quinta-feira, 15 de março de 2012

Lagoa Azul


"Lagoa Azul"

Foi no pequeno e estranho cinema "Olímpia", colado ao Coliseu do Porto - que já se dedicou a filmes mais "pecaminosos" e ao "bingo" - que me apaixonei perdidamente, completamente, assumidamente e histericamente por uma loira, mesmo sendo adepto da cor de cabelo oposta. (sorrisos)

Tinha 10 anos de idade e fui sozinho ver um filme (Lagoa Azul) que, presumo, era para maiores de 12, ou seria para maiores de 16?! Bem, entrei, e isso é o que conta, foi o que contou sempre naquelas tantas vezes em que, nas filas de entrada para os cinemas, além de "rezar", colava-me aos mais altos e mais velhos, só para poder entrar em películas para "maiores de 18". Enfim, tínhamos que nos "fazer à vida", se queríamos ver um pouco mais de pele do que aquela que a RTP 1 mostrava, ou seja, quase nenhuma. (A mensagem de que um determinado filme mostrava um belo par de seios era, na altura, sinónimo de sala esgotada, fosse qual fosse o argumento. Quem não foi ver filmes Franceses à "Sala Bebé" só por causa das "mamocas"?)

Na altura, 1980, não sabia como se chamava a tal loira com quem, registem, casaria naquela mesma hora... E para sempre, se os meus pais me emancipassem e não me internassem no "Magalhães Lemos". Que linda, sim, que linda. E esqueçam lá a parte do "boua", porque, quando se "ama", como a "amei", ali e nas outras duas vezes em que (acho) fui rever o filme, por mais "sonhos molhados" que possamos ter ou "erupções" instantâneas, trata-se, ou melhor, tratou-se exclusivamente de "amor", do puro, sem maldade, sem, sem, sem... sem essas coisas todas que, hoje, se pudesse (não podendo!), gostaria de ter "interpretado" como personagem principal. Ai, meu Deus! (e que me perdoem o relembrar destes pecados mentais)

A moça, usando pouca roupa, náufraga, com o nome de Emmeline (Brooke Shields), tirou-me completamente do sério. Quase me convenci de que, se ela me visse pela frente em Sta. Catarina, não hesitaria em trocar o tal de Richard (encaracolado) por mim, uns anos mais novo do que ela, é verdade, mas já com a minha famosa "pala" e outros atributos, dos quais não me lembro, mas certamente que os tinha, ou pediria emprestados... Vá, não custa sonhar!

O que faria com ela na minha frente? Seria simples. Levá-la-ia de autocarro até à praia da Madalena, inventaria um poema só para ela, daríamos uns beijos com língua (mas cheios de "amor"), acariciar-lhe-ia a pele (com "amor") e depois, e depois... E, depois, via-se!

Mas que seria para sempre, lá isso seria! É que não me lembro de outro "amor" assim, se, claro (!), fizer questão de esquecer a Linda Evangelista, a Kim Wilde, a Maya, a Cindy Crawford, a Demi Moore e quase todas aquelas "modelos" que apareciam em mais do que uma página na "Newlook", a revista que, mesmo em Francês de França, eu "lia" religiosamente, por "amor", sempre por "amor", mesmo que influenciado pela falta de roupa que cada uma envergava, e de poses sempre inocentes... como eu.

Kiko

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