Plumas
É uma terrível pena quando a vaidade dos homens se vende a troco de algumas pétalas, mesmo que, para isso, enquanto pessoa, o pretenso homem, tenha que ficar mais depenado, como o futuro terá o desprazer de ditar. Pensando melhor, acho preferível trocar o termo "penas" por "plumas", algo que, dadas as circunstâncias, consegue um enquadramento menos falso e mais colorido, como são quase todas as histórias onde a homofobia mata, mesmo que não estejamos a falar de sexo, desta feita em posição invertida.
Retalho a Retalho
Somos uns felizardos, no que ao espelho diz respeito. Sim, os espelhos são nossos amigos. Porquê? Porque, se assim não fosse, ficaríamos espantosamente decepcionados com a dimensão e profundidade das cicatrizes que a nossa pele tenta esconder, ou melhor, que os espelhos fazem o favor de não mostrar.Sei que nem todos temos a mesma quantidade, quem nem todos passamos pelo mesmo mas, se formos verdadeiros, todos temos mais cicatrizes do que os nossos rostos apresentam, muitos deles estrategicamente escondidos, entre um creme e uma operação plástica, ou demais adereços figurativos.
Mas ainda bem que é assim, que os espelhos são nossos amigos, caso contrário, acreditem, morreríamos de síncupe de cada vez que tivéssemos que encarar o tanto pelo que já passamos, retalho a retalho, vivência a vivência, minuto a minuto.
Francisco Moreira
Loucura Sã
O grau de pouca sanidade mental, não sei se já repararam, anda a aumentar preocupadoramente, ao ponto de termos que pensar duas vezes antes de responder, seja torto ou direito, a quem quer que seja, a começar pelos estranhos que nos abordam nas ruas. Não são raros, pelo contrário, os "cromos garridos" com que nos deparamos, ao ponto de acharmos que, para sermos "normais", se calhar, é melhor cometer uma ou outra loucura, daquelas que, pode dizer-se em jeito de desculpa, fazem parte, parte da vida, deste roda de vertigens onde o saudável perde cada vez mais terreno para bizarro, como se isso fosse (apenas) excêntrico.
Farto de cruzar-me com loucos, daqueles que estão sempre abertos a um ou gesto de excentricidade, confesso, não são raras as vezes em que me apetece hibernar, só para me limitar a ver loucuras na televisão, entre um comprimido e outro.
Parabéns, Meninas
As mulheres, sem dúvida, sabem por-se mais bonitas, nem que seja para dar nas vistas das outras mulheres, assim ao jeito de campeonato dos atributos realçados.Tranquilidade
É bom, muito bom, quando a tranquilidade da vida nos cumprimenta e nos ensina a dar mais valor aos instantes, nem que seja por horas...Será que existo?
Faço parte daquele grande grupo de pessoas que passa a vida a pensar, seja no escritório, no carro ou na cama, dou comigo, propositadamente ou pelas observações que vou fazendo, a dar tempo ao pensamento, horas e horas, por vezes com prolongamentos em dias ou meses seguintes. Penso em tudo, como todos. Penso nos porquês da vida, penso nos amanhãs e, claro, penso no que fiz, no que deixei de alterar, no que deixei de fazer e, principalmente - e aqui é que está o epicentro, no tanto que ainda quero cumprir, no tanto que ainda quero inventar.
Penso que todos serão como eu, que todos pensam nas normalidades e anormalidades desta sequência de dias e noites, sempre em frente, por mais incumprimentos que deixemos para trás.
Um dia destes, embora sem acreditar que me dê tempo para tal, gostaria de escrever o que penso, principalmente aqueles pensamentos mais profundos, e dar-lhes respostas, as que julgo serem as mais lógicas ou, por instinto, talvez, as mais fundamentadas, por mais que este "ser terreno" tente aniquilar.
Se me canso de pensar?
Sim, como todos. Mas, acima de tudo, quando penso, em diálogos comigo mesmo, vou tirando respostas às perguntas que tantas vezes me faço, que tantos se fazem, daquelas que, mesmo sem "provas", começam a fazer a diferença no caminho de hoje, podendo, quiçá, influenciar o de amanhã.
Se pensar é existir?
Prefiro pensar que existir implica pensar, quanto mais não seja para aprendermos a andar.
Marioneta
Adoro ser criança, principalmente quando entendem que estou a sê-lo, sem se aproveitarem disso para descontextualizar o que quer que seja. Tenho pena que esta vida, dita dura, não tenha mais momentos de "recreio", mais momentos de embriaguez infantil. Acredito que seríamos mais felizes com esse ar menos sério, sem esses olhos franzidos, sem essas espadas afiadas...
Mas, como se diz, é a vida... E até para brincar tem que se estar alerta, não vá o mau da fita apoderar-se do tesouro que é ser-se criança.
Haja Paciência
Lá teve que ser
Passeios Desertos
São tantos e tão poucos os caminhos quie repetimos neste dia-a-dia dos afazeres que, se repararmos bem, já não sabemos ir ao sabor do vento, já não nos conseguimos orientar geograficamente por outras paragens, apesar de ainda as termos na memória, aquelas recolhidas quando fazíamos outros e estes percursos a pé, com maior atenção, com maior interesse. Hoje, infelizmente, todos os caminhos são iguais, por muito que pintem as casas, por muito que alcatroem os paralelos, por muito que mudem os residentes, ou que desapareçam, movidos por outras paragens.Deveríamos abandonar os carros que fazem questão de nos transportar até ao café a 20 metros de casa, devíamos ter tempo (não temos?!) para passear com os amigos quilómetros sem fim, como fazíamos no longínquo antigamente de boa memória, naquela outra altura em que sabíamos os nomes das ruas, em que reconhecíamos os rostos com que nos cruzavamos e nos quais, à custa dos passeios - verdadeiras ruas do social, nos identificavamos entre um "olá" e um "bom dia", na certeza de que os seres humanos eram muito mais do que aquelas "figuras" e "figurinhas" que nos obrigam a parar naquelas irritantes passadeiras, sim as que nos atrasam e consomem precioso combustível.
Com esta coisa dos carros para tudo e mais alguma coisa, chego à conclusão de que perdemos muito do que éramos, a começar pela identidade, a nossa e a dos outros, aqueles seres que viviam connosco, nem que fosse por segundos repetidos, ali naquela rua, entre o cruzamento "A" e a praça "B".
Portefólio da Memória
Gostava de rever as imagens da minha vida, sim, de ver, numa espécie de versão "slide", com todos os bons momentos que passei, nem que fosse por um dia.Seria tão interessante podermos ver pequenos vídeos do que vivemos e revivê-los com a tal lágrima no canto do olho, mas com sorriso, assim ao jeito de "flashback"... verdadeiramente Especial.
Provavelmente, numa outra vida, lá em cima, ou lá em baixo, terei a oportunidade de ver o filme do que fiz, por onde e por quem passei, sentado, porventura, numa cadeira almofadada, para ali, a fazer análise aos pormenores, àqueles que me escaparam, sem que me apercebesse ou dissolvidos na correria dos acontecimentos...
A vida é tão recheada de coisas boas que, injustamente, quando fazemos balanços, recorremos mais facilmente ao que de menos bom nos passou pela pele, como se esses, os momentos mais penosos, fossem os mais marcantes... E os outros, os tantos outros, porventura em maioria, que deixamos evaporarem-se na memória de um passado, seja ele mais recente ou não?!
Estou certo de que com esse "flashback", além das tais lágrimas sorridentes, teríamos a hipótese de rever muita da matéria dada, quanto mais não fosse para reaprender com os erros e, claro, para darmos mais valor ao que vamos deixando fluir no passar dos ponteiros do relógio...
Seria bom, tão bom, podermos consultar o portefólio da memória e brindarmos à Vida.
Produzir em Part-Time
Um dia destes armo-me em esperto, recolho as assinaturas necessárias, e tento convencer o parlamento Português a dar intervalos de 3 horas no trabalho, 3 horas no período da manhã e 3 horas no período da tarde.Quem não tem cão...
A imagem diz tudo, ou quase tudo, apesar de eu não ser um grande fã de "Pitbulls" ou de outras espécies que visem a violência ou causar medo. Assim sendo, e olhando para as contas da violência e para a liberdade que a justiça vai dando, baseada na sobrelotação das cadeias - alegam, chego à conclusão que entendo bem quem lançou esta campanha "graffiti", mesmo não assinando por baixo.
Silly Season
Dizem, principalmente os intelectuais, que esta altura do ano é a "Silly Season", a época em que os assuntos sérios ficam na gaveta dos noticiários e, pensarão, por eles estarem de férias, faltam "essências cinzentas" para opinarem mais e melhor sobre o que realmente interessa, nem que isso seja, por exemplo, uma dissertação sobre uma folha de outono e a interferência que ela pode ter sobre a economia mundial, sem esquecer os contornos políticos que pode gerar. Bem, mas com a "Silly Season" a chegar ao fim, e com o regresso dos intelectuais que, certamente aproveitaram as férias para pensar em como resolver os grandes problemas locais e mundiais, estou em crer que, nos próximos dias, com o fim de Agosto, teremos em breve a resolução de todos os problemas, sejam eles a opinião de um intelectual sobre a opinião de outro intelectual ou mesmo sobre a cor da tal folha de outono que, dada a conjectura social e política, poderá, neste "intervalo", ter mudado ligeiramente de cor, prometendo dias melhores à custa desses iluminados, ou nem por isso.
Campeão em Último
Sim, podem gozar à vontade, o Campeão vai em último, ou quase. E ninguém entende o que se passa com os 8,5 milhões de aviário... Mas, calma, também é preciso destas coisas para que tenhamos assunto nas 2ªs Feiras, principalmente aqueles que ficam mais felizes com a derrota do Campeão do que com a vitória dos seus clubes... Onde está o Glorioso do ano passado? Presumo que em jogos-treino, à espera de acertar as agulhas para mais uma série de goleadas à antiga."Dobles"
Tenho saudades dos meus tempos de dominó, daquelas disputas de horas embaladas por uma ou outra cerveja, sempre na companhia de pessoas com o dobro ou o triplo da minha idade. Já lá vão umas décadas... A vida - e por isso é que trouxe este assunto para aqui - também é feita destas pequenas páginas, aparentemente sem sumo, aparentemente sem espaço no portefólio das conquistas e das derrotas...
Um dia destes, décadas depois, ao passar à porta daquele "clube", reparei que o dominó ainda é o mesmo, daqueles bons que se faziam antigamente, e algumas das pessoas, mesmo com a velhice a assumir um plano cada vez maior, continuam a manusear os "dobles" como se não houvesse vida fora daquelas paredes, e sempre à procura de mais e mais pontos...
Foi Você que Pediu - Castelo do Queijo
Esta tarde, lá para as 15H00, vou andar com o Alberto Rocha a fazer as últimas entrevistas para o "Foi Você que Pediu".O programa ainda durará até à primeira semana de Setembro, inclusive, mas, quanto a gravações, elegemos o "Castelo do Queijo" para despedida.
A ver vamos como decorrerá, sendo que, convenhamos, já passamos bons momentos, para mais tarde recordar.
Francisco Moreira
E se te visses do Céu?
Por vezes, deveríamos poder elevar-nos, assim uns 100 metros, para "boiar" no céu, sem nuvens, sem ruídos a interferirem, sem opiniões a influenciar.Foi Você que Pediu
Se ainda não viram, não perderam nada... Ou talvez sim. (sorrisos)
Palavras que dizem Tudo
Ouça cada vez mais fado, e este, "A minha rua", sublinho, é um dos meus preferidos, principalmente pela letra, extraordináriamente simples mas incisiva.
Se não conhecem, "bebam" e pensem... na vossa rua, a de hoje e a de antigamente.
Que saudades da minha rua...
Francisco Moreira
- Escolha, se faz favor.
Como quase todos sabemos, estamos na era do "Self-Service". Já quase tudo nos pode chegar a casa, se optarmos pelo "Self-Service" que o computador nos providencia, com mais ou menos velocidade, dependendo do servidor ou dos "megas" que compramos noutra destas lojas. Em alguns destes aparelhómetros, até temos a preciosa ajuda de um ou outro funcionário virtual, para nos incentivar nas escolhas feitas à distância, por mais perto que estejamos do "reclame" da casa mãe.Castelo dos Números
Encontro cada vez mais gente que me diz que os caminhos estão difíceis, seja pelos buracos no calçado, seja pela incerteza quanto à sopa. Mas eles andam, eles continuam a andar por aí e por todo o lado, numa espécie de prova viva de que não é obrigatório desistir de cada vez que as brechas teimarem em derrubar-nos.E eu faço como eles, saltitando, umas vezes com mais forças, outras com mais fé, mas sempre saltitando, nem que seja para provar ao impossível que ele só existe porque, à custa da tal desistência da moda e do negativismo das conversas, o clube dos "derrotados à partida" continua a ser estatística. Tudo isto porque, infelizmente, não faltam exemplos de quem não pegue no impossível pelos cornos e lhe parta a meio as letras "i" e "m", nem que seja só para o irritar, derrubando o castelo dos números.
Francisco Moreira
Recreio
Ai, como me apetece brincar, como me apetece rasgar as contas dos débitos e partir em velocidade de cruzeiro por essas ruas de aventura, ruas de criança, ruas de sorrisos autênticos, sem pressa de chegar, sem a obrigatoriedade de regatear...Casulo
Parecemos formigas, dentro de pequenos casulos, dos para formigas, que não existem, dizem-me. Um dia destes, se a coragem tiver mais força do que o "obrigatório", darei comigo a desertar, a abandonar o casulo e a dar-me de presente a liberdade necessária para não fazer nada, absolutamente nada, como se o nada fosse a coisa mais importante do mundo, a única coisa a fazer neste mundo.
Porquê? Ainda não sei bem, imagino que deve ser o cansaço da repetição, mas acredito que se daqui não levaremos nada, porque carga de água temos sempre que fazer tudo?
Francisco Moreira
Inventar Inventando
Nunca esquecendo que sou um "zero à esquerda" em questões informáticas, hoje, finalmente, consegui, sozinho (uau!), arranjar maneira de editar imagens, algo que pretendia fazer há algum tempo. Divirtam-se com as "Postas & Postais" que aqui afixarei e, se possível, retirem algum "sumo" das provocações ditas com todas as letras, ou quase todas, melhor dizendo.
Débitos do Tempo
Estou saturado de me desculpar à conta do relógio, aquele objecto que não serve para mais nada do que nos atirar à cara a falta de tempo, o tempo que ele nos vai roubando segundo a segundo, nunca esquecendo de sublinhar que, quando chega a altura de fazer as contas, afinal, fartamo-nos de desperdiçar horas e horas. É por isso que não me canso de o insultar, por passar os minutos a dizer-me que não tenho tempo quando, na verdade, ao fim do dia, quando ele se ri de mim, faz sempre questão de me atirar à cara que me sobrou tempo, o tempo que não posso reivindicar.Para onde vai a Festa?
Um dia destes passei pela "festa", sim passei por uma daquelas festas de verão que tanto - dizia-se - animam os personagens locais e os familiares destes, que vêm "marcar o ponto no passaporte das raízes", religiosamente, e bem. Reparei nas promoções, aquelas que falam da nota mais pequena do gasto baralho dos euros, uma nota que, à primeira vista, consegue transformar-se numa versão "updated" do milagre da multiplicação. Sim, por 5 euros, nestes anos da crise, já se consegue comprar 2, 3 e 4 peças quase iguais... É, mesmo em caneta de feltro, há que encontrar maneira de despertar a atenção do olhar menos desatento, aquele que sai de casa com os tostões previstos para uma cerveja, um gelado para o miúdo e, se se encontrar um vizinho com mais de 4 palavras de "letra", poder trocar alguns "cromos" aceitando o necessário convite para o café, enquanto elas ficam a falar do tempo.
É, até a festa já não é o que era, mesmo mantendo a falange dos seus "clientes", aqueles que se sentam estrategicamente à espera da hora dos "artistas", sejam eles mais famosos ou nem por isso. A festa está a morrer vagarosamente, mas a morrer, principalmente pela falta de "plim", e não pela falta de gente, como se poderia "prognosticar", nesta era da juventude dos Shoppings com saldos a 70% e das Internet's com leilões de tudo e mais qualquer coisa.
É que, sem "plim", queiramos ou não, há cada vez menos "barracas", e, quando as barracas perceberem finalmente que aqueles que por elas passam mais não fazem do que olhar, infelizmente, estou em crer que a festa passará a ter um palco, uma roullote e, com sorte, um velhote a vender balões comprados aos "Chineses", há 10 anos, em quantidades abismais, por estarem quase de borla, isto apesar de, hoje, não pagarem o bilhete do Metro.
Que saudades da festa, sim, quando era uma festa.
- Só houve estas.
Não, não estou a dar início a férias, pelo contrário, estou sim a despedir-me delas. É oficial, férias só lá para Novembro, embora, nessa altura, em "part-time", mas, confesso, já estou a pensar nelas.Bom Fim-de-Semana
Chutos no Fado
É já a partir deste fim-de-semana que se "acabam" grande parte dos problemas dos Portugueses, com a chegada da nova época futebolística. É, é verdade, havendo futebol, grande parte dos problemas são atirados para trás das costas, como se o fado fizesse uma pausa, um silêncio reconfortante, mesmo que continuando a ser "gritado" de fundo.Futuro numa Côdea
Quando olho para o meu filho e o vejo feliz, não são raras as vezes em que penso nos outros filhos, aqueles que não têm pais, que não têm o que comer, que não são levados a passear para descobrirem o mundo, aqueles que aprendem rapidamente a sobreviver, sem olhar para marcas, poses ou condições sociais. As crianças deveriam ter vidas mais felizes, independentemente dos países onde vivem e das condições sociais que as rodeiam, nem que fosse, pelo menos, claro, para, enquanto crianças, poderem continuar a sonhar, não só com o pão mas principalmente com a vida.
Sudoeste - Festival dos Festivais
Neste texto, poderia limitar-me ao assunto mais comentado dentro de "portas": as "tenrinhas" (milhares de jovens raparigas que geralmente se movimentam em grupo e que se produzem, e bem, para chamar à atenção dos jovens, mesmo que "cotas"), mas entendo ir mais longe, ao cerne do porquê destas longas viagens de curtos dias, sem dormir, para ver 3% dos concertos que estão à nossa mercê, e sem as "rédeas" femininas, embora, como é lógico, bem "rédeados" (acabei de inventar o termo!). Assim sendo, passo a esclarecer que somos pessoas bem formadas, com vidas perfeitamente delineadas e, claro, certos de que não vamos ao "Sudoeste", embora quase religiosamente, para engatar ou ser engatados, tanto que, mesmo usando os típicos "Se fosse eu..." ou o "No meu tempo é que..." pouco mais servem para desbloqueador de conversa, já que, muito provavelmente, naqueles "outros tempos" faríamos o mesmo ou menos do que os rapazes dessas idades (fazem pouco) fazem nestas escapadelas propícias ao pecado. Mas é divertido. Sim, é divertido imaginar, comentar e, simultâneamente, telefonar para a "mulher", a nossa, e dizer que temos saudades dela, a mais pura das verdades.
Por outro lado, tem piada a forma como, "in loco", visualizamos os jovens, os seus comportamentos, as suas opções, as suas falhas, as suas excentricidades, a sua maneira de encarar a juventude, e, sejamos honestos, ter um pouco de ciúme por não podermos fazer o mesmo ou pior, ou melhor, muito melhor, graças a esta coisa a que se chama experiência ou, se preferirem, idade.
Este ano não foi diferente dos outros "Sudoestes", havendo mesmo que sublinhar que, de ano para ano, ele vai melhorando, principalmente em termos de infraestruturas e de ofertas, incluindo a originalidade. E, começando por aqui, não posso deixar de falar do "Banho Swing" (as raparigas e rapazes eram convidados a tomarem banho nus em locais previamente delineados, sem que alguém se tenha atrevido, pelo menos até informação em contrário"), os "Arcos de Balões Iluminados" com centenas de metros (que davam mais cor e que surpreendiam quem chegava ao "Sudoeste"), os "Blind-Dates" (que "casavam" os pares que entendiam ter links, depois de conversarem alguns minutos"), as "Tatuagens Sudoeste" (que identificavam ainda mais quem estava no Festival, principalmente no exterior do recinto), os "Braços ao Alto" (que decoravam as costas de milhares de jovens, dando a ideia de que estavam com os braços levantados quando, na verdade, limitavam-se a transportar braços de cartão) e muitas mais coisas que só não destaco pelo já grande tamanho deste texto.
Em resumo, e pegando neste "Sudoeste 2010", tenho que expressar, uma vez mais, que é efectivamente o "Festival dos Festivais", principalmente por conseguir reunir milhares e milhares de jovens no mesmo recinto (seja no local dos concertos, no campismo ou na praia) numa "onda positiva", onde, independentemente dos "suplementos" ou não, conseguem com que haja ordem, respeito e, acima de tudo, diversão, da autêntica.
Vale a pena ir ao "Sudoeste", nem que seja para, mesmo mentindo-nos, ficarmos com a ideia de que a "tanta saúde" que nos rodeia também nos "saúda" a nós, os cotas, já a necessitarem de "água das pedras" e "força" para aguentarem a pedalada.
Até Já!
Francisco Moreira
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- Sempre algures entre o hoje e o amanhã, sem esquecer a memória.
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