terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tagarela

Sem mais demoras e sem recorrer a interposta pessoa, assumo que sou um"fala-barato". Sim, estou definitivamente a incluir-me no grupo, no incontável grupo de pessoas a quem os "cotovelos" já não chegam.
Não, não estou a penitenciar-me, embora, há que convir, muitos devem ter sido os ouvidos que, sem quererem ser menos simpáticos, devem ter implorado por tampões ou surdez momentânea. Muita deve ter sido a paciência em estado de pré-suicídio, muitas devem ter sido as desculpas esfarrapadas com coragem suficiente para me cortar o pio no (meu) êxtase de um pensamento com sabor a tangerina seca...
Quando falo de mim, e dando as palavras às "fisgas" - não confundir com "visgas", vulgo perdigotos, logicamente que me assolam à memória inúmeros exemplos de altifalantes ambulantes que, tal como eu, "não se calam por nada", quanto mais por "tudo". E, sim, refiro-me aqueles que não necessitam de desbloqueadores de conversa nem de "futebóis" ou "dividas soberanas" para meterem a colher, seja ela de que "métier" for.
Mas, por outro lado - porque também tenho de me/nos defender, ainda bem que há tagarelas neste mundo, caso contrário, como imaginam - e basta fazerem contas aos tantos tempos mortos que tiveram nas vossas vidas!, este "entretenimento", injustamente insultado de monólogo, ao estar ausente, faria do tempo um enfadonho diálogo entre o silêncio e o silêncio.

Francisco Moreira

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