sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011

Façam lá o favor de serem e de fazerem outros Felizes!
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Hora da Humanidade


O mundo está a desmoronar-se, ou melhor, as máscaras vão diluir-se, palidamente, ingloriamente, sem brilho, sem grande hipótese de chegarem a bom porto, e provavelmente sem se poderem redimir, por mais "Pai's Nosso's" públicos que apresentem como penitência.
O mundo vai mudar, as pessoas vão transformar-se em pedras de dominó, sem apelo nem agravo, infelizmente.
A que me refiro? Qual 2012?!
Persinto que estamos a mudar de era, que estamos a transformar-nos enquanto pessoas, enquanto seres de um mesmo espaço, tão cansado, tão estreito, tão vazio de Gente...
E que bom que assim será! Que bom será deixar-mos de usar máscaras para, finalmente, dar-mos rosto ao que somos: Seres Humanos, aquilo de que sempre falamos mas que pouco ou nada temos sido.
Francisco Moreira

Uma Deusa e um Sonhador

Madrugada de 29 para 30 de Dezembro de 2003... O relógio do carro "deu" 15 minutos para que uma decisão fosse tomada... E ela, a decisão de uma vida, mantém-se firme, convicta, reluzente, viva... e com fé num futuro sempre melhor, intenso, degrau a degrau...
Sete anos volvidos, o caminho continua a dar frutos, assente no respeito, na amizade e no amor que nos une, sempre, como sempre.

Francisco Moreira
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O nosso Queixo

De cada vez que (re)conheço alguém com a vontade cabisbaixa (esqueçam lá a expressão!) dá-me uma enorme vontade de lhe dar um estalo, mesmo quando vejo essa pessoa ao longe.
Sim, sou daqueles tantos que acreditam em dias melhores, daqueles que tentam pintar a manta - mais ou menos rota - com cores encomendadas à força interior do "sabe-se lá onde", sou daqueles que grita e esperneia com todas as razões e mais algumas, porque sim, porque assim deve ser, porque temos que perceber e aceitar que há sempre soluções, provavelmente até para a morte (!?)... E, se assim é, há que erguer a cabeça, há que tentar, cair e levantar, perder e ganhar, sofrer e querer... Para vencer!
De cada vez que (re)conheço alguém com a vontade cabisbaixa (esqueçam lá a expressão, liguem mas é ao que se pretende!) dá-me uma enorme vontade de lhe dar um estalo, mesmo quando vejo essa pessoa pelo retrovisor ou, pior ainda, quando em frente a mim, insiste em baixar os olhos, como se mais ninguém no mundo tivesse passado, esteja a passar ou venha a passar por... Tal.
É que, caso não saibam ou se apercebam, quando alguém que apreciámos baixa o rosto é sinal de que, provavelmente, (nós) não estaremos suficientemente atentos ou a fazer o que devemos para lhe erguer o queixo, aquele queixo que, seja por amizade ou solidariedade, também é o nosso.

Francisco Moreira

Ásperas Aspas

Há quem ache e pense que os "Palhaços" não choram, ou melhor, que eles não podem nem devem chorar. Afinal, acrescentam - em pensamento imediato, os "Palhaços" nasceram para rir e fazer rir, inclusive quando, para isso, têm que chorar. Mas será que os "Palhaços" destas vidas não têm outras cores que não apenas as que se vêem nos palcos blindados a "Arco-Íris"?! Será que os "Palhaços" não têm espinhas e espinhos?! Será que os "Palhaços" não podem ser Gente, principalmente no "recolher do pano"?!
Claro que sim - gritará o coro, depois destas perguntas básicas.
E como choram os "Palhaços"? Sim, onde choram, porque choram? Quando choram?
Confesso que não estou com grande vontade de explanar as respostas que todos reconhecerão ao despoletar das primeiras sílabas, principalmente porque, quando se é "Palhaço", mesmo sem aspas, cada "roupa" seu "desenlace", cada "gargalhada" sua "lágrima", cada "sopro" seu "saldo"... Sempre na certeza de que, por mais palhaçadas que cada um de nós represente, não há "Palhaço" sem choro, independentemente dos "risos" que se julguem ouvir.
Francisco Moreira
terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Portas

Há alturas em que se torna difícil escolher a melhor porta... E não pensem que estou a pensar "nisto" ou "naquilo", não estou.
Não estou a pensar em nada em concreto. Estou, pura e simplesmente, a lançar a questão: - Será a vida é mesmo um conjunto de portas que, em função das nossas escolhas, define o que iremos encontrar para lá delas? Claro que sim - dirão todos em coro.
Obviamente que também terei que puxar a alavanca para o outro lado, aquele a que chamam de destino, aquele que está, acreditam tantos, previamente determinado.
Não sei se será assim, mas também não sei se não será.
Confuso?! Claro, como tanto na vida, mesmo quando, ao olhar dos outros, tudo parece tão fácil, tão límpido. É tão mais fácil decidir pelos outros...
E é talvez por isso que, dia a dia, tento não pensar muito nas ditas opções, escolhendo abrir muitas das portas que me surgem ao "Deus Dará", à custa do tal "feeling" que, a medir pelos resultados, mesmo não sendo brilhante, tem saldo bastante positivo.
Assim sendo, e especialmente para quem tem várias portas à sua frente e sérias dúvidas quanto a qual delas abrir, recomendo que, mais do que pensar, se recorra ao sentir. É que aí, mesmo que "do outro lado" não se encontre o que se deseja ou espera, consegue-se sentir que somos quem escolhe por nós, mesmo que o tal destino continue a dizer o contrário, ou seja, que todas as portas irão dar ao mesmo resultado.
Francisco Moreira
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Galeria

Sempre tive a ideia de que na galeria da vida não há espaço para todos os quadros, independentemente de serem feitos de lindas paisagens ou de sarrabiscos mais desalinhados.
Não é preciso ser mestre para perceber e aceitar que todas as "pinturas" dependem da inspiração dos momentos e da aguarela de pessoas que nos inspiram... E que bom é emoldurá-los - aos quadros - para sempre, sendo que o "sempre" depende da intensidade com que os sentimos, daquela intensidade que os faz (ou não) perpetuar na memória, na nossa e na dos outros...
E assim vamos, e assim vou, pincelada a pincelada, pintando o caminho... Muitas vezes sem dar tempo ao tempo para contemplar o que ela nos oferece, tantas vezes do nada, ou quase nada...
Hoje, olhando para alguns dos quadros que pintei, chego à conclusão que sempre dei demasiada cor às telas, às minhas e às dos outros, independentemente do garrido ou do cinzento das cores, mas certo de que pintei e continuo a pintar, que vou afixando pormenores à parede do passado... Mas - e note-se bem (!), certo de que a Vida, por mais quadros que possa ter na sua galeria, não vive de pinceladas emolduradas mas sim das cores que são usadas a cada instante.
Francisco Moreira
sábado, 25 de dezembro de 2010

HOJE... Para SEMPRE!

HOJE lá terá que ser...
O Adeus ao meu palco predilecto, a um dos grandes palcos da minha vida, a um AMOR inigualável, indescritível, apaixonante, viciante... Simplesmente ÚNICO.
Mais de uma década e meia depois, olhando para trás, revendo rostos e resultados, sinto-me repleto, sinto-me confuso e, simultâneamente, triste, mas ciente de que FUI EU em cada instante, inclusive naqueles em que deveria ter sido diferente, inclusive junto de tantas pessoas a quem não "cheguei"...
Se mudava algo? Acho que não. Se valeu a pena? Sinto que sim. Se vou sentir falta? Isso pergunta-se?!
HOJE lá terá que ser... Certo de que a memória estará de braço dado com o SEMPRE.
E se as fotografias que registo são inúmeras, imaginem a quantidade de emoções que estão cravadas em MIM...
Francisco Moreira
(Um dia destes, se tiver coragem, descreverei o que é para mim o Vice Versa. É que é tão, mas tão difícil, que até receio atrever-me... Mas tentarei, prometo.)
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Brasas

Um colega meu de trabalho disse-me ontem para não usar esta imagem porque, sublinhou, está demasiado gasta... Mas como, nesta altura, tanto se fala de Pai Natal, achei por bem referir-me à Mãe Natal, se é que ela existe. Existe? Vá, respondam! Existe?
Bem, voltando ao termo "gasto", cá para mim, se há imagem gasta é a do Pai Natal, já que tantas vezes é proferido o seu nome... Nome?! Mas, digam-me lá, que nome tem o Pai Natal... S. Nicolau? S. Jorge? S. Bernardo? S. Júlio?
Já sei, para o caso, não importa nada o nome. É que, na verdade, à custa de uma imagem que, imagino, prenderá por 3 segundos o olhar de alguns(mas), consegui aquilo que pretendia: sublinhar que é BOM ser-se Pai Natal ou Mãe Natal, nem que seja (apenas) naquele instante em que saboreamos o prazer que o "menino Jesus" tem em rasgar o papel, aquele que envolve os sonhos de criança.
Estou em "pulgas". Perdão, estou em "brasas". (risos)


Francisco Moreira
(Reparei que muitos dos que estiveram os tais 3 segundos a olhar para a imagem pareciam autênticos meninos, e com vontade de receber prendas de uma qualquer Mãe Natal. Acertei? - risos)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mudanças

Pronto, vou mudar! Sim, vou mudar! (e olhem que não é fácil fazê-lo nem assumi-lo)
Este ano, tudo indica, contrariando décadas de "sempre assim", decidi que vou comprar as prendas de Natal um dia antes do habitual. É, loucura, e das grandes. Vou reservar a manhã de amanhã para ver o a inspiração me sugere...
Espero é não irritar-me com as montras, já que estarei sem tempo para entrar nas lojas, se não for para comparar. (risos)
Francisco Moreira
terça-feira, 21 de dezembro de 2010

LUZ

Detesto, odeio, abomino ir a funerais. Mas, pela idade, claro, cada vez me vejo mais obrigado a assistir aqueles epílogos de pesar, aqueles "Adeus" crentes no "Até Sempre!" ou no "Até já!".

Hoje, por esta hora, deveria (e, ironicamente, queria tanto!) marcar presença em mais um funeral. Deveria estar ali, à distância de um "Estou Aqui!", só para mostrar que sou solidário com a dor, principalmente daqueles que merecem a minha assinatura nesse triste "livro de ponto". Mas não posso. Infelizmente.

Contudo, para que fique registado, mesmo não estando estarei, naquele meu sentir tão pessoal, tão individual, tão simples.

Não conheço quem partiu (tem sido "moda" ir a funerais de quem não conheço em nome de quem conheço e aprecio). Mas, sempre que posso, faço questão em honrar quem me honra, quem me quer bem, a quem eu quero e desejo que seja Feliz, com todas as letras.

Estou triste. Mas sei que o HOJE de quem quero abraçar será (apenas) mais um capítulo num caminho feito de AMANHÃS.

Francisco Moreira

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"Assado"

Hoje, depois de 3 dias intensos, sob várias perspectivas, sinto-me com as "baterias em baixo", estou quase de "rastos"... E, ironicamente, começa precisamente hoje a semana do Natal, uma das semanas que mais aprecio no ano, uma semana em que sinto que o lado humano se mostra com mais esplendor, com mais frequência...
Há tanto para fazer, tanto para acontecer... E sinto-me um "trapo", a necessitar urgentemente de energia, e muita.
O que fazer? Onde recuperá-la?
Confesso que ainda não sei, nem como nem onde, mas, conhecendo-me, com ou sem energia, prosseguirei com o planeado, porque só sei viver assim, mesmo estando "assado". (sorrisos)
Francisco Moreira
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Doutoramento em SMS

Ontem, em conversa com um casal amigo, a dada altura, fazia referência ao facto de, um dia destes, aproveitando as "novas oportunidades", querer (talvez) ir para a faculdade... Embora, há que dizê-lo, na(s) vida(s) profissional(ais) que tenho, me sinta dono de um doutoramento, já que tenho 22 anos "disto", vividos sempre com a vontade de aprender mais e, claro, fazer sempre mais e melhor, mesmo não o conseguindo, embora raramente. Sinto que esse completar do secundário e passar para o lado da faculdade poderá ser interessante, não só pelo regressar à escola, décadas depois, mas principalmente para testar o que fui aprendendo por mim (e comigo!) ao longo deste caminho de lições, de faltas, de testes positivos e negativos, de avaliações, feitas por mim e pelos outros...
Se avançar, e estou para fazê-lo há 1 ano, quero "justificar-me" se mereço ou não ter o "canudo", se terei ou não paciência para estudar, estar atento nas aulas e por aí fora... No fundo, se não desistir antes de começar, quero perceber se a "catrefada" de gente que sai das faculdades está "aux point" de ter o estatuto que (ainda) tantos julgam (poder) ser "descriminatório", principalmente em termos de "know how"...
Por outro lado, e assim ao jeito de "alfinetada brincalhona", gostaria de testar "in loco" se estou certo quanto digo que muitos dos "encanudados" deveriam voltar para a escola primária, nem que fosse (só!) para aprenderem a escrever um SMS. (sorrisos)

Francisco Moreira

* Atenção que, com este texto, não quero de maneira nenhuma ofender os "encanudados" (risos), pelo contrário, respeito-os, embora, sublinho, muitos deles devem sentir-se "ofendidos" com muitos dos seus pares.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Até!

Este ano, ainda não fui sentir a azáfama, aquela em que só me meto lá para dia 24 deste mês...
Sim, também sou comprador, dos compulsivos, daqueles que têm o relógio a ditar que ainda falta para este e para aquela... Quando, na verdade, é "nesses" que perco mais tempo, por não ir à procura de nada específico, por me deixar levar ao sabor das montras e do estipulado pelo sempre ultrapassado saldo bancário.
Até gosto de ir às compras, principalmente as que têm a ver com esta época. (e o "até" não foi escrito ao calhas!)
Até gosto de "perder tempo" a comprar prendas, sabendo que, muito provavelmente, algumas delas, farão monte numa qualquer divisão de arrumos ou - indo mais longe - poderão sofrer "desvios" em termos de destinatário, sendo reencaminhadas para terceiros, por ter-mos gostos diferentes ou porque "até vieram a calhar"... Não sei nem quero saber, e tenho raiva de quem se importa com isso. Faço o meu papel. E gosto de o fazer, como sempre fiz e pretendo continuar a fazer. Faz parte.
Por outro lado, tenho pena de, nesta coisa dos "dinheiros", ser pobre. Tenho pena de não poder usar um daqueles cartões dourados, com saldo bem diferente daquele que, embora da mesma cor, trago na carteira, para poder dar prendas "à séria", daquelas que fazem mesmo um "jeito do caraças"...
O que compraria, se tivesse esse cartão sem "plafond" limitado? Compraria as dívidas de tanta gente e oferecê-las-ia aos seus supostos "proprietários", para se ver se, dessa forma, ao menos (prefiro o "ao mais"), paravam de reclamar da vida.
É que, a sério, embora compreenda, em parte, irrita-me solenemente o sublinhar constante de que o dinheiro, ou melhor - a falta dele, é uma das principais razões para que se ande pelas ruas de queixo descaído, resultando isso em danos colaterais muito pouco interessantes.
Mas, acreditem, não me ficaria por aqui! Lá para dia 2 de Janeiro, depois das "uvas-passas" - que quase não passam de um código sempre renovado de boas intenções sem efeito prático, bateria à porta dos "presenteados" e perguntava-lhes o seguinte:
- Então, o que te falta agora para levantares o queixo? Até parece que estás com problemas de dinheiro!
Francisco Moreira
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sem Trancas

Não deve ser segredo para muitos o facto de apreciar estar rodeado de gente, de adorar conhecer gente, de ter prazer em contar e ouvir histórias, tenham elas piada ou lágrimas no canto do olho.
Gosto de ter a porta aberta, seja a de casa, da rua, do bar, do carro ou de um qualquer outro canto onde, faço questão (!), o ser-se bem-vindo tem que ser sempre o mote para o início ou continuação de algo, independentemente do grau de importância que, pelas aparências, possa ou não vir a ter.
E como é importante ser-se e ter-se gente, nem que seja para, simplesmente, existir-se verdadeira e mutuamente, e sempre sem trancas à porta.
Francisco Moreira
terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sonhos em Saldo

Acho que andamos a precisar de ir às compras. Mas não me refiro às compras de Natal, refiro-me a outras, àquelas que não necessitam de pré-verificação do saldo bancário e muito menos carecem de filas extensas em virtude das correrias a jeito.
Precisamos de comprar sonhos.
E porquê comprar? Bem, recomendo comprar porque, para bom consumidor, pelos vistos, uma série de palavras não basta. Pelos vistos, nos tempos do "hoje", é necessário juntar-lhes números, cifrões e outros "pinuts" quaisquer, de maneira a dar-se "corda aos sapatos"...
E porquê sonhos?! Porquê sonhos, quando, a julgar pelo resultado das coisas, foi por causa de se tentar sonhar mais alto do que os (outrora) próprios sonhos que (tantos) acabaram por entrar na longa e interminável fila dos indispostos para com a vida?!
Bem, como imaginam, não tenho resposta para tamanha pergunta mas, por outro lado, sou daqueles que acreditam que, enquanto se sonha, muito provavelmente, estaremos a abrir horizontes para um presente que, em termos de resultados, parece viciado no cinzento, e muito por culpa das influências, embora não só.
Acho mesmo que, se sonharmos mais, daremos menos crédito às tempestades, combatendo-as com o (antídoto) arco-íris... Podendo, e por que não (!?), passar a comandar a vida com outros lemes, menos presos, menos influenciáveis, menos derrotados, porque sim.
Sempre se disse e escreveu que o sonho comanda a vida... E, se assim não é, porque carga de água é que sorrimos de cada vez que vemos um arco-íris, um abraço, um beijo, um Obrigado?!
Percebem o porquê de ser tão importante ir às compras de sonhos, sem deixar para amanhã?!
Francisco Moreira
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

- Esfreguem-se!

Passamos a vida a desejar isto e aquilo, aquilo e isto, sempre à espera de que um Aladino qualquer - chamem-lhe, por exemplo, Deus, resolva os nossos problemas ou, pelo menos, que crie uma ponte perfeita para que os problemas, presentes e futuros, desapareçam como que por magia. Sim, eu sei que há também quem lhe chame "Euromilhões"!
Será que o tal Aladino existe? Será que ele, se existir, terá mesmo vontade de nos dar de mão beijada a tal ponte? Ou será que preferirá dar-nos a cana?
Cá por mim, estou em crer, ele está mais virado para a cana, mesmo naquelas alturas (tantas!) em que tentamos, com lágrimas e outras razões, apresentar factos mais do que convincentes para o convencer a dar-nos uma, duas, três ou mais prendas... Porque o Natal deve - dizem - ser todos os dias. E nós queremos acreditar no Pai Natal, ou melhor, no Aladino, ou melhor, em Deus, ou - vá, que seja, no "Euromilhões.
Porquê? Porque aí, além de vermos resolvidas as nossas "questões", prometemos transformar-nos em Aladinos, mesmo que as lâmpadas, afinal, dependam mais da força de vontade com que "esfregamos" a Vida.
Francisco Moreira
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Semear

Penso que deveríamos perder (ganhar!) mais tempo, daquele que dizemos ter ocupado sem o ter - na verdade - a plantar ideais de fraternidade, solidariedade, amizade... e muito mais!
Estamos demasiado "poupados", ao ponto de, tantas vezes, vivermos de emoções provocadas pelo que vemos nos outros, ou mesmo na televisão, deixando para plano terciário o acontecer dos nossos dias, por precaução, por contenção, por receio, e denota-se (!), para evitar decepções.
E se nos decepcionarmos? Ao menos tentamos! E isso, o tentar, certamente que nos dará a hipótese de recolher frutos daquele semear que deveria ser constante, por mais pequenos que pareçam por mais insignificantes que sejam.
Eu planto, e todos os dias, o mais possível. Gosto de plantar, gosto de semear e, claro, também gosto de colher
Porquê? Porque, simplesmente, o que vou colhendo continua a comprovar-me que, afinal, somos muito mais felizes quando semeamos do que quando nos limitamos a olhar, apenas (!), para as plantações dos outros, inclusive as virtuais.
E é tão bom ser-se Feliz, mesmo quando a Felicidade brota nos e dos outros!
Francisco Moreira
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Vácuo

Nunca fui de me calar, nem pretendo mudar, inclusive naquelas alturas em que me dá vontade de distribuir as respostas em papéis fotocopiados, para (ironicamente) poupar a garganta ou o dedo que dita letras, seja por telemóvel ou num qualquer computador.
Não sou fã do silêncio, mesmo quando gosto de me silenciar, mesmo quando prefiro ouvir (observar), para avaliar as ramificações, julgadas colaterais, do que foi feito, do que se julga ter sido dito, ou mesmo do que gostariam que se dissesse...
Nunca fui de me calar, nem pretendo mudar, inclusive naqueles instantes em que o aparente vácuo nas minhas respostas parece querer assumir-se como um atraente e "desinfectante" meio de nada acrescentar ao que, hipoteticamente, teria (e não tem!) que ser dito.
O "sem comentários" raramente faz parte do meu dialecto... E, comigo, poucas são as perguntas que ficam órfãs. Por isso, e para que o tal vácuo não sirva de bengala, há que sublinhar que, para mim, as reticências são apenas uma breve ponte entre o que digo e o que penso, já que ajo, sempre.
Francisco Moreira
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Um Beijo, Mãe!

Sorte em ser Gente

Há pessoas com sorte. E eu, definitivamente, sou uma dessas pessoas, daquelas que se orgulham de ter tanta gente a rodeá-la, claro que, tratando-se de pessoas, haverá umas "melhores" do que outras, mas com um balanço realmente extraordinário, extraordinariamente interessante.
E que bom é ser-se acarinhado. Que bom é ser-se respeitado. Que bom é podermos dar-nos a conhecer sem reservas, mesmo naqueles instantes iniciais, quando conhecemos novas "Gentes" que, tal como nós, têm vontade de coexistir, de construir novos laços, novas parcerias, inclusivamente emocionais.
É que, entre o passado mais passado e o presente mais presente, felizmente, posso sublinhar que sou um privilegiado, daqueles que podem acrescentar Gente Autêntica ao seu caminho, à sua "gema", à sua maneira de ver a vida, e de vivê-la.
E deveria ser sempre assim. Deveria ser assim com toda a gente. E, estou em crer, seríamos todos muito mais felizes, muito mais interessantes, muito mais pessoas, muito mais autênticos.
Sei - e como sei (!) - que não faltam exemplos para contrariar esta minha tese assente no: "as pessoas Valem a pena", mas, e voltando à balança, sinto-me privilegiado por - como me dizia um Amigo recentemente - ter "coluna vertebral", uma teimosa "coluna vertebral", daquelas que não deixam margem para dúvidas, daquelas opostas às tristes e "diluíveis" aparências. E porquê? Pura e simplesmente porque, quando se É de verdade, só se pode esperar o melhor, ou seja, sentir-se que as pessoas Valem realmente a pena, as que o São e fazem por sê-lo, obviamente.
Francisco Moreira
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Hora do Nós

Por muito "crente" e confiante que seja, nunca fui de dar passos maiores do que aqueles que as minhas pernas permitem, mesmo acreditando que se deve, sempre, apostar, que se deve arriscar, ou, pelo menos, tentar, com todas as sílabas.
Por outro lado, neste momento, há algo que me faz alguma confusão, e isso prende-se com o facto de tanta gente achar que, com uma determinada decisão, preparo-me para dar um passo de gigante, embora em segredo...
Pois bem, lamento decepcionar quem julga isso mas, na verdade, o passo de gigante que me preparo para dar tem a ver com outros caminhos, bem diferentes dos que imaginam, embora, para já, e sem recurso à "régua e esquadro", posso dizer que é um caminho com um aparente brilho menor mas, claro, muito iluminado. (sorrisos)
Porquê? Porque há alturas em que necessitamos de dizer: " - Chegou a hora de nos dedicarmos a nós mesmos, mesmo incluindo (quase) todos os outros que nos rodeiam".

Francisco Moreira
domingo, 5 de dezembro de 2010

Saída de Emergência

Por vezes dá-me uma enorme vontade de procurar uma espécie de "saída de emergência", daquelas que permitem sair-se de nós ou da maneira como nos vêem e sentem, só para respirar um pouco... Só isso!
Francisco Moreira
sábado, 4 de dezembro de 2010

Remela

Há certos acordares em que levamos um estalo e sentimos que, de madrugada, lá na terra dos sonhos e dos pesadelos, veio alguém e provocou um autêntico reboliço.
Depois, depois de limpar a remela, e vendo melhor, percebemos que, afinal, tudo segue o seu rumo e, por mais que custe, tudo volta ao seu lugar, porque a vida também sorri.
Francisco Moreira
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Francisco sai do Vice Versa

A vida é feita de ciclos, e este chegou ao fim. Sim, é desta maneira (também) que comunico que chegou (quase) ao fim a minha presença no Vice Versa Bar, onde, com orgulho, empenho e prazer estive cerca de 16 anos. E chega ao fim porque tem que ser, porque há que dar lugar a outros, há que trocar a "sala-de-estar" da segunda casa pela "sala-de-estar" da primeira casa, aquela onde vivo. Há que, simplesmente, permitir que o Vice Versa respire, com outras gentes, com outras ideias, com outros sentires...
Sim, a vida continua... E com todas as letras, com todas as canções... Sim, acredito, o Vice Versa Bar continuará a existir, a ser uma referência nacional, principalmente pelo tanto que conquistou ao longo de quase duas décadas, sempre com esforço, perseverança e, acima de tudo, com pessoas que (me) ajudaram a fazer deste espaço um local familiar, intenso e único.
É, o palco da vida tem destas coisas. E, por vezes, necessita de outros "autores", de outras vozes, de outros reflexos, de outros poros, de outra Luz... Precisa de amanhã, mesmo quando o hoje é tão só o dia mais importante das nossas vidas...
E, precisamente hoje, olhando para trás, não encontro um fio por onde começar. É um novelo tão grande, tão intenso, que, na verdade, se o desfiasse, estou certo, morreria naquele instante entre a lágrima e o sorriso, porque a paixão prevalece, porque o amor é para sempre, porque, simplesmente, não convivo nada bem com a palavra "fim"... E, convém dizê-lo, poderia, a título de exemplo, referir uma ou outra situação mais ou menos bizarra, e não as faltam... Mas não, prefiro, pelo menos para já, guardá-las no baú da minha memória, certo de que, do outro lado - o de quem nos visitou e contribui para que sejamos o que somos - não faltarão "retratos ViceVersianos" em centenas, largos milhares de pessoas...
E como custa, como dói dizer adeus... Como me faltam as palavras...! Mas tem mesmo que ser, e assim respondo à grande maioria das perguntas que me serão feitas. Tem que ser porque estou cansado e realizado, porque a minha vida também é decorada por outros palcos, por outras pessoas, por outros objectivos... Se estou triste?! Claro que estou triste, claro que não é fácil colocar um ponto final em algo tão importante para tanta gente... Claro que, se pudesse, transportaria muitos dos que me acompanharam ao longo dos tempos, mais próximos ou mais remotos, para o resto da minha vida... E assim acontecerá, não com todos, infelizmente, mas com muitos, desejo e espero. Não mudei ou mudarei, enquanto Francisco Moreira.
A vida é feita de ciclos e, provavelmente, usá-los como "a resposta" é a melhor forma de se contornar e encarar as perguntas, as pessoas, os dias, o passado - no presente, o futuro... E avançar, embora, claro, ancorado a fotografias e emoções mil, embora triste, de lágrima incessante, mas convicto de que tem que ser, tem mesmo que ser assim, porque sim. E, não, esta não é uma decisão precipitada. Foi pensada, repensada e decidida. Pensei em várias pessoas, sem esquecer aquelas que me são mais próximas... E pensei na "minha" Equipa (a melhor do mundo!), no meu sócio (o melhor do mundo!), pensei, inclusive, na "desorientação" que uma decisão destas, saída do aparente nada, poderia gerar, principalmente junto de pessoas a quem o Vice Versa diz tanto, tanto... Confesso que também me incluo do enorme grupo dos "desorientados"... Afinal, onde será agora a minha segunda casa? (sorrisos amarelos)
O que levo dali? O que trago para aqui?
Trago os sorrisos, a felicidade, o ser-se a acontecer-se, tantas vezes à custa de um simples "quase nada"... Levo todos e cada um, levo tudo, mesmo que possam afirmar que fico sem nada. Ou melhor, há algo que não levo. Não me levo a mim, não levo o que sempre fui... Isso, acredito, ficará dentro de cada um, já que sempre houve "cada um", apesar de sempre se referirem ao "todo", ou ainda melhor, ao "todos"... Fui único com cada um.
É, cada pessoa, e são tantas, mas tantas, ficou registada em mim. E foram imensos anos de troca de palavras, de experiências, de sorrisos e lágrimas, de entreajuda, de amizade,... De família. Mas, e apesar do normal: "palavras leva-as o vento", não posso deixar de sublinhar que, mais do que simples sílabas, com este comunicado informal, em jeito de conversa entre mim e quem sente o Vice Versa de uma maneira especial, saio de cabeça erguida, de consciência tranquila... E certo de que contribuí para que fosse, ou melhor, seja um lugar com nome, com assinatura. Se saio é porque "chegou a hora", e tudo tem uma hora. Mais, o anúncio é feito precisamente 1 mês antes desta minha partida, a 31 de Dezembro, porque entendo ser importante ser-se correcto com as pessoas e não virar as costas sem "dizer água vai, água vem"... Por isso, e para que não se "livrem de mim" tão rapidamente, aproveito a oportunidade para vos convidar a aparecerem no local de sempre, na rotina de sempre... Eu, afinal, ainda "Estou Ali", e estarei sempre, embora numa outra perspectiva, carregando o tal baú das memórias, das boas e inesquecíveis memórias.
Para finalizar, e porque já não há paciência para tanta palavra, permitam que sublinhe uma vez mais que a vida é feita de ciclos, e este está a chegar ao fim. Um fim que ficará para sempre, nem que seja única e simplesmente em mim.
Obrigado por TANTO.

Francisco Moreira

Acerca de mim

A minha foto
Portugal
Sempre algures entre o hoje e o amanhã, sem esquecer a memória.

JACKPOT

JACKPOT
Música Anos 70, 80 e 90

Porto Canal

Porto Canal

O Livro do Ano

O Livro do Ano
Escrito por uma Deusa e um Sonhador... em nome de um Ângelo

...Sempre...

...Sempre...

Blog Archive