sábado, 3 de novembro de 2012

“Nesquik”


Depois de meados da década de 70 fiz um amigo especial, um coelho, que não Passos, - embora este também seja desse “nosso tempo”, que tinha o hobby de chamar por mim amiúdas vezes. Refiro-me ao coelho que dava “cara” ao chocolate em pó “Nesquik”. Nem mais!

Sendo eu, ainda hoje, “alérgico” ao leite (exceptuando o achocolatado da “Agros”), convenci a minha mãe de que poderia substituir o enjoativo leite por água, para ter o pretexto de ela comprar la
tas do maravilhoso pó castanho (nada de confundir com outras substâncias! – risos) que abrilhantava os meus pequenos-almoços e lanches da altura.

Com o decorrer do tempo, claro que o número de latas de “Nesquik” foi aumentando apressadamente, já que a água, na prática, quase não chegava a relacionar-se com o tal pó, pois, em vez de colocar uma colher de sopa daquela delícia numa caneca, optava continuamente por colocar várias colheres de sopa daquela maravilha directamente na minha boca. Era mais fácil, e o efeito era mais eficaz, pensava.

É. Assumo que tive uma relação demasiado próxima com o pó, mas com este pó, apenas. (risos) 

Contudo, como se imagina, esta relação nem sempre se limitou ao prazer, já que, depois dos excessos, convenhamos, há sempre a “paga”, ou se preferirem, a “ressaca”. E foram mesmo muitas as vezes em que o abuso da substância “Nesquik” acabou literalmente por me levar para a casa de banho, isto sem esquecer as dores de barriga servidas como extra.

- Tens que beber menos “Nesquik”! – dizia a minha mãe.

Pois! Mas na verdade ela estava errada. Eu tinha era que passar a beber o “Nesquik” e deixar de o comer às colheres, ainda por cima umas atrás das outras. 

Kiko

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