quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Escravos

Estou a tentar mentalizar-me de que todos seríamos mais felizes se abandonássemos os relógios, mesmo aqueles que já raramente o usam, como eu.

Refiro-me ao abandonar do conceito tempo, ao esquecer que faltam "5 minutos" ou que se está atrasado "Uma hora"... Deixar o tempo para segundo plano.

Eu sei que, em princípio, tal não será possível, principalmente porque, mais segundo, menos segundo, acabaremos por tropeçar num ou nos dois ponteiros.

E se tentássemos, pelo menos?

E se experimentássemos não fazer referências a fusos horários?

E se acreditássemos que o tempo, afinal, não existe, que é uma invenção das nossas cabeças, uma forma de metodologia social?

Não, não imagino o resultado que poderia acontecer com essa troca de quase tudo - já que tudo parece identificar-se com o tempo, a começar pelo calendário, mas acredito que se ganharia algo muito mais interessante e proveitoso do que "1 minuto".

E sabem porquê?

Porque o minuto, não existindo, daria mais tempo ao tempo, este chicote que só existe porque, mesmo reclamando, o veneramos, nós, escravos.



Francisco Moreira

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