Obrigado
Faz por volta desta hora precisamente UM ANO que decidi ver até onde conseguiria chegar neste "bicho estranho" conhecido apenas por alguns e baptizado de Blogosfera. No canto superior direito "SAM" - e porque andava a ler o que o Professor Manuel Damas escrevia, vi uma mensagem que dizia "Criar Blog". Cliquei em cima, e tentei ver se o "analfabeto informático" que continuo a ser teria a esperteza suficiente para fazer algo género. E foi assim que começou, numa sessão persistente de quase três horas...
Hoje, UM ANO depois, contabilizo cerca de 1500 artigos publicados, mais de 34 mil visitas e uma publicação média de 4,5 artidos por dia.
Não sei se isto é muito, se é pouco, se é aconselhável ou desaconselhável, nem sei mesmo de esta coisa dos "Blogues" não irá provocar uma daquelas novas doenças terminadas num nome que ninguém consegue repetir. O que sei é que, algo que não existia há UM ANO, passou a ser um companheiro diário. Seja nas provocações, confissões ou noutras "coisas" quaisquer, o Essências transformou-se numa sala de visitas que, mesmo com custo mas sempre com prazer, tento manter minimamente apresentável, como forma de agradecer o trabalho a que se dão ao passarem por cá.
Por isso, seja para dar ou ler "bocas", é importante aproveitar esta efeméride para sublinhar que se ele continua activo, isso não se deve apenas ao autor mas sim, e principalmente, aos leitores.
O Essências de hoje está diferente do dos primeiros meses mas, se se derem ao trabalho de compararem, notarão que há algo em que ele nunca muda; na Essência.
Hoje, UM ANO depois, tenho o orgulho parvo de dizer que este Blogue é meu, sem nunca esquecer que continua a ser feito com empenho para o nós, onde, sem a menor dúvida, também me incluo.
Obrigado.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Sabe a... Verdadeiro
Será que alguém à face da terra saberá decifrar o verdadeiro sabor do Amor? Tenho as minhas dúvidas, grandes dúvidas. É que, queiramos ou não, o Amor tem inúmeros sabores, os quais vão sendo descobertos no dia-a-dia da relação, no "descobrir" do seu alcance.
O Amor é por vezes doce, outras amargo, mas sempre... Especial. E, já agora, quando servido na medida certa, não gera "congestões", "enjôos" nem "amargos de boca".
Se não encontram o Amor verdadeiro, procurem prova-lo, se o que têm não tem sabor, ousem troca-lo. Assim é o Amor, não sobrevive a imitações ou a cópias por conveniência.
Fresquinha
Se há alturas em que a cerveja gelada sabe "pela vida", essa altura é o verão. Mas falo daquele verão a sério, do verão com calor de verdade...
E se for numa esplanada à custa do "dolce fare niente", tanto melhor.
Confesso que não me importava nada de importar o calor de algumas paragens de outros continentes, adicionar-lhe um ou outro "adereço" e refrescar a garganta com uma cerveja importada, só para dar aquele "ar" de estar no estrangeiro. É que, caso nunca tenham reparado, no mundo não há melhor cerveja do que a Portuguesa, isto se, quando ela entrar em competição directa, tivermos as mesmas condições climatéricas que uma boa parte do mundo proporciona durante quase todo o ano... à cerveja, claro!
Ai, que bem que saberia... E até podia ser Heineken que eu não me "importava" nada ou, se pudesse, me "exportava" muito...
terça-feira, 29 de julho de 2008
Conforto
Não há conforto maior do que aquele que nos é oferecido pelo amor. E quando se sente o verdadeiro peso desse amor, é certo que, até o mais "desconfortável" dos corações cederá ao prazer que é alimenta-lo a todo o instante, independentemente do grau de dificuldades que tenha que ser transposto.
Não sou daqueles que acredita na felicidade sem amor, nem tão pouco acredito na paixão eterna... Sou uma espécie de "conservador" que, ao fim de algumas décadas, percebeu a diferença entre o amor exigido e o amor conquistado.
Hoje, e todo esse tempo depois, não tenho receio em afirmar que não há nada como o conforto de ser amado e que o que mais se aproxima dele é o conforto de amar quem nos ama.
Nada é perfeito, mas provavelmente é o que está mais perto de o ser.
Signos
Os signos, por muito que se possa duvidar, dizem mais do que se pode imaginar. Tudo depende das "contas", dos ascendentes e, principalmente, da qualidade com que se decifra o "mapa da vida". Não é por acaso que os astros são usados há quase uma eternidade, nem é por defeito que se encontram familiaridades entre o que está "escrito" e o que "acontece".
Se há signos melhores e piores? É como tudo, depende do que aceitarmos ler ou perceber. Mas que a mensagem existe, disso há muito poucas dúvidas, quando confrontados com as certezas.
E tu, tens a certeza que sabes qual é o teu signo e que ascendente o "orienta"?
Apostas
É com esta mentira que também é feito o dia-a-dia. É este colapso em forma de gente que temos que "serpentear" no fio da navalha. É esta estranha forma de vida que temos aceitar como penitência pelos nossos erros de análise.
E é assim que, com mais ou menos maquilhagem, vamos sorrindo, sem nunca ter a certeza de que, do outro lado, está um anjo... ou um demónio.
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Espelho
Devíamos perder mais tempo em frente ao espelho da vida, nem que seja para contemplar os nossos feitos e avaliar o peso crescente dos constantes erros.
Alegamos que a pressa do "agora" não nos dá tempo suficiente para corrigir os acidentes de percurso nem os danos colaterais. E, quando chega a hora de ver e medir, há danos mais recentes que urge tentar remediar ou atiramos o "problema" para trás das costas.
É uma pena perder-se tanto tempo a querer agradar aos outros e esquecer-se do quanto devemos, em primeiro lugar, agradar a nós próprios. É que, por mais "bonitos" que pareçamos ao olhar do todo composto pelos outros, há sempre muitos "personagens" a quem não demos a devida atenção ou prejudicamos, mesmo sem querer.
E o espelho, por mais velho e pouco usado que possa estar, continua lá, a registar todas as imperfeições que regista dia-a-dia quando passamos por ele... a correr.
Penitencia-te.
Sem querer ferir susceptibilidades, e porque hoje é domingo, sugiro que aproveitem o tempo disponível para limparem o armário das consciências e projectarem um novo ser, aquele que seja mais condizente com o vosso próprio parecer.
Trocando por "miúdos", sugiro que aproveitem o dia para se divertirem, seja qual for o volume de "penitências" que os santos mais próximos vos queiram fazer cumprir. É que; há alturas em que é preciso limpar o pensamento de preocupações e obrigações de forma a ter tempo para o que der na "real gana".
Um dia destes...
Mais cedo ou mais tarde, vou ter que me meter num dos "apuros" que a imagem documenta. É que não há mês em que o assunto não venha à "baila".
Terá que ser "fofinho", pequenino e... E vai ser uma carga de trabalhos, a partir do dia em que eu parar de resistir às investidas da Deusa. É que não pára de me "morder o juízo".
Unhas
Há pessoas que gostam de dar música, mesmo quando não sabem cantar ou tocar o "instrumento" com que atacam os outros... Mas o pior é quando desafinam e se percebe que, afinal, não dão uma para caixa, falo de "notas" está claro.
Sabem o que se chama a isso? Não ter unhas para tocar guitarra, acordeão, violoncelo, bateria...
Amoras
Tenho saudades do tempo em que, enquanto puto, andava pelos pinhais perto de minha casa... às amoras. Havia as vermelhas mas, essencialmente, trazia as pretas... Estavam sempre cheias de pó e as mãos ressentiam-se dos ataques dos espinhos. Depois, era lava-las, tritura-las com açúcar, comer à guloso e... apanhar uma valente diarreia.
Será que ainda há a moda de ir às amoras? Penso que não, a playstation não deve gostar de "esperar"...
Comer com os Olhos
Há quem muito recorra à expressão "comer com os olhos", seja a referência feita a alimentos ou a outro tipo de "sabores"... Mas o mais interessante na expressão, prende-se com a necessidade que todos temos de usar os olhos para "pré-provar" e "pré-aprovar" o que quer que seja.
Não é à toa que se diz que "em terra de cegos, quem tem olho é rei", nem é por acaso que tantas vezes se recorre ao "só visto" para comprovar a dita necessidade, a de "ter que ver para crer".
Um dia destes ainda aparece um cientista a afirmar que é nos olhos que está o problema da gordura e não na boca... Ai já apareceu?! Ainda não tinha "visto com os meus próprios olhos"...
Um dia destes ainda aparece um cientista a afirmar que é nos olhos que está o problema da gordura e não na boca... Ai já apareceu?! Ainda não tinha "visto com os meus próprios olhos"...
sexta-feira, 25 de julho de 2008
- Cala-te!
Nem sempre o silêncio é de ouro, mas pode ser um parceiro excelente para que passemos a ler melhor cada palavra da vida, seja ela a nossa ou a que nos rodeia.
Na maior parte dos casos, as páginas "em branco" não passam de meras interferências provocadas pelo ruído alheio.
Um pouco de silêncio nunca fez mal a ninguém, pelo contrário. Por isso, de quando em vez, experimenta calar-te de forma a poderes ouvir-te.
Em Directo
Arrancaram hoje e agora as minhas férias televisivas... E confesso que já estou com saudade daqueles instantes que não são visíveis no ecrã, independentemente do número de polegadas. Falo da chegada uma hora antes, do vestir a parte de cima do fato, da boa-disposição na maquilhagem enquanto se tentam esconder as "olheiras". Falo do café e do respectivo cigarro antes de entrar em estúdio, dos 12 minutos que nos separam do "ir para o ar", daquele intenso cronometrar de todos os passos e da azáfama sempre presente...
É certo que, nas várias casas, por toda a Europa, não imaginam que fazemos sempre uma oração, que se afinam pormenores que vão dos planos das várias câmaras ao volume do auricular... Nem se imagina que, na régie, estão várias pessoas a falar constantemente connosco, que nos fazem perguntas, às quais respondemos com sinais que vão do olhar ao acenar da cabeça, sem que os espectadores se apercebam... Enfim, um programa diário de televisão, vai muito além do que aquilo que é dado a ver do outro lado da lente, vai muito além daquele "plastificar" de emoções... É que, até na contagem decrescente, há sempre um "Boa Viagem" que faz toda a diferença, mesmo quando a história parece repetir-se todos os dias.
Um dia destes, conto-vos o que é que nos passa pela cabeça de cada vez que falamos para as câmaras.
"Putos"
Isto de se ser "puto", hoje em dia, tem muito que "se lhe diga". Seja pelos comportamentos bizarros ou pela quantidade de conhecimentos que já albergam, os "putos" de hoje já nem em tamanho são idênticos aos de "antigamente". Desde que substituíram o pão com manteiga pelas barras energéticas, este nosso mundo ficou ainda mais adulto, e de "um dia para o outro".
Só é pena que cresçam tanto em tanta coisa e, no essencial, não aprendam o que é ser-se "puto" na idade certa, algo essencial para a construção dos futuros "homens". É que; mais do que crescer em "quantidade", falta-lhes crescer em "qualidade", e não me refiro às suas "ilimitadas bases de dados" mas sim aos seus "limitados degraus de aprendizagem".
Seríamos?
Será que conseguiríamos voltar ao passado não muito distante? Voltar ao "andar a pé" sem ser por receita médica, esperar pelo autocarro sem hora certa de chegada, ver a televisão sem necessidade de comando, juntar o dinheiro debaixo do colchão sem necessidade de saber o que é um crédito ou um débito? Mais, seríamos nós capazes de regressar ao "conversar na rua", ao namorar à porta dos futuros sogros com o irmão mais novo como polícia? Seríamos nós capazes de aguentar uma semana por uma resposta?
Eu sei que "ser, seríamos", mas daí à prática vai uma longa... "semana".
Mas...
mas dizes que nada tens
Podes chegar longe
mas dizes que não consegues
És grande
mas dizes que não cresces
Tens fé
mas dizes que não acreditas
Podes vencer
mas dizes que já perdeste
És gente
mas dizes ser um miserável
Afinal, queres o quê?!
Está bem, mas...
E a vida continua...
De cada vez que me avalio pela idade ou pelos conhecimentos coleccionados ao longo dos anos, fico com a certeza de que já fiz muito, passei por muito e sei ainda muito mais. O problema é quando encaro uma imagem como esta e, do alto do descanso da personagem principal, fico com outra certeza; a de que ainda tenho muito com o que me "cansar" para poder atingir aquilo que, antes de ver a imagem, afirmava ser.
Feitos
Hoje, sem muito custo, podíamos tentar fazer uma boa acção sem recorrer ao convidativo "pedido" da outra parte. Se calhar, o mundo seria muito melhor se, em vez de aguardarmos que nos pedissem a mão, nos oferecesse-mos para estender a solidariedade sem o "previamente necessário", sem o "por obrigação", sem o "não custa nada", sem o "está bem, mas..." e, já agora, sem o "tem que ser rápido". É que uma boa acção vale muito mais quando parte de quem a faz do que quem a recebe.
Hoje, sem muito custo, é um bom dia para o fazermos, mesmo que não vejámos uma única alma a pedir-nos a "mão"... É que as boas acções não têm que ter sempre pessoas, presencialmente falando, para resultarem em grandes feitos.
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