quinta-feira, 5 de abril de 2012

Copianço


Enquanto aluno, nunca fui muito de "marrar", já que teimava em deixar os estudos para a última hora, quando não os deixava literalmente para os minutos do intervalo (grande, de preferência) que precedia os testes. Não sei bem, acho que a minha concentração se dedicava melhor a outras "paisagens"...

E esta mania de não me dar bem com os estudos, penitencio-me, atrapalhou-me na altura em que o "Secundário" exigia um pouco mais do que "passear os livros" e fazer dos cadernos e capas uma espécie de telas para desenhos dignos de ombrearem com paredes rupestres. Enfim!

Outro dos meus grandes problemas passava pelos copianços, aqueles papeis de tamanho diminuto que, julgávamos, tinham o dom de armazenar toda a matéria de um trimestre. É que; apesar de ser um excelente criador de copianços (com sublinhados e várias cores), eu era um péssimo copiador, inclusive pelos parceiros do lado, de trás e da frente.

Ainda hoje, já com a eventual "pena" prescrita, continuo sem perceber o porquê de nunca (que me lembre) ter dado uso aos copianços que fazia para quase todos os testes "pós-9º ano". 

Ironicamente, os meus copianços davam de uma trabalheira imensa. Quase só faltava plastificá-los, tamanho era o cuidado com que os fazia, inúmeras eram as vezes em que os refazia, várias eram as vezes em que os lia e relia para ver se não falhavam em nada. Mas falhavam. Não eram usados. (ponto)

O que dizer em minha defesa? Como superar esta vergonha?

Não nasci para copiar. E mesmo naqueles testes em que todos copiavam. 

Por falar nisso, lembro-me de "Sociologia", no 10º, onde todos (todos!) copiavam - inclusive dos livros -, e, mesmo assim, com receio de ser apanhado, eu fazia a diferença... E não copiava, ou melhor, não conseguia concretizá-lo, por mais que tentasse.

Se ao menos, ao elaborar os copianços, os conseguisse decorar...! E tentava, tentava muito... Mas em vão. (Foram várias as vezes em que me "insultei"!)

Bem, voltando à "Sociologia", onde, salvo erro, tirei 7 na nota final, tenho que destacar um pormenor interessante. Fui a exame (anual) e livrei-me da oral, já que tirei 14 ou 15... e sem estudar mais do que duas páginas nas "férias grandes".

Como?

Não sei. Mas sei que, daquela vez, não levei... copianço. 

Kiko

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