sábado, 2 de junho de 2012

"Festivais"


Numa altura em que arrancam os Festivais de Verão, penso eu, faz todo o sentido puxar pela "moleirinha" para tentar responder à seguinte pergunta:

- Qual foi o primeiro festival de música a que foste, Kiko?

Bem, com fortes hipóteses de errar, acho que foi um tal de "minifestival" que aconteceu na minha freguesia, a Madalena (ainda é freguesia!), lá para o enorme pinhal onde, actualmente, está estacionado um dos maiores parques de campismo da Europa, o "Orbitur".

Se bem me lembro, neste festival de "heavy metal" (na falta de quase tudo, tudo servia!), estiveram 2 ou 3 bandas, das quais só tinha ouvido falar "ao de leve", porventura por se falar delas exclusivamente por causa do tal festival, em cartazes a preto e branco colados pelas paredes por onde passávamos.

Com grandes hipótese de falhar, recordo-me de terem actuado os "Xeque-Mate" e os "Jarojupe", principalmente ou quase exclusivamente os "Jarojupe".

Que espectáculo! Mesmo não sendo fã de primeira linha de música mais "pesada", aquele foi o meu primeiríssimo "Festival de Verão", mesmo que numa noite algo fria e, se não estou em erro, com alguma chuva.

Que giro e diferente foi ver um concerto no meio de um pinhal, todo ele alimentado a geradores (coisa evoluída, imaginei), e ainda por cima sem que eu (e os outros) conhecesse uma única canção.

O facto mais interessante, imagino eu (se é que não estou a misturar memórias) foi ter ficado algo apaixonado pela guitarrista (era baixista, afinal)  de então (que hoje, no "Google", descobri chamar-se Rosa Parente, irmã dos outros 3 Parente, todos parentes, portanto).

Acho que nos "penantes" que me levaram de regresso a casa (a uns 3 quilómetros), fiz 3 ou 4 longa-metragens românticas, todas elas no filme dos sonhos, todas elas com um amor impossível que se transformaria em possível. (Santa imaginação!)

Por outro lado, o facto menos interessante, há que dizê-lo também, foi ter sido um festival com um "público minúsculo", pelo menos em número e em entusiasmo, já que não seria composto por mais do que 200 pessoas: uns 25 amigos das bandas e uns 175 que foram "cuscar", como eu.

Hoje, mais de 25 anos depois, dei comigo à procura daquela heroína da noite, a mulher que, se não estou em erro, tinha umas calças às listas brancas e pretas justíssimas que (me) deram com força nas vistas. Isto além de ela, a desconhecida, ter uma expressão facial deveras interessante.

Hoje, por causa disso, descobri que o nome "Jarojupe", afinal, é formado pela junção das primeiras letras dos elementos que, então, compunham a banda de Viana do Castelo: 3 irmãos e uma irmã.

Não me consigo lembrar de uma única canção deles, infelizmente, mas recordo perfeitamente que, um dia, quando apareceram na televisão, já uns anos depois disso, "estanquei", porventura para verificar se a paixão de uma noite (platónica e metaleira) já tinha passado.

E tudo isto para lembrar que, nos dias que correm, os festivais de música não são tão interessantes, pelo menos nos pormenores (com outras sofisticações) e, claro, nas paixões.

Kiko

5 comentários:

bisturi disse...

A juventude é um espanto!!!
Bom domingo...

musicajarojupe disse...

OBRIGADO. GRANDE ABRAÇO!

FM disse...

Ò Bisturi, continuo a esperar por TI no Facebook! (sorrisos)
Grande Abraço!

FM disse...

Olá musicajarojupe, que honra saber que leu esta "crónica"!
Espero, sinceramente, que não se tenham sentido ofendidos com o teor da mesma.
Votos de Sucesso e Felicidade.
Obrigado.

* Uma curiosidade: como é que chegaram a ela, pelo "Google"? (sorrisos)

musicajarojupe disse...

Olá FM. Sim pelo Google. Ofendidos? Nâo!!!!!! Honra para nós. Passamos a "crónica" o facebook: MusicaJarojupe, Jarojupe Parente Jarojupe, Jarojupe (pop rock) Violencia ¡Zero!. Obrigado. Grande abraço!

P-D. Esto lo escribo desde España, represento a los manos aquí. Nos conocemos desde hace 28 años. A ellos les gustó mucho la "crónica" está muy bien relatada y es bella. Muchas gracias por acordarte de Jarojupe. Abrazo inmenso.

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