sábado, 27 de outubro de 2012

“Passeios Escolares”


Os passeios de escola, principalmente os da primária e da secundária (não me lembro de nenhum no tempo da escola preparatória.), eram marcos marcantes na nossa infanto-juventude, ao ponto de se contarem os dias que nos levariam até esse(s) dia(s).

- Era ou não era giro ir visitar as fábricas de chocolates ou de lápis? (primária)

- Era ou não era interessante a troca de lugares nas “camionetas Auto-Pluman” na tentativa de arranjar um nam
oro de última hora, depois de ver (sem ver) as “Amendoeiras em Flor”? (secundária)

Os passeios escolares, para mim, ocupam e ocuparão um lugar interessante no poço da memória.

Desde os comprimidos para o enjoo, que eu demorava uma eternidade a engolir (ainda me custa engoli-los, a todos), passando pelo ter que se seguir à risca (sem se seguir) o que os “profs” nos diziam pelo “microfone do motorista” em cada partida e, claro, sem esquecer os refrões gritados até à exaustão, em jeito de final de festa (passeio), com especial destaque para o célebre: “Senhor motorista, por favor, carregue no acelerador”. 

Todos os (meus) passeios escolares tinham também uma missão que me dava especial prazer: comprar “prendas” para a família e amigos mais próximos, prendas essas que, como aconteceu com todos, julgo, eram compostas por aqueles objectos com o nome das terras que visitávamos nos itinerários de sempre. (onde andarão esses objectos de “culto” que não terão ido parar ao lixo?)

Os passeios escolares, sejamos honestos, por mais que os gozássemos, porque os gozávamos (por os acharmos pirosos), eram interessantíssimos, principalmente por nos transportarem para outros ambientes, algo que permitia um socializar diferente e substancialmente interessante, quando comparado com o recreio. E isso – o gostar-se mesmo de ir a estes passeios - comprova-se com o facto de quase não dormirmos no(s) dia(s) anteriore(s), só para não o(s) perdermos por nada, fosse em função de um objectivo (sonho) amoroso ou, simplesmente, porque era diferente. (Quantos de nós faltaram a um destes passeios? Ninguém?!)

No meu caso, os passeios escolares assumiram um papel importante principalmente na secundária António Sérgio, ao ponto de ter organizado vários, os quais tinham sempre “profs” como passageiros, já que “acalmavam” os pais dos outros passageiros. E na memória, são vários os que mantenho bem vivos, com destaque para aquele em que celebrei um dos meus aniversários (foi feito com esse propósito), terminando o percurso num bar-discoteca, já em Vila Nova de Gaia, depois de muitas emoções, principalmente depois de o motorista, a pedido, ter apagado as luzes do “Auto-Pluman” que conduziu ainda melhor depois de receber um chapéu recheado de “gorjetas”.

Kiko

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