sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Saber ou não Saber

As nossas acções, pequenas ou gigantes, deveriam ser precedidas por uma espécie de "Dejá Vue" que nos permitisse corrigir eventuais erros de "casting". E daí, não. Dessa forma, uma grande maioria das acções deixariam de acontecer ou passariam a ser demasiado plásticas, demasiado desvalorizadas, muitas das quais passariam mesmo ao solúvel sem atingir os propósitos. Claro que, com o prévio conhecimento dos resultados, teríamos muito melhores "saldos" e não cairíamos facilmente nos erros indesejados, os chamados "acidentes de percurso", o "falar demais", o "fónix"... Mas, por outro lado, o efeito já não teria o peso do arriscar, nem o sabor seria tão autêntico ou, pior ainda, quem levaria a sério as nossas intenções?
Sim, é difícil decidir se o tal "Dejá Vue" seria ou não uma mais valia interessante, mesmo que determinante, por mais importante que pudesse ser enquanto escudo contra as nossas falhas. Há no entanto que assumir que, muito do prazer da vida, está exactamente no desconhecer, no ver "o que acontece" depois do "isto e aquilo".
Mas, afinal, em que é que ficamos?! Que prato merece mais crédito nesta balança?!
O objectivo não é encontrar resposta; é apenas, e só apenas, fazer-nos pensar melhor antes de agir, algo que, tantas vezes, nos pouparia a dissabores que no "depois" já não conseguimos rectificar. Mas, já agora, e para os crentes como eu, há sempre um pormenor que vai fazendo muita diferença. Dá-se pelo pomposo nome de instinto. Mas, como em tudo o que não é exacto, inclusive o "Deja Vue"pelo qual todos já passamos, o problema persiste e persistirá pela simples razão de não termos sempre as antenas ligadas para a frequência com que o instinto nos alerta. E é precisamente aqui que - sejamos honestos - optaríamos sempre por uma única posição, o "saber" ou "não saber", dependendo da importância que déssemos ao que estava em disputa neste jogo do "não sei se quero saber".
Francisco Moreira

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