quinta-feira, 19 de abril de 2012

"Ir ao Brasil" - Parte 2


Foi com 12 anos lá fui 2 meses inteirinhos para o outro lado do oceano, ou seja, para o "país irmão".


E tudo começou no Rio de Janeiro, onde, mal saí do aeroporto, fui surpreendido pela quantidade de ruas pintadas com as cores da selecção canarinha, a mesma que, dois dias antes, tinha sido afastada ingloriamente pela Itália, a qual se sagrou campeã do mundo em Espanha neste 1982, e sem perceber como tinha passado da primeira fase com 3 empates... 

O Rio de Janeiro, com todos aqueles prédios, era (e é!) uma cidade gigante, cheia de diferenças, demasiado evoluída, quando comparada com o Porto de então. E lá estava eu instalado num "quadriplex" de Leblon, a uns 100 metros da praia. 

E foi precisamente a praia o primeiro marco na coleccão de cromos destas férias com que todos sonhavam e com as quais voltei a sonhar nas várias vezes em que lá voltei. (ao longo de décadas, os meus passaportes adoraram carimbos das alfândegas Brasileiras)

Leblon, além do famoso "calçadão" (passeio largo com vários quilómetros) que via nas telenovelas, tinha muito mais, como por exemplo os "fios-dentais" (não confundir com fio dentário, por favor!). Estatelado no meu primeiro dia de praia (apesar de lá não ser verão), acordei (literalmente) com a minha cabeça "estacionada" entre as pernas de uma jovem Brasileira que - e aqui está o "ponto". - usava uma espécie de "fio-dental" feito em renda. 

Como?! Pois, nem eu sei explicar como. Mas posso confirmar que, naquela altura, já se alouravam outras "questões capilares". Isto além de as mulheres daquela nacionalidade terem (quase todas) um "bumbum" interessantemente arrebitado.

E pensei: "- Onde me vim meter!?" (não literalmente, neste caso) Seria aquilo o paraíso?! Seria aquela a "Garota de Ipanema"?!

Ainda em Leblon, umas semanas depois, pude assistir a um espectáculo de cariz semelhante, embora em versão nocturna, e na mesma artéria. 

O meu cunhado (da altura), num passeio de carro, confrontou-me com o seguinte: " - Vamos lá ver se os Portugueses sabem apreciar mulheres..." E a uns 10 km/hora, mostrou-me uma "montra" que não imaginava. Um apreciável número de mulheres, ao passar dos carros, abriam os seus "casacos de peles" para mostrarem as suas próprias peles, já que o tecido ocupava uma percentagem diminuta.

- Então, qual é a melhor? - perguntou-me ele.

- Acho que aquela, e aqueloutra e a outra... - respondi, ainda algo confuso com o que aquela rua me mostrava.

- Vê-se logo que vocês não percebem nada de mulheres. - riu-se. Todas essas que "ocê julga mulhé, são ome, cara"! 

Kiko

Que pena não ter como vos contar as peripécias que envolveram um Português "podre de rico" que ia às compras de fato-de-treino, mas de helicóptero, o "puto" que abriu o nosso carro com um cordel, a gorjeta ao "arrumador" com um cheque e, claro, todas as outras histórias que ficaram por contar na primeira parte desta mesma crónica. 
Se acabarei este relacto no Sábado. Hmmm! Pressinto que não. É melhor ficar já por aqui, não acham?!

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