sábado, 27 de outubro de 2012

“Os Paralelos”


Costumo dizer que as ruas onde “nascemos”, na verdade, são o complemento e a extensão da nossa própria assinatura, principalmente quando vivemos nelas, nas ruas.

Eu traduzo.

Nos meus tempos de criança a catraio, década de 70, muitas das primeiras experiências de vida aconteceram na Rua da Pitada (a minha rua). E isso merece destaque porque foi graças a essas experiências que me “construí” enquanto ser pensante. E isso, pelo menos para mim, me

rece destaque porque, no tal tempo, vivia-se na rua e para a rua, por ela ser o nosso palco, a nossa escola, o nosso mundo. 

E foram inúmeras as horas ganhas a jogar futebol, a andar de bicicleta, a pedir uma “moedinha” para o Santo António, a pré-namorar, a namorar, a ouvir os berros do: “Anda para casa!”, e muito mais. 

No fundo, nessa altura, todos crescíamos entre dois paralelos, fossem eles os que, por exemplo, faziam de baliza num jogo de futebol ou os pontos de partida e de meta de tudo o que concretizámos ao longo desses anos, principalmente numa altura em que os “penantes” nos faziam colocar pés ao caminho, por convicção, sonho ou necessidade. 

A rua, ou melhor, a nossa rua, é e será para sempre o ponto de partida para quem fomos, somos ou viremos a ser, se soubermos não lhe virar as costas, mesmo que já lá não moremos. 

Kiko


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