quinta-feira, 28 de julho de 2011

Low Cost

Não é por estarmos em período de férias nem tão pouco por ter chegado em força a "silly season", mas estou em crer que a sinalética que dá cor a este "post" certamente inspirará muitos dos que passam por cá. (E, antes de mais, Obrigado por aturarem este "moralista" de segunda classe!)

E a mim também inspira, principalmente naquelas alturas em que me dá vontade de ir para longe, inclusive sem destino, ir por ir, só para apanhar ar, para inspirar à conta de outras gentes, de outro "oxigénio"...

Uma das prioridades que nunca consegui colocar em prática foi a de ter umas mini-férias a cada final de um trimestre. Sim, quatro vezes por ano! E este, sim, acredito, é provavelmente o melhor conceito de férias, por mais curtas que possam parecer cada uma dessas semanas. E independentemente do cansaço que possam gerar, naquele atarefar do ir além do sufoco do chegar, parece-me sempre mais interessante enquanto meta a "curto prazo" do que não ter meta nenhuma.

E este ano, por imensas razões e algumas "razõeszinhas", já estou com vontade de partir, embora ainda não me tenha dado ao trabalho de "pegar num mapa", seja qual for o número de quilómetros que ele possa delimitar.

É, ando sem tempo para pensar no tempo em que me apetece(ria) desfrutar do tempo, aquele que não implica o "ao minuto".

Mas voltando ao cerne da questão: um dia destes convenço-me de que tenho que tirar férias de 3 em 3 meses e, quando assim conseguir - venha quem vier!, apanharei aviões uns atrás dos outros, por mais "low cost" que possam parecer os destinos, quanto mais não seja para tirar férias de mim, algo que eu também mereço, e os outros, já agora.


Francisco Moreira
quarta-feira, 27 de julho de 2011

Procuro-me

Nos últimos tempos tenho andado algo cansado, e mais do que é costume, e não é só pelo trabalho que me tem ocupado mais do que é normal.

Sinto que ando mais cansado porque não me tenho encontrado comigo as vezes que gosto e sinto precisar, e, pior ainda, eu e eu, não temos tido as conversas com que chegamos a acordo, ou nem sempre.

E isto é algo que me cansa muito: o não me reencontrar amiúdas vezes, principalmente no ao virar do pensamento, como tanto aprecio. Sim, ao virar do pensamento, já que quanto ao virar do agir, posso afirmá-lo, ainda me vou encontrando, embora com mais esforço, e com pouco "paleio".

Será isto necessidade de férias ou cansaço de mim mesmo?

Prefiro pensar que é uma questão de férias, embora, infelizmente, pelo que me diz o calendário, além de estarem algo longe, serão fugidias, apesar dos dias que, em breve, tentarão recompensar-me de outros cansaços, os mais recentes, os mais físicos, por assim dizer.

Se bem me conheço, na verdade, nem sou daqueles que necessitam de grandes férias, principalmente porque - e é outra grande verdade! - ando constantemente cansado, ao ponto de achar que só sei viver assim; agitado, atarefado, quando sou eu o principal responsável por isso mesmo.

Em resumo, e voltando ao início, acho que ando cansado de não me encontrar no tal ao virar do pensamento, aquele que, embora também cansando, ajuda-me a retemperar energias, aquelas com que obrigo o corpo a continuar.


Francisco Moreira

Viram o Verão?

Anda para aí tudo a dizer que este verão está ainda pior do que os piores dos outros anos, pelo menos os mais recentes. E não é que é verdade?

Será que 2011 presentear-nos-á com calor e praia na altura das "batatas e bacalhau"?

Seria giro, não seria!? Embora preocupante, esta transformação meteorológica dos nossos tempos.


Francisco Moreira
sábado, 23 de julho de 2011

Até LÁ!


Há quem me chame "dinossauro do Karaoke", talvez por já ter organizado cerca de 30 concursos, incluindo os maiores do País. Mas cada final é uma final, e 17 anos depois de entrar nesta coisa da "apresentação Karaokeira", eis que está a chegar o dia de apresentar mais uma série de grandes intérpretes, alguns dos quais já me "acompanham" em imensas finais há muitos anos.

Não há finais iguais e muito menos más finais, o que há é momentos mais inspirados do que outros. E, amanhã, estou em crer - julgando pela qualidade média dos finalistas, será dia para mais uma série de momentos arrepiantes, principalmente por, cada um deles e todos ao mesmo tempo, poderem contar com um público que faz jus ao acontecimento.

E numa altura em que tão mal se "quota" o Karaoke, inclusive em Portugal, confesso que sabe bem, quer a mim, quer a todos os intervenientes, poder proporcionar um espectáculo com uma grandeza muito acima da média. E é isso que tentaremos fazer uma vez mais amanhã, desta feita no B'jekas.

Assim sendo, amanhã, Domingo, passarei a noite em mais um palco, eu e mais uma vintena de grandes vozes a cantarem de tudo um pouco e a tentarem animar - e -lo-ão certamente!, as centenas de pessoas presentes.

Será a Grande Final do Concurso de Karaoke do B'JEKAS (junto à Igreja de Matosinhos). O epílogo de quase 5 meses de eliminatórias.


Se irá será IMPERDÍVEL? Claro que sim!



Até LÁ!


Francisco Moreira

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Onde estavas a 12 de Abril de 1981?

A 12 de Abril de 1981, aquando do lançamento do "Columbia", lá estava eu e muitos milhões por este (diferente) planeta fora em frente ao televisor - acho que a cores! - a assistir a uma espécie de "primeira" ida à Lua.

Lembro-me que foram horas de espera e ansiedade, com imagens vindas do outro lado do mundo, dos Estados Unidos, na altura o país das descobertas, o país das grandes novidades.
Hoje, 30 anos e mais uns meses depois, eu e mais uns largos milhões assistimos à chegada do último "vai-vem" espacial, desta feita, a "Atlantis". E que bom foi recordar mentalmente 3 décadas em poucos minutos, 3 décadas de vida, convenhamos, e não apenas de era espacial...
O futuro da altura sabe hoje a passado, e é com estas pequenas imagens que percebemos como o tempo voa, e também ele à velocidade da luz.
É por isso que nunca devemos deixar para outro dia o que deveríamos viver hoje, principalmente porque o ontem não voltará e porque o amanhã ainda não nos pode comprovar que chegará mesmo, por mais tecnologicamente avançados que nos sintamos.


Francisco Moreira
quarta-feira, 20 de julho de 2011

Lembrete

É nos relembrar que geralmente nos sentimos impelidos a agir, principalmente quando passamos a vida instalados no "sofá dos acontecimentos", aquele que não nos dá descanso.

E esta espécie de lembrete tem esse objectivo: propor que ajam, que façam algo que possa ser útil a outros, mais conhecidos ou mais desconhecidos.

Dêem abraços, enviem mensagens de telemóvel, digam que gostam de alguém, amem e apaixonem-se sem receios, existam.

E depois, se é que é necessário um depois, desfrutem do efeito "boomerang", aquele que, geralmente, funciona como recompensa por nos lembrarmos dos outros e nos darmos ao "trabalho" de o expressarmos sem o deixar para um amanhã que, por vezes, faz com que o tempo deixe de fazer sentido.

Será assim tão difícil fazer mais e melhor do que nada?



Francisco Moreira
terça-feira, 19 de julho de 2011

Inspiração

Numa entrevista, um dia destes, alguém dizia que a inspiração vem essencialmente do trabalho, embora o sublinhasse com outras palavras, muito mais bem conseguidas do que estas que para aqui escrevo em jeito de tópico.

E aqui está uma questão para qual ainda não encontrei resposta, principalmente por ser daqueles que - e não só em termos de escrita - teima na persistência, mesmo que ela esteja a ser servida sob o signo da exaustão.

Apesar de deixar a meio muito do que invento - e invento muito, a todo o instante, sou daqueles a quem o cérebro não dá descanso, independentemente da importância final que possa vir a ter o desafio. E como gosto de desafios, principalmente fora do meu contexto.

Não consigo dedicar-me a um único tópico, necessito constantemente do fervilhar que a confusão de assuntos me provoca, ao ponto de, sinceramente, me sentir esgotado, tamanha é a quantidade de desenvolvimentos que me imponho, e em simultâneo.

Este acontecer, claro, tem os seus "quê's", e muitos deles afectam certamente os outros, porventura até os mais importantes. Mas, mesmo assim, mesmo tentando mudar, confesso que não consigo viver sem intervir, sem criar e recriar, inclusive quando o mais importante vive da inspiração do momento e não das horas e dias que dedico ao mais superficial.

Quem me dera, quem me dera poder impor-me a inspiração do instante, aquela com que me apresento todos os dias e que, nas noites, mais não é do que dedicação.


Francisco Moreira
quinta-feira, 14 de julho de 2011

Spray

Um dia destes, encher-me-ei de vontade e coragem e darei um salto a um qualquer daqueles hipermercado citadinos para interpelar um dos funcionários que usam a t-shirt "posso ajudar?".

Sim, dar-me-ei ao luxo de ousar perguntar se, por acaso - só por acaso, têm algum spray que possa limpar instantâneamente muitas das parvoíces que ouço desde o levantar ao deitar.

Não, não me refiro exclusivamente aos palavrões! Refiro-me aos conteúdos negativos e mesquinhos com que tanta gente fala de outra tanta gente. Falo, por exemplo - e para que se perceba onde quero chegar, das sentenças ditas em vão e da maldade sem razão, ao jeito de "certeza" sem validação.
Incomoda-me, e muito, este falar-se em voz alta do que não se sabe simplesmente porque há que dar a ideia de que se sabe mais do que os outros, nem que seja para "fazer bonito".

Ouço cada alarvidade - e nada de confundir alarvidade com ignorância! Mais, estou certo de que muito do que se diz em público deve fazer corar Deus ou os seus homónimos, e vezes sem conta.

A ver vamos se encontro o tal spray, para ver se o compro, mesmo que só sirva para disfarçar o que os meus ouvidos e olhos constatam, um pouco por todo o lado.


Francisco Moreira
quarta-feira, 13 de julho de 2011

Contas

Não é raro ouvir-se dizer que todos somos energia. E, ironicamente, pelo que os rostos de hoje, mesmo disfarçando, nos mostram, o que mais falta a tanta gente é energia.

Estamos sedentos de uma espécie de milagre que nos faça acreditar em finais mais felizes. Estamos àvidos de melhores dias, de melhores relações e de novos ou renovados objectivos.

Nunca vi tanta cabeça tão cabisbaixa, nunca vi tanta desistência inscrita no olhar, nunca vi a perda ser aceite com tanta "leveza" e resignação... E isto, convenhamos, deve-se em grande parte à falta de enrgia (neste caso, esperança e confiança), seja ela de que "marca" for.

Não gosto, e não gosto mesmo nada de ver tanta bandeira de insatisfação marcar pontos negativos à custa da propagação do "é a vida". Não gosto, e não gosto mesmo nada de sentir tanta tristeza amarrada a questões que deveriam ser menores.

Claro que podem sempre atirar-me com o: "onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão", claro que sim, claro que também me sinto tentado a "comer e calar".

Mas - e apesar de ser demasiado fácil falar, será que o "comer e calar" resolve alguma coisa?!

Claro que não.

Está na altura de mudar de perspectivas, de inventar quadros menos manchados e caminhos alternativos, mesmo que continuem a abundar no pairar dos dias, no pairar das responsabilidades. Não, não proponho que passemos a rir de cada vez que surja uma dificuldade. Não, não proponho que se aceite de bom grado a infelicidade de um ou outro gesto.

O que proponho então?

Proponho que compensemos as tantas perdas da "moda" com os "ganhos" esquecidos - aqueles simples acontecer que estão sempre "à mão de semear", por mais que os desvalorizemos. Eu sei, eu sei que não se pagam contas nem se saram feridas com sorrisos. Mas também sei que não há défice, seja ele monetário ou emocional, que melhore com lágrimas e afins.

Onde pára a tal energia? Onde está ela quando é mais precisa? - perguntar-me-ão.

Está onde sempre esteve: dentro de cada um, por mais difícil que possa ser encontrá-la, tamanha é a quantidade de "nuvens" com que a vida nos ofusca. Mas está lá, e isso é comprovado a todo o instante à custa dos inúmeros testemunhos daqueles que não fazem do desistir uma consequência mas sim um degrau a ultrapassar.

Afinal - e há que acreditar, todos somos feitos de energia, e, por mais que custe, nunca devemos deixar-nos "morrer" em nome de uma qualquer "conta de luz", já que, se pensarmos bem, as contas passam e a LUZ fica.

Francisco Moreira
terça-feira, 12 de julho de 2011

Sinais

Provavelmente por andarmos constantemente entretidos com os nossos problemas mais superficiais - aqueles que temos entranhados no pensamento de todos os dias, nós, humanos, nem reparamos nos sinais que a vida nos apresenta amiúdas vezes.

Sim, é verdade, não faltam sinais!

A vida, ou quem nos a "ofereceu", também tem esta "missão" especial, a de nos tentar ajudar a conseguir melhores opções no que diz respeito aos percursos que podemos ou devemos escolher.

Ou alguém tem dúvidas de que nem tudo está traçado, que temos influência nos resultados finais, quanto mais não seja à conta de um tal de livre arbítrio?!

Obviamente que nem todos os pormenores são sinais. Mas certamente que já todos ficamos a pensar num ou noutro acontecimento "curioso", ficando entregues, mesmo que por breves instantes, à "pulga atrás da orelha".

E é uma pena, uma imensa pena, não sabermos ler os sinais que nos são colocados "à mão de semear", inclusivamente quando acabamos por seguir "ao calhas" exactamente por onde eles nos indicam.

Sorte? Talvez sim, talvez não.

Por outro lado, se calhar, com o tal manual explicativo, "isto" não teria tanta "piada" nem tanto "sabor"... Mas que ganharíamos muito mais enquanto pessoas se soubéssemos ler e escrever o "livro do acontecer", lá isso ganharíamos, quanto mais não fosse para aprendermos a não nos desculparmos de tudo e mais alguma coisa à custa do destino: a vitima e desculpa perfeita para todas as nossas reclamações.


Francisco Moreira
segunda-feira, 11 de julho de 2011

E tempo?

Tentando ser completamente frio, e porque por vezes temos que o ser, quanto mais não seja para percebermos o que achamos perceber mas que nunca o encaramos convenientemente nem o encarnamos, neste preciso momento estou com vontade de classificar a morte como um conjunto de fotografias focadas e desfocadas que, dependendo da durabilidade das molduras, melhoram ou não o resultado final da tal banda sonora com que nos vamos sintozinando dia após dia, ano após ano. Com isto, em resumo, tento apenas relembrar que o pior da vida não é o que perdemos quando morremos ou nos morre alguém especial. O pior da vida é aquele tanto que deixamos de viver por acharmos que acabaremos por ter tempo para dar tempo ao tempo que tanto desejamos, enquanto, irononicamente, o vamos desperdiçando.
Confuso? Exagerado?
Não acho.
Se morrermos neste preciso instante e se nos derem tempo para beber um copo de água, estou certo de que, além das fotografias, aproveitaremos esses instantes finais para nos penitenciarmos por termos perdido demasiado tempo com páginas e páginas de nada, deixando tanto por escrever.
Será exagero? Estão confusos?
Eu também, principalmente por continuar(mos) a recorrer à velha máxima do: "olha para o que eu digo e não para o que eu faço", tal como todos.


Francisco Moreira
quarta-feira, 6 de julho de 2011

- Que se lixem!





Que me perdoe todo o lixo do mundo e derivados, mas não gosto nada de ver o País do qual tanto me orgulho, a história que me serve de referência e tudo o resto serem atirados literalmente para o lixo por uns "agiotas quaisquer" - daqueles que, provavelmente, só conhecem um resort do "AllGarve", deixando-nos ainda mais à mercê de outros "agiotas" - abutres.
Eu sei, eu sei que temos esta mania do "deixar andar" e que, se pudermos, só pagamos no último dia o que deveria ser tratado ontem. E até aceito que - esticando a corda - podemos ser fãs de fuga aos deveres e às legalidades, mas daí até ao tratamento de lixo, convenhamos, vai uma grande diferença, e para muito pior.

Somos pequenos mas já dominamos o mundo. Somos pobres mas sempre soubemos sobreviver. E, acima de tudo, temos o prazer e a honra de poder afirmar que somos gente da autêntica, com raízes, e bem vincadas.

Não, não sou apologista do "orgulhosamente sós", e também acredito no ter que se aprender a viver numa globalização competitiva, já que fazemos parte do mundo. Temos que aceitar as regras, temos que cumprir o estabelecido e "diabo a quatro"... Mas permitam que sublinhe que é inadmissível usarem um País tão grande como o nosso e com futuro - porque o temos! (e certamente que existem outros casos!) - para chegarem a fins que mais não são do que alimentar o umbigo esfomeado de quem tenta acreditar que à custa de "calcanhares de Aquiles" conseguirá vergar uma Europa, esquecendo-se de que ela é velha e demasiado sabida.

Sim, refiro-me ao tratamento de lixo que uma tal de "Moody's" decidiu aplicar-nos em nome de uma feroz tentativa de ferir o Euro, para ver se, finalmente, conseguem recuperar o moribundo Dollar.

Só há um pequeno problema, o problema que nos criaram. Aquele que, se bem conheço os Portugueses, é bem capaz de, em efeito "boomerang", criar um grande problema a quem nos julgou "pequenitos à beira-mar plantados".

Ironizando; os senhores que ditam as "cobranças" e juros mundiais, muito provavelmente, caíram no displicência de "comerem com os olhos", e sem se aperceberem que, quando "picado", Portugal consegue ser maior do que o próprio Mundo.

Independentemente das contas que tenhamos que pagar - e pagaremos!, estou certo, acabaremos por mostrar que eles - sim, eles!, não têm qualidade suficiente para servirem de saco do lixo já que: nós, sim, nós, somos um poderoso contentor, mesmo que não saibamos reciclar.

Que se lixem!

Francisco Moreira
segunda-feira, 4 de julho de 2011

Carrocel

Todos sabemos que cada caminho, independentemente das decisões, tem dois sentidos, duas hipóteses de sentido, pelo menos. E, mesmo assim, não são raras as vezes em que entramos em contra-ão, mesmo sem nos apercebermos.

A vida, como se consta, é uma longa e sinuosa estrada, por mais atalhos que procuremos, por mais desvios a que nos obriguem. É assim. Faz parte, acrescentam quase todos.

No entanto, neste caminho a que damos cor, ora mais lúcida, ora mais acinzentada, não faltam sinais, sejam eles mais visíveis ou mais discretos, embora sempre presentes.

Digamos que o caminho de cada um é provavelmente uma espécie de mapa do tesouro, haja ou não haja "prémio", hajam ou não hajam respostas definitivas.

Há também quem julgue que com as descobertas dos "tempos", mais tarde ou mais cedo, acabaremos por encontrar à venda num qualquer hipermercado um "GPS" tecnologicamente eficaz, daqueles que nos permitirão evitar estradas secundárias e - melhor ainda! - corrigir erros de navegação, aqueles que cometemos todos os dias e que teimosamente não fazemos por rectificar.
Por outro lado - e pensando melhor, estou em crer de que se continuamos perdidos, mesmo achando que estamos na direcção certa, é porque este caminho, o nosso, mais não é do que uma espécie de carrocel onde, volta a volta, não saímos do sítio, por mais fichas que possamos investir, por mais evoluídos que nos possamos julgar.


Francisco Moreira
sexta-feira, 1 de julho de 2011

Montanha-Russa

O mundo é-nos servido com todas as condições e mais algumas - muitas delas por descobrir, imagino. No entanto, do alto deste nosso "sedentismo", não parámos de escarafunchar centímetro a centímetro, numa avidez sufocante.

E o mundo, de mão dada com o planeta - já que os vejo como distintos, embora interligados, olha desconfiado para este nosso acontecer precipitado e egoísta - como se não houvesse amanhã.

E é exactamente aqui que a "porca torce o rabo". É que, caso não nos apercebamos, ninguém pode afirmar que haverá amanhã, já que a única certeza pela qual podemos assinar é a de que se vive exclusivamente no hoje. No máximo, em cada acordar - se é acordamos!, poderemos dizer que tivemos ontem, mas nunca garantir que o amanhã irá acontecer, já que isso depende do mundo e do planeta, custe-nos o que custar.

Por esta e outras razões, ironicamente, o mundo e o planeta, divertem-se e entristecem-se à nossa custa, principalmente porque fazemos deste "recreio" que é a vida uma espécie de "montanha-russa", e daquelas que, "ficha a ficha", nos dá constantes picos de adrenalina mas sem nunca garantir que se dará a volta a isto ou àquilo, e muito menos em nome de um calendário.


Francisco Moreira

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