sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Precisa-se de T3+1 no Céu

Provavelmente, só na tal hora da "partida" é que todos nós pensaremos naquilo que iremos encontrar do "outro lado". E refiro-me exclusivamente ao número de assoalhadas a que teremos direito, se com ou sem vista para o mar ou para as nuvens, e, não menos importante, como serão pagas as contas da electricidade, do gás e da Internet.
Será que um qualquer Anjo ou Demónio, de folheto tridimensional na mão, nos tentará impingir esta ou aquela casa, esta ou aquela localidade, mais fria ou mais quentinha, consoante os créditos conquistados à custa dos poucos ou muitos pecados usados na vida terrena?
É, cá por mim, apanhando-nos desprevenidos, e sem nos darem tempo útil para pensar e tomar uma decisão fundamentada - já que não sabemos as características desse outro mundo - acabaremos por aceitar o que primeiro nos "impingirem".
Será que, depois da assinatura, poderemos ir à "Deco" lá do sítio e exigir a anulação do contrato? Será que poderemos trocar de colchão?
Bem, cá por mim, que não aprecio surpresas, vou aproveitar o fim-de-semana para colocar num papel as condições de pagamento que aceito e ver se, na minha contabilidade dos pecados, terei mais hipóteses de ir para um hemisfério sul ou norte. É que, tendo em atenção àquilo que dizem - que ficaremos lá uma eternidade, não quero passar o resto da outra vida a reclamar daquilo que não tenho nesta.
Francisco Moreira
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Malditos Vícios

Numa época onde os vícios são cada vez mais uma imagem de marca, o meu corpo reclama das observações médicas que ditam o afastamento de alguns hábitos, assinalam eles, pouco recomendáveis.
Mas, feitas as contas à vida, porque carga de água é que não se pode suavizar o stress com um ou mais cigarros, não se deve ingerir fritos divinais ou saciar o final de uma refeição recorrendo ao café como sobremesa? Sim, porquê? Já sei, já ouvi muitas e tantas vezes, porque simplesmente faz mal.
Mas, ciente de que vencerei no campo da resposta, posso sempre alegar que não há registo de alguém que, por deixar todos os vícios, tenha deixado de morrer, certo?! Certo! Isto para não falar dos saudáveis que falecem atropelados por uma bicicleta ou atacados por uma estranha "Gripe J".
Em resumo, e olhando para a imagem que enquadra este texto, ainda bem que não me dou com alguns dos vícios "estranhos" assinalados, daqueles que levam a outros e infindáveis vícios, embora para o mesmo desfecho. É que, pelo que sei, o tabaco, os fritos e o café ainda não estão na lista de crimes que o ministério público, e isso, confesso, faz com que a minha consciência prossiga em paz.
Francisco Moreira
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Barómetro da Fé

Não fiz nenhum estudo para avaliar se o que direi a seguir está correcto mas, cá para mim, as pessoas andam a aderir mais e melhor à Fé, seja ela num Santo sem nome ou numa Cruz por identificar.
É, não coloco nome nas "coisas" porque entendo que mais importante do que o nome é o que se sente, o que se pensa, aquilo em que se acredita. O nome pouco mais é do que um símbolo, assim ao jeito de: "se não tiver nome não sei para que lado me virar".
Com isto não quero afirmar que os templos estão cada vez mais lotados, pelo contrário. Quero sim dizer que, pouco a pouco, e principalmente graças às catástrofes internacionais ou pessoais que vão emergindo de forma preocupante, as pessoas vão "agarrando-se" mais convictamente ao plano espiritual, tentando com isso amortizar a factura do mal que produzem.
Não é que rezem mais, não é que se penitenciem em dobro, nada disso. Acho que caminhamos para um plano onde o ser humano sente a necessidade de se avaliar com outros sentires, de se melhorar com outros argumentos, de se completar com outras convicções.
Eu, crente num Deus muito pessoal, confesso que tenho cada vez mais fé, cada vez mais vontade de me melhorar enquanto parte de um todo que, convenhamos, não vive de rezas, mesmo que elas sejam uma moleta interessante já que nos obriga a falar com "Ele(a)".
Cá por mim, muito do que nos vai acontecendo é uma forma de nos obrigar a comunicar mais e melhor com os "Santos" e muito à custa das "Cruzes" com que "Eles" nos vão "decorando" o mundo, este pedaço de terra esgotado de erros colossais com uma factura que será paga pelos que ficam.

Francisco Moreira
terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ingrediente a Ingrediente


Um mês destes, dei de caras com uma história de amor, e não se tratou de mais uma história romanceada, daquelas que se lêem nas revistas ou mesmo nas conversas do "ouvi dizer". Esta tem vontade própria, tem personalidade, tem episódios, tem interpretes entrosados, tem seres humanos.

Mas, como em todas as histórias de amor, os alunos também têm aulas, daquelas onde se aprende com a experiência, com o sentir na pele, com o fio que nem sempre é de mel, com o tempero que nem sempre pode ou tem que ser "aux point".

Esta é daquelas histórias de amor onde não interessa o fim mas sim o instante, onde tudo o resto pouco conta. Importante é aquele minuto a minuto, aquele sentir e dizê-lo repetidas vezes, aquele apostar sem medo de perder, aquela escolha que não vive de tendências.

Mesmo fazendo do amanhã um esplêndido sonho a dois, há um Amor - este - que não precisa de assinatura. E quando assim é, os espinhos mais não são do que provas disso mesmo, do Amor que, mais do que um sonho, é uma feliz realidade.

Francisco Moreira

(para um casal que me é próximo e me inspira)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Comédias Românticas

Todos sonham em viver uma comédia romântica, daquelas com lágrima no canto do olho e com o não menos intenso e desejado sorriso.
É talvez por isso que tantos e tantos somos fãs desse género de filme, aquilo que é uma forma de lá se chegar, quanto mais não seja no imaginário, ou porque, simplesmente, apreciamos finais felizes, embora inseridos em tramas com destino incerto, e muitas vezes inicialmente injusto.
Dito isto, proponho que, cada um de nós, recorrendo à memória, tente, por instantes, reconstruir um ou vários períodos da sua vida que tenham sido uma autêntica comédia romântica. E não, não comecem por acreditar que esses episódios não vos passaram pelo roteiro dos dias, porque, se "esmiuçarem" bem, verão que já viveram vários episódios dignos de um filme, e daqueles com inúmeras e interessantes peripécias.
Nesta vida que nos corre sem parar, o problema principal prende-se com a subvalorização do que nos acontece, principalmente no que diz respeito às coisas boas. Porque, se porventura, nos for solicitado o descarregar de exemplos negativos, não demoraremos mais do que 1 segundo para apresentar factos devidamente documentados.
E é por esta mania de ver melhor o "cinzento" do que o "cor-de-rosa" que desvalorizamos as nossas vivências, as nossas experiências, os nossos filmes. Por isso, se se derem ao "glorioso trabalho" de reviverem os mais interessantes episódios do vosso percurso, acreditem, ficarão tentados em passar a achar que, afinal, a vida tem muito mais sorrisos do que lágrimas, por mais obstáculos com que possamos ou possam pintar as nossas comédias.
Francisco Moreira
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Try to feel Good!

Peixinhos

Costuma-se dizer que "pela boca morre o peixe" e todos temos no nosso portefólio "bocas" que, se pudéssemos, retiraríamos do nosso histórico. Refiro-me àquelas que dizemos sem pensar, sem ter bases suficientes para, com argumentos, justificar esta ou aquela opinião, por vezes determinante, ou digna de gerar mal-estares incomodativos em termos de consciência.
Claro que também há quem "passe à frente o ignore o que disse e desdisse, assim ao jeito de "jamais diria tal coisa".
Pois, e voltamos ao início, ao "pela boca morre o peixe", embora, acrescente-se, quando o peixe é "seco", não há saliva que o faça "ressuscitar".
Francisco Moreira

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Auto-Motivação

Uma das melhores técnicas para nos auto-motivarmos prende-se com o "olhar para trás", com o reler do "currículum vitae" do nosso percurso.
Se nos dermos a esse interessante trabalho, repararemos que já fizemos muito, que já recebemos imensas medalhas - que até podem ser de latão, que já ajudamos outros, que já conquistamos inúmeros cumes e, principalmente, que temos um caminho, o tal percurso, seja ele feito de mais curvas ou de menos linhas rectas.
Obviamente que, nessa novela, encontraremos também episódios com vestígios de dor, ou mesmo tropeções de indesejável desequilíbrio, inúmeros juízos errados e algumas nódoas perfeitamente dispensáveis. Mas, na balança, e bem feitas as contas, poderemos chegar ao fim dessa reavaliação e confortarmo-nos com o resultado final, ou seja, o sumo diluído mas autêntico retirado da relação entre os mais e os menos.
Esta técnica, tão fácil e tão disponível, serve principalmente para fortalecermos a opinião que temos sobre nós próprios e, quiçá, servir de argumento para que prossigamos o nosso caminho certos de que, afinal, não somos um vazio, mas sim um poço de aprendizagem constante onde, instante a instante, vamos construindo um Eu sempre Único.

Francisco Moreira

Money for Nothing

Pela primeira vez neste meu cantinho, sendo eu um coleccionador de notícias bizarras, e sem esquecer "tudo" o que a nossa sociedade vive nos dias que correm, decidi publicar a totalidade de uma notícia que vem no "Correio da Manhã". Espantem-se! Repugnem-se!

Lourdes Maria, a filha mais velha da estrela pop norte-americana Madonna, recebe da mãe todas as semanas 11 mil dólares (cerca de 7 800 euros) para os seus gastos pessoais. Uma mesada considerável de mais de 31 mil euros para que a jovem de 13 anos possa, sem olhar a gastos, comprar produtos de beleza, encomendar as peças que veste a um estilista e andar de limusina para a escola.
De acordo com um jornal italiano, que andou a fazer as contas do que os filhos menores das celebridades supostamente auferem como mesada, Lourdes Maria é a mais bem remunerada, ocupando o topo de um ranking que inclui crianças como Maddox, o filho mais velho de Angelina Jolie e Brad Pitt, que recebe cinco mil dólares (3 500 euros) por semana; Patricia e Walter, os gémeos de Julia Roberts que embolsam, a dividir pelos dois, oito mil dólares (quase 5 700 euros), e Suri, a badalada filha de Tom Cruise e Katie Holmes, que, com apenas três anos, dispõe já de mil euros por semana para os seus caprichos.

in Correio da Manhã

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

- Yes, we Can!

Não há milagreiros, muito menos quando as teias são fortes, determinadas, extensas, impossíveis de "romper" em apenas 1 ano. Mas, mesmo com índices de popularidade em queda, convenhamos, este Homem - seja ele verdadeiro ou falso - conseguiu dar mais esperança ao mundo, dar mais cor ao acreditar de todo um planeta.
Obama, certamente, não mudará o mundo de acordo com o que fez crer aquando da campanha que o trouxe até "aqui" mas, por outro lado, já conseguiu dar sentido a um "Yes, we can", principalmente numa altura em que, em coro, todos reclamavam do "No, we can't".

Francisco Moreira

Gritos Mudos

Não são raros os exemplos de espelhos mudos com que tanta gente decora e, obrigatória e infelizmente, condecora o seu caminho. Há tanta luz fundida por atalhos ditos dispensáveis...
Mas os trapos, esses, continuam a tentar cintilar, algures entre o deitar para esquecer e o acordar para o pesadelo, naquele interminável momento que faz lanhos de dor no calendário das horas.
É triste engolir a tristeza, é triste viver banhado no sal escondido, repetidas vezes derramado por dentro, ali ao lado, no refúgio da almofada.
E depois, numa espécie de "lei da ordem social", alguém grita que o caminho não pára, que o amanhã será um novo dia e que a fé existe em quantidades suficientes, mas que é preciso merecê-la, convencê-la, venerá-la.
Fora daquelas quatro paredes, teimoso, o derrame continua, interminável, sem tréguas, e sempre por dentro, sempre sozinho, sempre em silêncio, não vá Deus ouvir mais um "choramingão" investido de mártir dos dias "de hoje". Não vá Deus, em raspanete, dar-lhe um valente estalo, ao jeito de: " - Porta-te como um Homem!", enquanto o espelho, armado em balança da vida, lhe sorri na cara, aquela que esconde os gritos da solidão.
Francisco Moreira

Cartoons Haiti


(sacados ao Blog "Penso Visual" do Bisturi)

A TUA consciência dita AGIR?

ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL
Entidade: 20909
Referência: 909 909 909
Montante: ?
Transferência Bancária AMI:

NIB: 0007 001 500 400 000 00672

Linha de Apoio TMN/PT Vítimas do Haiti:

760 206 206 (€0,60 + IVA)
* Os fundos recolhidos revertem para a AMI.
Desta vez, não esperei que as imagens de terror "expirassem" nos alinhamentos dos noticiários. A minha consciência exigiu-me que agisse.
ISTO não pode passar-nos AO LADO.
Francisco Moreira
terça-feira, 19 de janeiro de 2010

- Toca a Animar!

A Tromba

Isto de, todas as manhãs, dar de caras com o espelho e sentir que ele, dia após dia, sussurra que está cheio de ver a nossa cara, convenhamos, incómoda. Por isso - e porque não, proponho que, mais logo, antes de adormecermos, façamos uma alteração substancial às nossas "trombas", de maneira a que, quando acordarmos - naquele metódico cumprimentar do espelho, possamos surpreendê-lo significativamente, provocando-lhe, aposto, um sorriso aberto, numa espécie de extensão de uma imensa gargalhada, a dele, claro.
Pode ser que, assim, consigamos finalmente acordar, pelo menos um dia, com a ideia de que nem todos os despertares têm que ser acinzentados, muito graças à tal "tromba" que há anos transportamos da cama para a casa-de-banho, da casa-de-banho para a cozinha, da cozinha para a sala, da sala para o hall de saída, do hall de saída para a garagem e da garagem para o resto do percurso diário.
Estou em crer que, se conseguirmos surpreender o nosso baço espelho, provavelmente, conseguiremos surpreender-nos a nós mesmos, gerando um dia, pelo menos um, com cara de "todos quererem ser nossos amigos" e sem "tromba" armada em "não se aproximem de mim".

Francisco Moreira
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Que cor terão as cerejas em Saturno?

Há cerejas que, mesmo quando vermelhas, achamos que têm defeitos, imensos e quase intransponíveis defeitos, ou, se preferirem, podemos simplesmente substituir este exemplo pelo: "nunca estamos satisfeitos com o que temos", mesmo quando devemos dar graças aos Deuses pelo simples facto de vivermos no paraíso, sim, neste "inferno" que é o nosso paraíso.
E isto vem a propósito do terrível dilema que na última semana nos tem entrado repetidamente pelos olhos dentro, com imagens impiedosamente dramáticas que - se calhar - achamos serem de outro planeta ou extraídas de um qualquer filme de terror. Mas não, as imagens aconteceram - e ainda acontecem - mais perto de nós do que imaginamos. O Haiti, mesmo do outro lado do planeta, não pode deixar-nos insensíveis, ao ponto de julgarmos que tal tragédia jamais nos acontecerá a nós. O outro lado do planeta jamais deve ser assimilado como um espaço físico situada para lá de Saturno ou, pior ainda, ser visto como uma espécie de "choque visual" em jeito de telenovela, daquelas em que há sempre um final feliz, sejam quais forem os desastres.
Por instantes, imaginemos que tudo "aquilo" nos acontecia a nós, que a cidade onde vivemos e onde encontramos todas as tantas comodidades era a nossa, a mesma onde reclamamos das contas, do trânsito, do vizinho e do aumento do preço do pão.
Mas, ainda mais aprofundadamente, imaginemos que ficávamos sem absolutamente nada, sem família, sem amigos, sem lugar para onde ir, sem tecto onde ficar, sem ter como matar a fome e ver, ali - bem ao nosso lado, a morte espalhada por todas as esquinas, por todos os rostos. Seria mau, não seria?!
Mas, mesmo imaginando, mesmo vendo os relatos, será que estamos mesmo cientes de que aquele filme - qual 2012?! - poderia ou pode acontecer-nos a nós, aqui, sim aqui? Penso que não. Penso que, mesmo perdendo horas em frente ao televisor, continuamos a achar que "aquilo" é terrível mas, no instante imediato ao desligar do aparelho, há coisas muito mais importantes que passam a merecer a nossa única e exclusiva preocupação, tais como: a conta da água, a traição da vizinha, o pão recesso ou até mesmo a eternidade de tempo da fila de 3 carros que nos afasta do atestar do depósito gasolina. Isto para não falar das malditas cerejas que, mesmo vermelhas, são um verdadeiro horror, só porque não são tão doces como as imaginamos quando as vimos na montra do nosso "inferno", o "inferno" dos nossos dias neste paraíso para cá de Saturno.
Francisco Moreira
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Dados e Dardos

Que a vida é um jogo, e repleto de batotices e batoteiros, já todos sabemos. Seja no trabalho, no "café e um bagaço" ou mesmo - e aqui é que dói mais - na amizade, lá andamos nós, de um lado para o outro do tabuleiro, como se fossemos meros peões, a deslizar ao sabor de um qualquer dado que um "croupier" armado em entendido vai "atirando", momento após momento, ao estilo de "roleta Russa", ora com sorte, ora com o maldito azar.
E lá nos vamos safando - pelo menos enquanto não descemos os determinados "sete palmos de terra", umas vezes melhor do que outras - é certo, mas lá vamos "indo", como - e bem - se costuma dizer, sempre que alguém nos inquire acerca de como nos vai a vida.
Mas, convém gritá-lo, não são raras as vezes em que temos vontade de esquecer as regras da "Federação da Modalidade", expulsar o árbitro e vingarmo-nos com um soco no estômago do resultado, aquele dito destino que nem sempre nos pergunta razões nem nos permite sermos juízes em causa e casa própria.
É a vida! É o jogo! E, aceitemos ou não, mesmo não nos perguntando se queremos ou não ser jogadores, lá teremos que ir a jogo, entendamos ou não as regras, gostemos ou não do "prato", apostemos ou não... em nós, ora dados, ora dardos.

Francisco Moreira
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O 1º Susto

Foram precisos 15 meses para, setressado como sou - induscutivel e infelizmente, apanhar um daqueles valentes sustos com o Ângelo. Falo daqueles sustos com sangue, daqueles sustos que, agora, não parecem "por aí além", mas que "magoam" e afectam, principalmente na "Hora H".
Para quem não sabe, e talvez por sair ao Pai, este rapaz "gigante", desde bem cedo, não pára quieto, ao ponto de me fazer transpirar diariamente no "corre-corre" que é andar atrás dele, segundo a segundo, e olhem que somos 3 a tomar conta dele, isto se exceptuar a "Wicca" - a minha cadela.
Hoje, bem cedo, o Ângelo "decidiu" dar uma forte cabeçada a uma esquina de uma porta, abrindo um lanho que, como a fotografia documenta, na altura, tendo em atenção que era um acontecimento virgem, gerou um imenso pânico, principalmente ao ver o lanho, principalmente por ouvi-lo gritar, principalmente por não saber o que fazer.
Do centro de saúde mandaram-nos para um hospital e deste hospital para outro hospital. Agora, imaginem um pai, já dele "furacão", a dirigir aflito, em hora de ponta, com os sinais de trânsito, as passadeiras e demais obstáculos. Pois, era digno de um filme de acção, embora com um Ângelo calmo, de cabeça aberta, mas bem-disposto.
Quando tudo acaba bem, acabamos por ficar bem, mas o tremer das mãos, uma hora depois de o "assunto estar encerrado", ainda tremem, gerando uma escrita - esta - algo nervosa.
Eu sei que foi apenas um lanho, embora profundo, e que a "cola" usada, se tudo correr bem - como correrá, ajudará a apagar esta cicatriz, mas, na altura, confesso, senti o quanto doí a um Pai ver sofrer um Filho.
Se ele está bem? Está óptimo! E, como curiosidade, nas urgências fez questão de dizer: "-Olá!" a todas as crianças presentes, e uma a uma, pois ele é um Senhor. (sorrisos)
Uma nota: Para que servem as urgências, emergências e "diabo-a-quatro" dos centros de saúde e hospitais centrais se, nestes casos, só podemos ser atendidos em Urgências de Pediatria que, no meio do trânsito, acabam por ficar do "outro lado do mundo", embora pareçam demasiado perto?

Francisco Moreira

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ser ou não ser Monogâmico

Um destes dias, li um artigo sobre uma nova "modalidade relacional" que consiste em dar asas (e outras coisas) a relações amorosas a 3 ou 4, ou ainda a 5 ou a 6, com o consentimento de todos os intervenientes, pois claro.
Não me lembro do nome da "coisa" - que não é bigamia, refira-se, mas posso acrescentar que há um Português - rapaz com mais de 25 anos - que disse que a "coisa" funciona, e que o complicado é arranjar espaço na agenda para dar partículas de tempo às suas 3 namoradas, das quais duas também namoram entre si. Nem mais!
E, diz o "sortudo", elas até se dão bem umas com as outras, ao ponto de tomarem o "Chá das 5" juntinhas da Silva. Quanto ao desfazer da cama, acrescenta, pelos vistos, a coisa é mais "discreta".
Bem, por muito que digam o contrário, certamente que já todos os homens da minha rua - e das outras todas - sonharam em poder ter uma "mantinha" extra na cama lá de casa, nem que fosse em jeito de justificação para "colmatar" o frio que se faz sentir nesta altura do ano.
Mas, por outro lado, e ciente de que estou muito bem assim, com uma "manta" que me aquece todos os poros, e há já 6 anos, apetece-me puxar o fio da meada para outro patamar. Qual? Aquele do: - Se aturar uma mulher já é complicado, como será aturar 2, 3, 4, 15, 79, 198, e ao mesmo tempo? Pois, deve ser uma terrível dor de cabeça que não estará ao alcance de uma simples caixa de aspirinas, imagino eu.
Contudo, com esta "modalidade", recente em Portugal mas com décadas, por exemplo, nos Estados Unidos, estou em crer de que se resolveria uma das grandes lacunas dos tempos modernos, ou seja, dar "relação" - e porque não relações - a tanta mulher que anda "solteiríssima", enquanto, por outro lado, patrocinar-se-ia o fim da infidelidade masculina que, segundo a mais respeitada Psicóloga Francesa, deveria ser encarada como normal, já que os homens - assume a senhora, instintivamente, necessitam de ter um ou outro devaneio instantâneo, sem que isso signifique largar a "oficial". Esta mulher, já venerada por muitos "machos" Franceses, vai mesmo mais longe ao sublinhar que o "ter muito amor para dar" faz parte da natureza dos homens e que as mulheres deveriam encará-lo com normalidade, e que umas "facadinhas" fazem sempre bem ao casamento, espevitando-o, diz ela, ela, entenderam?!.
A esta hora, quem me lê, poderá pensar que isto é uma espécie de manifesto onde tento arranjar "água extra para o meu moinho", mas, por acaso e sem acaso, não é, nem por sombras. É que, sempre que, por exemplo, leio artigos como o que referi, pego na balança e, sem demorar mais de 1 segundo, quando faço a normal comparação, verifico que estou muito bem assim, momogâmico assumido e com vontade de o continuar a ser, mesmo quando, pelo olhar - já que, felizmente, não sou cego, passa uma ou outra "manta" que, se eu não estivesse bem "quentinho", até poderia servir, mas para os pés, claro. (risos)

Francisco Moreira
terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Coitadinhos

Sempre me considerei um cumpridor. Muito provavelmente, fui daqueles (poucos!) que se assustou a valer com o outrora famoso: " - Vou chamar o Sr. Polícia, para lhe dizer que te portaste mal! E ele leva-te preso.", ou seja, aquela frase dita em voz alta pela minha e tantas mães, de cada vez que um filho tentava sair da "linha".
Aceito e entendo perfeitamente que a sociedade, para poder coexistir em equilíbrio, tem que aceitar a existência de regras, mesmo quando elas não estão completamente de acordo com a linha de pensamento dos cumpridores, sejam eles mais altos ou menos morenos.
E é nesta base que, hoje, quando olho à minha volta, fico escandalizado com a tamanha falta de respeito que há pelas regras, pelas idades, pelos deveres, pelas obrigações, pela vida, principalmente dos outros.
Onde foi parar o respeito?
E não, não é necessário pegar nos jornais para encontrar exemplos de agressões sociais de todo o tipo. Basta olhar para os discursos de inúmeros "putos" que, entre uma ameaça e um comportamento aceite como radical, ou da idade, vão, principalmente em grupo, fazendo-se passar por adultos, donos do saber e do poder que a falta de educação lhes deu. E nós, espantados e indignados, calamo-nos, como se aquele exemplo fosse ímpar, excepcional, uma influência acidental de um qualquer problema familiar vindo conjuntamente com o berço. Mas não, não há exemplos ímpares, há é cada vez mais magotes de pares, há cada vez mais insurrectos, há cada vez mais vândalos, há cada vez mais criminosos, há cada vez mais "putos", e daqueles a quem as tais regras deveriam dar uns valentes estalos, em vez de se preocuparem em fazer cumprir as lacunas da lei, a mesma que os trata por coitadinhos, esquecendo-se dos verdadeiros, ou seja, os coitadinhos de nós.

Francisco Moreira
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Terra Comprometida

Como todos, também eu gostaria de encontrar a desejada "terra prometida". Não aquela onde a Estátua da Liberdade acena com uma chama menor do que aquela em que, há umas décadas atrás, iluminava quem chegava, mas sim poder dar-me de corpo e mente à outra; à terra da escondida fraternidade.
Seria interessante, ou talvez enfadonho - não sei, seria interessante - dizia eu, encontrar-se uma terra onde todos se dessem bem, sem aqueles "desdéns" ou hipocrisias dos tempos modernos, sem as guerras de lodo dos bastidores maquilhados, sem linhas por onde nos possamos coser.
Provavelmente, essa terra existe, embora, imagino, quem lá viva deve fechar-se a "9 chaves", ao ver o que se vai passando nestas nossas outras terras. E como os compreendo! Também eu teria receio em nos aceitar, tamanha seria a poluição com que correríamos para lá. E não me refiro em exclusivo à poluição ambiental, é que andamos mais poluídos com outras poluições.
Por outro lado, se todos os todos que gostaríamos de encontrar a "terra prometida", um dia destes, assim como quem não quer a coisa, nos dedicássemos verdadeiramente a arar com verticalidade e a adubar com qualidades humanas o terreno que pisamos, estou em crer que, mais ano, menos ano, em vez de querermos viajar a todo o custo para a "tal" terra, estaríamos ainda mais felizes por termos sido nós a cultivá-la, sim, a nossa terra. E com a tal fraternidade, em jeito de adubo, claro.
Francisco Moreira
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Guerreira

E lá está ela, ali, semi-escondida entre o negro dos cabelos,
Repleta de mistérios mil, de histórias e fantasias por contar,
Sempre ao sabor das lições que o tempo lhe ousou cobrar,
O tal relógio que também lhe exigiu aprender a esperar.

Entre uma palavra, um silêncio cortante e um intenso sentir
Lá vai deixando escorregar uma frase, uma vontade contida,
Um grito de ordem em desalinho, uma certeza sem dó.
Ali, no espontâneo, como se a escola só fosse feita de passado.

A Guerreira não vive de espadas, mas sim de elmos de aço.
E naquele serpentear alinhado, lá segue o seu caminho,
Sem dúvidas, sem interferências, sempre firme e segura,
Naqueles: degrau a degrau, gesto a gesto, olhar a olhar.

Nada é suficientemente intransponível ou impossível,
Muito menos o amor, aquele que junta duas pessoas,
O mesmo que se transformará em varanda sorridente,
Mais tarde ou mais cedo, mais devagar ou já amanhã.

E é mesmo ali, naquele refúgio do canto, que ela se mantém
Confiante, indomável, bela e significativamente presente,
Sempre em si, sempre por si, na conquista daquele sonho,
Que também é feito de outro ser, aquela sua luz principal.

E porque nenhuma guerra jamais se vence sem batalhas,
A Guerreira sabe bem como jogar, sabe como não perder,
Sabe onde e como pode controlar o afiar dos argumentos,
Aqueles que, sente, podem levá-la ao epílogo da felicidade.

Uma Guerreira nunca está só, ela tem sempre o seu castelo.
E é dele, seja qual for a vista, que ela cria o seu futuro simples,
Tenha ele o pavio que tiver, seja ele quente ou um imenso desafio.
É que, degrau a degrau, ninguém – e nunca - a conseguirá parar.


Francisco Moreira


Um ser inteligente nunca ousa defrontar uma Guerreira. Ela nunca perde, por mais que lhe acenem com a hipótese de derrota.
(Não, este poema não foi feito para a minha Deusa, mas sim para outra mulher, uma amiga, uma Guerreira.)
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

- Alguém precisa de um Táxi?

Com esta moda dos "ouvidos moucos" num mundo de "faladores", acho que muita gente está a precisar de dar umas voltas de "Táxi", daqueles com motoristas que fazem perguntas pessoais e indiscretas e que, simultâneamente, ouvem o que o "passageiro" tem para contar. Sim, os chamados "psicólogos ambulantes" que, à custa do vazio dos percursos, conseguem limar tantas e difíceis arestas a terceiros.
Dentro desta globalidade que é a comunicação, não faltam pessoas a necessitarem de "pôr cá para fora" o que vão juntando naqueles baús do pensamento, pessoas que, mesmo nas confusões dos aglomerados populacionais, passam semanas, meses e anos sem poderem contar o que lhes vai na alma, o que lhes vai no sentir, muitas das vezes por não encontrarem quem, simplesmente, os queira ouvir.
Os "Táxis" são bons para isso, para ajudarem a "limpar o sótão das vivências individuais", principalmente numa altura em que as notícias só falam das tragédias dos outros, aqueles que, aparentemente, estão do outro lado do mundo, mesmo que esse mundo fique no mesmo prédio em que os "passageiros da solidão" se escondem, entre os eticamente correctos: "bom dia" e "boa tarde", quando, na verdade, as noites deles é que não são assim tão boas.
Eu sei que não faltam "Táxis", mas, pelos vistos, o principal problema dos candidatos a "passageiro", ironicamente, é, quando mais precisam deles, só darem com "praças" vazias, nem que seja para uma "curtíssima viagem".
Francisco Moreira
terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Vidinhas

É incrível como passamos todos aqueles anos a querer ser adultos. Sim, a querer ter um cartão multibanco, um carro para conduzir, uma casa nossa, um emprego, e por aí fora. Isto claro, sem se perceber que, afinal, tudo o que desejamos ao longo de tamanha infância também traz facturas pesadas, tais como: contas para pagar, trânsito desesperante, dívidas repetidas e trabalho, daquele que nem sempre é um prazer.
É incrível como nunca ficamos completamente satisfeitos. É incrível como andamos sempre fora do tempo, pelo menos o tempo desejado.
Enquanto não somos adultos, queremos sê-lo urgentemente. Quando somos adultos, muitas vezes, queremos deixar de o ser.
Afinal, em que altura da vida nos sentimos realizados? Será que o nunca é a única resposta?
Pois, também sou daqueles - todos - que continuam à procura de uma resposta diferente, de uma resposta mais condizente com os tais sonhos, ora acordados, ora visualizados nos "vizinhos" ou nos filmes de outras vidas.
Mas o que mais me incomoda, é quando me dizem que é na reforma que, finalmente, passamos a viver a vida como desejamos. Nestas alturas, perceberão porquê, dá-me uma vontade desenfreada de pegar em todos esses iluminados e levá-los a um jardim público, para que me digam na cara se todas aquelas pessoas, ali, naquele aglomerado de "nada para fazer", no tal pseudo-expoente da vida, algum dia sonharam passar a tal "melhor parte da vida" a jogar à Sueca. É que, pelos seus olhares - os dos "finalmente realizados", fico com a ideia de que nunca sonharam com cartas e muito menos com entraves múltiplos aos seus movimentos, nem quando eram bebés.

Francisco Moreira
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Quatro Paredes Estanques

Hoje, apetecia-me pegar em meia-dúzia de peças de roupa e partir para uma casa isolada, daquelas com luz mas sem televisão, sem gente à volta nem ruídos citadinos, e dedicar-me exclusivamente a um propósito: arrumar tudo o que tenho para arrumar, decidir tudo o que tenho para decidir, fazer tudo o que tenho que fazer.
Porquê? Porque, por vezes, é necessário parar completamente e impedir que nada, absolutamente nada interfira no que tem que ser feito. E tenho tanto, mas tanto para arrumar, ainda por cima sob o espírito de "ano novo, tralha fora". Mas não vai ser fácil, nunca é fácil, principalmente se não nos conseguimos abstrair do corriqueiro, daquelas outras tantas coisas que fazem parte do "também tem que ser feito".
Oficialmente, a partir de hoje, e durante os próximos 15 dias, estou de férias, supostamente fechado nestas 4 paredes do meu escritório, para alinhar direcções, repor trajectos, eliminar fios soltos e gerar novos caminhos. Mas, como já referi, pelo menos neste primeiro dia, nesta primeira manhã, tal parece uma missão quase impossível, pelo menos no que diz respeito ao cumprir da imensa linha de objectivos a que me propus quando agendei estas férias que, convenhamos, nada terão de férias, muito pelo contrário.
Em mente, para começar, já estou em débito com um turbilhão de tarefas, e logo daquelas que não dão "vontade nenhuma", mas - calma, o difícil é começar, acrescento, mentindo-me.
Sei que jamais conseguirei completar metade do trajecto que idealizei, e que precisaria de 1 ano inteiro para me reorganizar devidamente mas, mesmo assim, muito graças à minha teimosia, espero "entrar de férias" logo à tarde, e com a cabeça alojada naquela imagem que adicionei ao topo de todas estas palavras que - há que assumi-lo, e pelo menos para já, não passam de um tratado de intenções, tamanhos são os "ruídos" que tentam puxar-me para fora destas 4 paredes.
Se vou ter férias? Duvido. Se vou ter paz? Duvido ainda mais? Se vou conseguir? Daqui a 15 dias darei a resposta, mesmo que ela teime em ser uma extensão das respostas imediatamente anteriores.
Francisco Moreira
sábado, 2 de janeiro de 2010

Novas Melodias

São inúmeros os que, como eu, com o início de um novo ano, tentam interpretar e assimilar de maneira diferente as melodias com que o renovado calendário nos presenteia.
Obviamente que, na grande maioria das "pautas", a música em pouco ou nada se diferencia da dos outros anos. Com mais ou menos acordes, a banda sonora mantém-se a mesma, tantas vezes desafinada. Mas, mesmo assim, pelo menos nos primeiros instantes de um novo ano, não falta quem tente - e tente mesmo - melhorar o seu próprio ser e acontecer, tentando ser menos egocêntrico, menos picuinhas, menos negativo, olhando mais à volta, tentando ser mais paciente, mais "ouvinte".
Contra mim falo, já que faço parte do gigantesco grupo dos que "falam, falam mas deixam mais de metade pelo caminho". No entanto, por outro lado, há factores que, ao jeito de moleta involuntária, nos obrigam a mudar, nem que seja pouco, e é esse o caso. É aí que assenta a minha tese, na obrigatoriedade de mudar, de investir, de renovar, de solidificar, de gerar, de Ser.
Este 2010 - que já baptizei de ano 1 - será um ano diferente dos anteriores. E, embora sem promessas obrigatórias, ou mais do que "mais um ano", será virado para investimentos pessoais em prol dos "meus", daqueles que mais aprecio, daqueles que valem a pena. E quando falo dos "meus", não me refiro exclusivamente aos laços de sangue, embora sejam uma prioridade. É que, este ano, uma das minhas principais apostas, em termos comportamentais, vai para a valorização pessoal. É aí que pretendo assentar "arraiais", junto de muitos e não de todos, como sempre fiz ao longo de todos os tantos novos anos que entretanto foram passando.
Não sei como soará a banda sonora que me preparo para compor, mas estou em crer que será mais afinada, mais melodiosa ou, ditará o "Maestro", diferente entre iguais.
Francisco Moreira

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Dia 1


Cá está o dia 1.

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