Entretenimento
Muitos, mesmo muitos, são aqueles que concordam com quem afirma que a Vida é um jogo, seja ele de sorte e azar, ou de outra disciplina qualquer. Também concordo, também assino por baixo deste entretenimento constante, lotado de pequenas e grandes jogadas, de resultados incertos, sempre expectantes, nem sempre entusiasmantes. É, a Vida, afinal, é mesmo um jogo, um tabuleiro nem sempre dourado mas apaixonante que nos reserva mil peripécias banhadas por mel e fel, numa constante deambulação de sentires.
E é assim que andamos, a jogar uns com os outros, nem sempre com inteligência, nem sempre com paciência, nem sempre a brincar. Afinal, a Vida, aparentemente, é um jogo mais sério do que imaginamos. E nós, meros peões, ainda não percebemos que, muito provavelmente, nunca alcançaremos a vitória pela qual lutamos a todo o instante, aquela vitória com assinatura própria, a nossa. Porquê? Simplesmente porque, sejam quais forem as jogadas - com recurso ou não à batota, acabaremos irremediavelmente por resultar no mesmo desfecho: a morte da Vida ou, se calhar, a Vida da morte.
Calhamaço
Todos nos lembramos daquele slogan: "Ler mais é Saber mais", e do porquê de ele ter surgido, o porquê de ter sido, até aos dias que correm, tão citado. É que continuamos a ser dos países onde os livros mais ficam nas prateleiras, sejam nas dos hipermercados ou nas lá de casa, a um canto qualquer. Obviamente que: ler mais é saber mais, quanto mais não seja por se aprender à custa das histórias e pensamentos de outros, nem que seja discordando... Mas, no meu ponto de vista, mais importante ainda é o facto de este "passatempo" nos levar a pensar, a repensar e, porventura sem repararmos, a tomar opções fundamentadas pelo sumo que o "nós" e o "outros" consegue espremer.
Mesmo assim, e depois de toda esta "lenga-lenga", tenho que confessar que continuo a ter preguiça em pegar em livros, melhor, tenho-me visto mais a escrevê-los do que a lê-los, aos dos outros. Bizarro, não?!
No entanto, o que me traz para este texto é a Blogosfera, esta coisa dos Blogues que, escritos ou lidos, são, no meu ponto de vista, o novo grande responsável por dar melhor e mais uso ao tal "Ler mais é Saber mais". Não é que, por estas e outras bandas, nos deparemos com obras literárias de enorme sapiência, nem tão pouco nos poderemos dar ao luxo de dizer que sabemos escrever, ou até ler, mas, convenhamos, graças aos Blogues, estamos a ficar mais cultos, inclusive no reaprender a escrever, mesmo com um erro aqui ou uma frase mal interpretada ali. E é isso que, neste momento, me apetece evidenciar, que graças aos Blogues dou comigo - um frustrado anti-leitura-de-livros, a ler e a escrever mais do que nunca.
Para terem uma ideia, compilei 525 (dos 2600 Post) opiniões (minhas) escritas ao longo de 2 anos e meio neste "Essências", com o objectivo de as reler e poder, por curiosidade, separar o "trigo" do "joio"... E, quando meti a impressão de tanto texto a caminho, fiquei com um calhamaço de páginas à minha frente, daqueles que quase não encontram argolas com tamanho para o armazenar. Pode não ser uma enciclopédia, mas que tem ar de livro com vários volumes, lá isso tem.
Não menos interessante é, ao olhar para trás, reparar que evoluí em termos de escrita, evoluí em termos de leitura, ou seja, aprendi mais, ao ler e ao escrever mais. Por isso, se, tal como eu, fizeres um rápido balanço ao que mudaste em ti em termos de escrita e pensamento, verificarás que, mesmo sem ler um livro, à custa desta geringonça dos Blogues, aprendeste mais, e sem imposição, julgo eu.
Azulejos
Nem todos apreciamos o amarelo, e ainda bem que assim é, é sinal que temos opinião, gosto, paladar, sentir... Mas, se pensarmos um pouco melhor, em termos de objectivos - ultrapassados que estão muitos dos sonhos não realizados, afinal, não somos assim tão diferentes. Com mais ou menos predicados, todos acabamos por desejar caminhos similares, embora com características e ramificações diferentes, porventura com mais ou menos apêndices.Esmiuçar
É frequente parar-se naqueles instantes primordiais, com o objectivo de retomar caminhos, sejam eles mais à direita ou à esquerda. Paro com frequência, embora menos do que considero necessário, principalmente por ser um animal de impulsos. Mas acredito que, quando paro para repensar, estou a fazer-me melhor, ao meu hoje e ao meu amanhã. Pelo menos é essa a intenção! É nesses minutos que componho mais letras e melodias para a banda sonora do meu percurso, renovado percurso, e é nesses minutos que me realinho comigo e tento dar uso ao que a aprendizagem me foi dizendo, me foi perguntando.
Se todos parássemos mais instantes, se calhar, perderíamos menos tempo em caminhos alternativos, e, provavelmente, o nosso voto seria muito mais certeiro, independentemente da influência das ideologias dos outros, independentemente dos tropeções em que vamos caindo. Estou em crer que, com essas auto-avaliações e auto-projecções, seríamos (mais) a favor da nossa própria política, aquela que nem sempre é devidamente esmiuçada, sejam quais forem os cenários que nos queiram ou nos queiramos "vender".
Prisioneiros
As portas estão cada vez mais fechadas, e com recurso a cadeados sofisticados. Eu sei, são sinais dos tempos, dizem muitos, ou quase todos. Sim, eu também sei que os noticiários já não são o que eram, e que as primeiras páginas dos jornais quase nos obrigam a fechar-mo-nos em casa, com gradeamentos e alarmes com tecnologia de ponta. Mas, e o resto, onde fica o resto?! Sim, aquele dar sem interesse, aquele abraçar com vontade, aquele conhecer outras gentes, aquele partilhar o dia-a-dia?! Sim, aquele existir em liberdade, inclusive a liberdade do proclamado e desejado "25 de Abril"!?
Há quem diga que o melhor é prender todos os maus de uma só vez para que os bons possam finalmente sair à rua... Mas, por outro lado, convenhamos que, independentemente do mal, se não nos libertarmos, nem que seja junto dos que nos são queridos ou dos que nos parecem mais "bons", poderemos acabar os nossos dias por não ver a "luz do dia", como se a vida tivesse que ser uma infindável noite, iluminada por uma vela demasiado discreta.
Até dá vontade de gritar: soltem-nos, a nós, tristes prisioneiros do medo.
Latão
Nenhuma fachada é eterna. Há sempre aquele instante em que a máscara cede, seja pela tentação de oxigénio puro ou, pura e simplesmente, por desleixo de ocasião. Mas as máscaras continuam, por aqui, por aí e por ali, umas menos impostas do que outras, embora sempre como arma de recurso - seja por protecção, ou como arma de arremesso - com o objectivo de avançar. Contudo, nestes escritos, a minha atenção pretende desviar-se principalmente para os mascarados em vão, aqueles que se "pintam" com o mais dourado dourado, sem se aperceberem de que a pintura, afinal, tem um ou outro "risco" que permite, a olhos vistos, perceber que ali, "por baixo daquilo tudo", o metal que mais existe traduz-se num singelo e, por vezes, impuro latão.
Jogo Limpo
É bom, não é?! Claro que é! É como se tivéssemos ganho uma imensa fortuna que - percebemos - é distribuída pelos nossos inúmeros sentidos, daqueles que não dão para trocar por bens materiais, mas que nos preenchem como uma espécie de completamente. É bom, não é?! Pois, é o que (lhe) repito tantas vezes ao dia, assim ao jeito da exaustão, inclusive para não me abstrair dessa taluda, dessa vitória sem taça, mas celebrada espontâneamente com brindes constantes.
É que, sorte como esta só ganha quem vai a jogo pela vitória, e não quem se limita a ver os outros jogar, ou a jogar por jogar.
Cruzadas
Há alturas em que, naturalmente e sem saber muito bem porquê, ficamos de braços-cruzados. A Vida tem destas "brancas", destas interrupções sem parar, deste parar sem entender que se pára. Mas, o principal problema é quando se juntam, no mesmo caminho, os braços-cruzados com as pernas-cruzadas. Quando assim acontece, há grandes provabilidades de se perder um pouco de nós, e isso pode ser problemático, determinante, asfixiante. Por isso, cabe ao próprio não se deixar enfeitiçar pelas ausências e fazer tudo para desatar esses nós do "marcar-passo". Entretenimento a Sério
Já lá vão uns anos, e eu também vi em directo pela televisão aquele 2º avião... E fiquei ali preso ao televisor, horas a fio, a ver o colapso da segurança do mais seguro País do mundo. Se estava a ser assim com eles, imaginei como seria ainda mais fácil connosco.Quotas
Irrelevante
Irrelevante é um daqueles termos que usamos inúmeras vezes, mesmo sem repararmos na quantidade de oportunidades em que lhe atribuímos o papel de muleta enquanto resposta. É como se servisse de ponte para uma qualquer afirmação, uma espécie de ponto final com sabor a reticências, já que, convenhamos, não é um finito finito, pode ter continuações, embora, e aparentemente, mais ou menos irrelevantes do que o objectivo que lhe queiramos atribuir. Mas o que há, afinal, de relevante no irrelevante? Bem, pode dizer-se que há o lado do emissor e o lado do receptor, e que estes lados é que definem se tal é ou não irrelevante, como é óbvio. Mas, se assim é, porque é que continuamos a usar o "irrelevante"? Não deveria ser irrelevante usá-lo? Porque é que não nos limitamos a retirar dos nossos discursos, inclusive dos mais irrelevantes?Pois, dá que pensar, ou talvez não mereça o recurso à maça cinzenta. E é por isso é que textos como estes continuam a ser irrelevantes, embora teimemos em escrevê-los e publicá-los. Enfim, irrelevante.
Pena
É complicado quando se navega a todo o vapor para uma determinada meta e, com mais ou menos repente, se acaba por ter que soltar aquele "fôlego quente" e deixá-lo sair apressadamente por uma "fuga" qualquer, daquelas que jamais se desejou ou imaginou. Obviamente que há maneiras diferentes de largar o que se agarrou com "unhas e dentes" e as "cobras e lagartos" que tivemos que ignorar e/ou ultrapassar para "lá chegar", ali ao concretizar do sonho, aquele objectivo que "valia por quase tudo". Mas, no final, na parte da despedida, há sempre uma particularidade que se solidariza com todos os desfechos, seja em que área for. Refiro-me à pena, aquela palavra maldita que, afinal, todos vemos como uma "coitada", uma espécie de acidente de percurso que não merece luta, e que deixamos desfazer-se numa espécie de areia movediça.
É uma pena perder-se aquilo porque tanto se esgrimiu, inclusive ao "pentelho" - como se dizia, e bem, no antigamente. É uma pena ceder o lugar a quem, mesmo desconhecendo, sabemos que jamais conseguirá empenhar-se como nós, construir como nós, ser "aquilo" como nós fomos.
É, é uma pena, mas como em todos os ciclos, quando eles não se interligam, é preciso fechar uma porta para se abrir uma janela, aquela que, por outro lado, nos permitirá receber novo oxigénio, mesmo sem se saber para onde ir ou que "vento" acompanhar. É que há ciclos que se fecham sem que outros se abram, embora haja sempre a esperança, aquela que também pode transformar-se numa pena.
Prato do Dia
Não há nenhum percurso, pelo menos do lado de cá da Vida, que seja imaculadamente "doce" nem insuportavelmente amargo. Cada "prato", bem ou mal servido, é uma espécie de "Prato do Dia" onde, como na tropa, resta-nos "comer e avançar", na expectativa de que o "Cozinheiro" tenha um paladar idêntico ao nosso. Cada caminho - inclusive o mais dourado - é um destino, cada pessoa - inclusive a mais afortunada - é uma impressão digital, cada decisão - inclusive a mais imóvel - é uma resolução. E é por isso que, por muito que nos queixemos dos azedumes e nos revoltemos com a bandeira da injustiça, não deixaremos nunca de viver nesta montanha-russa. E, por mais "parceiros" que façam a viagem ao nosso lado ou connosco, não há nem haverá uma única viagem exactamente igual, nem tão pouco um indivíduo que possa afirmar que sentiu, aprendeu, percorreu ou viu o mesmo que nós.
Assim sendo, o que melhor nos resta - apesar de esquecermos facilmente o que a seguir escrevo e que todos acreditamos e dizemos vezes sem conta, é encarar o dia-a-dia como sendo único, o único onde nos é dada a oportunidade de retirar dele o mais e melhor que conseguirmos, independentemente da quantidade de açúcar que nos calhe.
Da mesma forma que não há Vidas completamente "doces", também não há caminhos completamente "amargos". É tudo uma questão de se tentar dosear melhor os "ingredientes" que nos são servidos, mesmo sabendo que teremos que comer a partir de um "Menu" que não foi escolhido por nós, mas sim pelo tal "Cozinheiro" que, tal como cada um, também tem os seus dias.
Francisco Moreira
227113712
Saber ou não Saber
As nossas acções, pequenas ou gigantes, deveriam ser precedidas por uma espécie de "Dejá Vue" que nos permitisse corrigir eventuais erros de "casting". E daí, não. Dessa forma, uma grande maioria das acções deixariam de acontecer ou passariam a ser demasiado plásticas, demasiado desvalorizadas, muitas das quais passariam mesmo ao solúvel sem atingir os propósitos. Claro que, com o prévio conhecimento dos resultados, teríamos muito melhores "saldos" e não cairíamos facilmente nos erros indesejados, os chamados "acidentes de percurso", o "falar demais", o "fónix"... Mas, por outro lado, o efeito já não teria o peso do arriscar, nem o sabor seria tão autêntico ou, pior ainda, quem levaria a sério as nossas intenções?Sim, é difícil decidir se o tal "Dejá Vue" seria ou não uma mais valia interessante, mesmo que determinante, por mais importante que pudesse ser enquanto escudo contra as nossas falhas. Há no entanto que assumir que, muito do prazer da vida, está exactamente no desconhecer, no ver "o que acontece" depois do "isto e aquilo".
Mas, afinal, em que é que ficamos?! Que prato merece mais crédito nesta balança?!
O objectivo não é encontrar resposta; é apenas, e só apenas, fazer-nos pensar melhor antes de agir, algo que, tantas vezes, nos pouparia a dissabores que no "depois" já não conseguimos rectificar. Mas, já agora, e para os crentes como eu, há sempre um pormenor que vai fazendo muita diferença. Dá-se pelo pomposo nome de instinto. Mas, como em tudo o que não é exacto, inclusive o "Deja Vue"pelo qual todos já passamos, o problema persiste e persistirá pela simples razão de não termos sempre as antenas ligadas para a frequência com que o instinto nos alerta. E é precisamente aqui que - sejamos honestos - optaríamos sempre por uma única posição, o "saber" ou "não saber", dependendo da importância que déssemos ao que estava em disputa neste jogo do "não sei se quero saber".
Pontes
Não há nada melhor do que ter pontes, sejam elas mais antigas ou mais recentes, mais a norte ou mais a sul, o importante é ter pontes, daquelas firmes, em ferro maciço ou em pedra que não se desgasta. Podemos baptizá-las de amigos, parceiros ou de outra forma qualquer, mas, as verdadeiras pontes, acima de tudo, são os alicerces de que cada um de nós necessita para fazer das travessias um percurso melhor, mais acompanhado e equilibrado.
Já vi pontes ruírem por muito pouco, e outras a erguerem-se do quase nada, mas nunca vi ninguém conseguir caminhar sobre a "água" sem uma ponte partilhada.
Pião
Mas há sinais estampados em labaredas
E provam que há mais do que o não
Eu sei que o adeus é muito exigente
Mas o sempre não é um actor eterno
É que no passado há muito presente
Seja qual for a dor ou a cor do inferno
Nem todas as fotografias são perdidas
Mesmo com respostas cronometradas
Acredito que há luz em todas as saídas
E muito mais sonhos do que estaladas
Há quem julgue que o tempo tudo decide
E que a saudade não encontra o fim
Mas há vento que nos cria e agride
Mesmo quando só fala de e para mim
Tão Bom!
Sabe tão bem chegar a casa, à nossa casa, aquela que parece pedir para que carreguemos um pouco mais no acelerador de maneira a encurtarmos rapidamente o que nos distancia do seu reencontro.Remar
Cheguei a terra. A ver vamos se reencontro o meu mar, aquele que deixei por aqui e por ali, num puzzle de emoções, ora cinzentas, ora de reinício, mas sempre sentidas, principalmente nos pormenores do instante da observação.Dª Ana
É uma pena quando, ainda de luto, temos que encarar de frente com uma nova e difícil selecção de "imagens", bem diferentes daquelas que, aqui, onde ainda estou, usei como "postais" numa espécie de "re-ancorar" para tentar "mudar de ares", nem que fosse por instantes, assim "ao longe". E Tempo?
Nós, surreais-escravos-do-relógio-por-opção, se um dia parássemos para avaliar honestamente a nossa qualidade de vida, ficaríamos frustrados com a espantosa e inqualificável falta de tempo que nos sobraria. Confuso? Talvez não.Acerca de mim
- FM
- Portugal
- Sempre algures entre o hoje e o amanhã, sem esquecer a memória.
Outros Dizeres
Porto Canal
O Livro do Ano
Escrito por uma Deusa e um Sonhador... em nome de um Ângelo
...Sempre...
A Visitar...
- Facebook ViceVersaBar
- Tentem, Tentem Ser Felizes!
- Vice Versa Bar
- Talvez
- Tábua de Safira
- Abalos da Alma
- Quatro Elementos
- ÂNGELO
- Pingos de Amarelo
- Tatuagens
- O Caos das Teorias
- A alquimia das palavras
- Amor Infinito
- Amor ou Consequência
- Palavras Cruzadas
- Amorita
- Era uma vez...
- Anjo e Demónio
- Ares da minha Graça
- As coisas que eu acho...
- Blog da Ka
- Blue Velvet
- Coisas de Vidas
- Comum Mortal
- Da Vida e outras Piruetas
- Em banho Maria
- Equilíbrio
- Escolhas Múltiplas
- Happy even when it rains
- Joana
- Keep your mind wide open
- Lagoa Real
- Livro de Reclamações
- Lua de Sonho
- Maçã com Canela
- Miauxrabiscos
- Mimo-te
- No Gabinete
- Não sou um Blogger
- Opinas ou Não
- Palavras de Vidas
- Por entre o luar
- Pensamentos de uma Garota Normal
- Penso Visual
- Pérola
- Rafeiro Perfumado
- Sexualidades, Afectos e Máscaras
- Shiuuuu
- Simplesmente... Eu
- Sisters
- Som do Silêncio
- Sunshine in the Morning
- Tertúlia Lilás
- This Planet Says
- Ás de Copas
Quem visita
Blog Archive
- maio (1)
- abril (6)
- março (3)
- fevereiro (9)
- janeiro (7)
- dezembro (8)
- novembro (12)
- outubro (13)
- setembro (2)
- agosto (3)
- julho (2)
- junho (15)
- maio (9)
- abril (11)
- março (15)
- fevereiro (5)
- janeiro (3)
- dezembro (2)
- novembro (11)
- outubro (12)
- setembro (13)
- agosto (9)
- julho (14)
- junho (21)
- maio (16)
- abril (18)
- março (21)
- fevereiro (22)
- janeiro (28)
- dezembro (25)
- novembro (24)
- outubro (30)
- setembro (41)
- agosto (55)
- julho (71)
- junho (46)
- maio (23)
- abril (32)
- março (80)
- fevereiro (39)
- janeiro (30)
- dezembro (45)
- novembro (62)
- outubro (37)
- setembro (39)
- agosto (56)
- julho (181)
- junho (159)
- maio (122)
- abril (77)
- março (91)
- fevereiro (103)
- janeiro (85)
- dezembro (54)
- novembro (60)
- outubro (54)
- setembro (72)
- agosto (54)
- julho (159)
- junho (95)
- maio (108)
- abril (120)
- março (80)
- fevereiro (75)
- janeiro (74)
- dezembro (77)
- novembro (129)
- outubro (142)
- setembro (175)
- agosto (124)
- julho (1)












