Plumas

Pensando melhor, acho preferível trocar o termo "penas" por "plumas", algo que, dadas as circunstâncias, consegue um enquadramento menos falso e mais colorido, como são quase todas as histórias onde a homofobia mata, mesmo que não estejamos a falar de sexo, desta feita em posição invertida.
Retalho a Retalho

Sei que nem todos temos a mesma quantidade, quem nem todos passamos pelo mesmo mas, se formos verdadeiros, todos temos mais cicatrizes do que os nossos rostos apresentam, muitos deles estrategicamente escondidos, entre um creme e uma operação plástica, ou demais adereços figurativos.
Mas ainda bem que é assim, que os espelhos são nossos amigos, caso contrário, acreditem, morreríamos de síncupe de cada vez que tivéssemos que encarar o tanto pelo que já passamos, retalho a retalho, vivência a vivência, minuto a minuto.
Francisco Moreira
Loucura Sã

Não são raros, pelo contrário, os "cromos garridos" com que nos deparamos, ao ponto de acharmos que, para sermos "normais", se calhar, é melhor cometer uma ou outra loucura, daquelas que, pode dizer-se em jeito de desculpa, fazem parte, parte da vida, deste roda de vertigens onde o saudável perde cada vez mais terreno para bizarro, como se isso fosse (apenas) excêntrico.
Farto de cruzar-me com loucos, daqueles que estão sempre abertos a um ou gesto de excentricidade, confesso, não são raras as vezes em que me apetece hibernar, só para me limitar a ver loucuras na televisão, entre um comprimido e outro.
Parabéns, Meninas

Tranquilidade

Será que existo?

Penso em tudo, como todos. Penso nos porquês da vida, penso nos amanhãs e, claro, penso no que fiz, no que deixei de alterar, no que deixei de fazer e, principalmente - e aqui é que está o epicentro, no tanto que ainda quero cumprir, no tanto que ainda quero inventar.
Penso que todos serão como eu, que todos pensam nas normalidades e anormalidades desta sequência de dias e noites, sempre em frente, por mais incumprimentos que deixemos para trás.
Um dia destes, embora sem acreditar que me dê tempo para tal, gostaria de escrever o que penso, principalmente aqueles pensamentos mais profundos, e dar-lhes respostas, as que julgo serem as mais lógicas ou, por instinto, talvez, as mais fundamentadas, por mais que este "ser terreno" tente aniquilar.
Se me canso de pensar?
Sim, como todos. Mas, acima de tudo, quando penso, em diálogos comigo mesmo, vou tirando respostas às perguntas que tantas vezes me faço, que tantos se fazem, daquelas que, mesmo sem "provas", começam a fazer a diferença no caminho de hoje, podendo, quiçá, influenciar o de amanhã.
Se pensar é existir?
Prefiro pensar que existir implica pensar, quanto mais não seja para aprendermos a andar.
Marioneta

Tenho pena que esta vida, dita dura, não tenha mais momentos de "recreio", mais momentos de embriaguez infantil. Acredito que seríamos mais felizes com esse ar menos sério, sem esses olhos franzidos, sem essas espadas afiadas...
Mas, como se diz, é a vida... E até para brincar tem que se estar alerta, não vá o mau da fita apoderar-se do tesouro que é ser-se criança.
Haja Paciência
Lá teve que ser
Passeios Desertos

Deveríamos abandonar os carros que fazem questão de nos transportar até ao café a 20 metros de casa, devíamos ter tempo (não temos?!) para passear com os amigos quilómetros sem fim, como fazíamos no longínquo antigamente de boa memória, naquela outra altura em que sabíamos os nomes das ruas, em que reconhecíamos os rostos com que nos cruzavamos e nos quais, à custa dos passeios - verdadeiras ruas do social, nos identificavamos entre um "olá" e um "bom dia", na certeza de que os seres humanos eram muito mais do que aquelas "figuras" e "figurinhas" que nos obrigam a parar naquelas irritantes passadeiras, sim as que nos atrasam e consomem precioso combustível.
Com esta coisa dos carros para tudo e mais alguma coisa, chego à conclusão de que perdemos muito do que éramos, a começar pela identidade, a nossa e a dos outros, aqueles seres que viviam connosco, nem que fosse por segundos repetidos, ali naquela rua, entre o cruzamento "A" e a praça "B".
Portefólio da Memória

Seria tão interessante podermos ver pequenos vídeos do que vivemos e revivê-los com a tal lágrima no canto do olho, mas com sorriso, assim ao jeito de "flashback"... verdadeiramente Especial.
Provavelmente, numa outra vida, lá em cima, ou lá em baixo, terei a oportunidade de ver o filme do que fiz, por onde e por quem passei, sentado, porventura, numa cadeira almofadada, para ali, a fazer análise aos pormenores, àqueles que me escaparam, sem que me apercebesse ou dissolvidos na correria dos acontecimentos...
A vida é tão recheada de coisas boas que, injustamente, quando fazemos balanços, recorremos mais facilmente ao que de menos bom nos passou pela pele, como se esses, os momentos mais penosos, fossem os mais marcantes... E os outros, os tantos outros, porventura em maioria, que deixamos evaporarem-se na memória de um passado, seja ele mais recente ou não?!
Estou certo de que com esse "flashback", além das tais lágrimas sorridentes, teríamos a hipótese de rever muita da matéria dada, quanto mais não fosse para reaprender com os erros e, claro, para darmos mais valor ao que vamos deixando fluir no passar dos ponteiros do relógio...
Seria bom, tão bom, podermos consultar o portefólio da memória e brindarmos à Vida.
Produzir em Part-Time

Quem não tem cão...

Assim sendo, e olhando para as contas da violência e para a liberdade que a justiça vai dando, baseada na sobrelotação das cadeias - alegam, chego à conclusão que entendo bem quem lançou esta campanha "graffiti", mesmo não assinando por baixo.
Silly Season

Bem, mas com a "Silly Season" a chegar ao fim, e com o regresso dos intelectuais que, certamente aproveitaram as férias para pensar em como resolver os grandes problemas locais e mundiais, estou em crer que, nos próximos dias, com o fim de Agosto, teremos em breve a resolução de todos os problemas, sejam eles a opinião de um intelectual sobre a opinião de outro intelectual ou mesmo sobre a cor da tal folha de outono que, dada a conjectura social e política, poderá, neste "intervalo", ter mudado ligeiramente de cor, prometendo dias melhores à custa desses iluminados, ou nem por isso.
Campeão em Último

"Dobles"

A vida - e por isso é que trouxe este assunto para aqui - também é feita destas pequenas páginas, aparentemente sem sumo, aparentemente sem espaço no portefólio das conquistas e das derrotas...
Um dia destes, décadas depois, ao passar à porta daquele "clube", reparei que o dominó ainda é o mesmo, daqueles bons que se faziam antigamente, e algumas das pessoas, mesmo com a velhice a assumir um plano cada vez maior, continuam a manusear os "dobles" como se não houvesse vida fora daquelas paredes, e sempre à procura de mais e mais pontos...
Foi Você que Pediu - Castelo do Queijo

O programa ainda durará até à primeira semana de Setembro, inclusive, mas, quanto a gravações, elegemos o "Castelo do Queijo" para despedida.
A ver vamos como decorrerá, sendo que, convenhamos, já passamos bons momentos, para mais tarde recordar.
Francisco Moreira
E se te visses do Céu?

Foi Você que Pediu
Se ainda não viram, não perderam nada... Ou talvez sim. (sorrisos)
Palavras que dizem Tudo
Ouça cada vez mais fado, e este, "A minha rua", sublinho, é um dos meus preferidos, principalmente pela letra, extraordináriamente simples mas incisiva.
Se não conhecem, "bebam" e pensem... na vossa rua, a de hoje e a de antigamente.
Que saudades da minha rua...
Francisco Moreira
- Escolha, se faz favor.

Castelo dos Números

E eu faço como eles, saltitando, umas vezes com mais forças, outras com mais fé, mas sempre saltitando, nem que seja para provar ao impossível que ele só existe porque, à custa da tal desistência da moda e do negativismo das conversas, o clube dos "derrotados à partida" continua a ser estatística. Tudo isto porque, infelizmente, não faltam exemplos de quem não pegue no impossível pelos cornos e lhe parta a meio as letras "i" e "m", nem que seja só para o irritar, derrubando o castelo dos números.
Francisco Moreira
Recreio

Casulo

Um dia destes, se a coragem tiver mais força do que o "obrigatório", darei comigo a desertar, a abandonar o casulo e a dar-me de presente a liberdade necessária para não fazer nada, absolutamente nada, como se o nada fosse a coisa mais importante do mundo, a única coisa a fazer neste mundo.
Porquê? Ainda não sei bem, imagino que deve ser o cansaço da repetição, mas acredito que se daqui não levaremos nada, porque carga de água temos sempre que fazer tudo?
Francisco Moreira
Inventar Inventando

Divirtam-se com as "Postas & Postais" que aqui afixarei e, se possível, retirem algum "sumo" das provocações ditas com todas as letras, ou quase todas, melhor dizendo.
Débitos do Tempo

Para onde vai a Festa?

Reparei nas promoções, aquelas que falam da nota mais pequena do gasto baralho dos euros, uma nota que, à primeira vista, consegue transformar-se numa versão "updated" do milagre da multiplicação. Sim, por 5 euros, nestes anos da crise, já se consegue comprar 2, 3 e 4 peças quase iguais... É, mesmo em caneta de feltro, há que encontrar maneira de despertar a atenção do olhar menos desatento, aquele que sai de casa com os tostões previstos para uma cerveja, um gelado para o miúdo e, se se encontrar um vizinho com mais de 4 palavras de "letra", poder trocar alguns "cromos" aceitando o necessário convite para o café, enquanto elas ficam a falar do tempo.
É, até a festa já não é o que era, mesmo mantendo a falange dos seus "clientes", aqueles que se sentam estrategicamente à espera da hora dos "artistas", sejam eles mais famosos ou nem por isso. A festa está a morrer vagarosamente, mas a morrer, principalmente pela falta de "plim", e não pela falta de gente, como se poderia "prognosticar", nesta era da juventude dos Shoppings com saldos a 70% e das Internet's com leilões de tudo e mais qualquer coisa.
É que, sem "plim", queiramos ou não, há cada vez menos "barracas", e, quando as barracas perceberem finalmente que aqueles que por elas passam mais não fazem do que olhar, infelizmente, estou em crer que a festa passará a ter um palco, uma roullote e, com sorte, um velhote a vender balões comprados aos "Chineses", há 10 anos, em quantidades abismais, por estarem quase de borla, isto apesar de, hoje, não pagarem o bilhete do Metro.
Que saudades da festa, sim, quando era uma festa.
- Só houve estas.

Bom Fim-de-Semana
Chutos no Fado

Futuro numa Côdea

As crianças deveriam ter vidas mais felizes, independentemente dos países onde vivem e das condições sociais que as rodeiam, nem que fosse, pelo menos, claro, para, enquanto crianças, poderem continuar a sonhar, não só com o pão mas principalmente com a vida.
Sudoeste - Festival dos Festivais

Neste texto, poderia limitar-me ao assunto mais comentado dentro de "portas": as "tenrinhas" (milhares de jovens raparigas que geralmente se movimentam em grupo e que se produzem, e bem, para chamar à atenção dos jovens, mesmo que "cotas"), mas entendo ir mais longe, ao cerne do porquê destas longas viagens de curtos dias, sem dormir, para ver 3% dos concertos que estão à nossa mercê, e sem as "rédeas" femininas, embora, como é lógico, bem "rédeados" (acabei de inventar o termo!). Assim sendo, passo a esclarecer que somos pessoas bem formadas, com vidas perfeitamente delineadas e, claro, certos de que não vamos ao "Sudoeste", embora quase religiosamente, para engatar ou ser engatados, tanto que, mesmo usando os típicos "Se fosse eu..." ou o "No meu tempo é que..." pouco mais servem para desbloqueador de conversa, já que, muito provavelmente, naqueles "outros tempos" faríamos o mesmo ou menos do que os rapazes dessas idades (fazem pouco) fazem nestas escapadelas propícias ao pecado. Mas é divertido. Sim, é divertido imaginar, comentar e, simultâneamente, telefonar para a "mulher", a nossa, e dizer que temos saudades dela, a mais pura das verdades.
Por outro lado, tem piada a forma como, "in loco", visualizamos os jovens, os seus comportamentos, as suas opções, as suas falhas, as suas excentricidades, a sua maneira de encarar a juventude, e, sejamos honestos, ter um pouco de ciúme por não podermos fazer o mesmo ou pior, ou melhor, muito melhor, graças a esta coisa a que se chama experiência ou, se preferirem, idade.
Este ano não foi diferente dos outros "Sudoestes", havendo mesmo que sublinhar que, de ano para ano, ele vai melhorando, principalmente em termos de infraestruturas e de ofertas, incluindo a originalidade. E, começando por aqui, não posso deixar de falar do "Banho Swing" (as raparigas e rapazes eram convidados a tomarem banho nus em locais previamente delineados, sem que alguém se tenha atrevido, pelo menos até informação em contrário"), os "Arcos de Balões Iluminados" com centenas de metros (que davam mais cor e que surpreendiam quem chegava ao "Sudoeste"), os "Blind-Dates" (que "casavam" os pares que entendiam ter links, depois de conversarem alguns minutos"), as "Tatuagens Sudoeste" (que identificavam ainda mais quem estava no Festival, principalmente no exterior do recinto), os "Braços ao Alto" (que decoravam as costas de milhares de jovens, dando a ideia de que estavam com os braços levantados quando, na verdade, limitavam-se a transportar braços de cartão) e muitas mais coisas que só não destaco pelo já grande tamanho deste texto.
Em resumo, e pegando neste "Sudoeste 2010", tenho que expressar, uma vez mais, que é efectivamente o "Festival dos Festivais", principalmente por conseguir reunir milhares e milhares de jovens no mesmo recinto (seja no local dos concertos, no campismo ou na praia) numa "onda positiva", onde, independentemente dos "suplementos" ou não, conseguem com que haja ordem, respeito e, acima de tudo, diversão, da autêntica.
Vale a pena ir ao "Sudoeste", nem que seja para, mesmo mentindo-nos, ficarmos com a ideia de que a "tanta saúde" que nos rodeia também nos "saúda" a nós, os cotas, já a necessitarem de "água das pedras" e "força" para aguentarem a pedalada.
Até Já!
Francisco Moreira

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- Sempre algures entre o hoje e o amanhã, sem esquecer a memória.


Escrito por uma Deusa e um Sonhador... em nome de um Ângelo

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