sábado, 21 de abril de 2012

"Ir ao Brasil" - Parte 3


Isto de se ir sozinho para o Brasil com apenas 12 anos de idade, convenhamos, tem mesmo muito "que se lhe diga", principalmente quando se está na "flor da idade", ou melhor, "no depenar das descobertas"...

Nesses 2 meses em que tive a felicidade de experimentar tanta, tanta coisa, recordo-me, por exemplo, da primeira bebedeira que apanhei na vida, já em Belo Horizonte, Minas Gerais. Foi giro, ou talvez não. 

Numa das duas festas de recepção a que tive direito, mesmo só conhecendo a minha irmã e o meu cunhado (de então), dei de caras com um Português, na casa dos 45 anos, que falava ao melhor estilo parolo que já me tinha chegado aos ouvidos. Estivemos a jogar futebol, intercalando com uns vários mergulhos para a piscina, e, quando tal, dei com o "parvalhão" a fazer rir os Brasileiros, imitando o nosso sotaque. Detestei(-o) tanto, mais ainda porque ele, sim, ele era um autêntico parolo, e, de improviso, dei-lhe dois pontapés, e bem assentes. (senti que lhe doeram, porque também me doeram a mim)

Talvez para melhorar o cenário, na mesma festa, acabei por ser apresentado a uma jovem pianista de 18 anos que, constava-se, teria um futuro promissor (disse-me que eu tinha dedos de pianista, coitada!). Não me lembro da cara dela, mas era linda, linda de morrer... Ou melhor, a beleza dela foi aumentando consoante as minhas experimentações de álcool, traduzidas em 7 bebidas diferentes... (sherry, champanhe Francês, anis, vinho do Porto, cerveja e umas outras duas, que não recordo).

Bem, a "moca" foi tão grande que, para minha infelicidade, quando acordei, depois de ter feito uns quilómetros aos "s's", lá se tinha ido a pianista, e sem direito a um único "micro-concerto-de-paixão". Acho que fiquei a sofrer de amor... Para aí uns 3 dias... 

Esta mansão de Belo Horizonte, há que sublinhá-lo, além de enorme, tinha uma grande piscina, aquela que me "ensinou" a nadar e a conter a respiração... não sei quanto tempo, mas "muito". E durante dois meses, ou quase, passei horas e mais horas a (auto)ensinar--me a nadar, a mergulhar, sempre sob a avaliação de um salvador-nadador muito especial: uma cadela "Doberman", que começou por me "odiar" mas com a qual tracei uma amizade importante, mesmo depois de ela ter feito questão em deixar a marca dos seus dentes por debaixo de uma das minhas sobrancelhas, até hoje. 

Posso revelar que foi graças às horas infindáveis dentro de água que, quando regressei à escola, já em Portugal, consegui ter mais largura de peito do que muitas das minhas colegas de turma. Nem mais!

Que pena! Ainda tinha tanto para vos contar, e não há espaço. Deixem lá, fica para um ano destes, ou uma década destas... 

Kiko

* No entanto, posso adiantar que, naquelas férias de 1982, conheci um governador gay, que teve que fugir dos dois "Doberman" da minha irmã, que aprendi a "dar uns toques" a jogar "Peteka" e que me apaixonei perdidamente por umas 3 ou 4 mulheres que desfilaram lingerie numa sessão "privada", isto sem esquecer, já agora, uma viagem com o meu cunhado, num "Passat", a 200 km/hora e um almoço numa favela, entre muitas outras coisas que ficarão por contar... (sorrisos)

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