terça-feira, 30 de agosto de 2011

Contribuintes

Um dia destes ainda me darei ao abusivo desplante de escrever um guia de boas maneiras, daqueles que nos ensinam as coisas mais simples e mais importantes da vida: ser-se humilde, ser-se alavanca, ser-se honesto, ser-se amigo, ser-se único mas autêntico e ser-se gente.

À instantes atrás, em mais um diálogo para comigo, discutíamos as razões simples que poderiam fazer com que todos fizéssemos deste mundo um espaço realmente melhor.

Na acta desta conversa, e em jeito de resumo, sobressaiu a concordância para com o seguinte:

- Se todos fossemos mais humildes, mais interessados no próximo e em nós mesmo, se fossemos mais honestos intelectualmente, se fossemos mais amigos sem interesse mas com interesse em sê-lo e se fossemos mais verdadeiros, certamente que conviveríamos melhor, muito melhor, quer com os outros, quer connosco.

É, por vezes tenho estas conversas comigo, principalmente para me tentar limar, para tentar melhorar... E mesmo quando a memória, comparada com os gestos, se equipara à de um "peixinho dourado" (3 segundos), fico sempre com a sensação de que tentei. E só por isso, acredito, já vale a pena, quanto mais não seja para tocar nas feridas, sejam elas minhas ou dos outros.

É que; no fundo, o ponto principal da questão prende-se com o avolumar de cicatrizes que o mundo vai coleccionando, sem se aperceber de que a cura não está no além mas sim em cada um de nós, enquanto contribuintes para o resultado que temos ou acabaremos por ter... Ou melhor, o resultado que poderíamos e deveríamos ter, se pensássemos mais e com mais conteúdo menos "umbilical".


Francisco Moreira

0 comentários:

Acerca de mim

A minha foto
Portugal
Sempre algures entre o hoje e o amanhã, sem esquecer a memória.

JACKPOT

JACKPOT
Música Anos 70, 80 e 90

Porto Canal

Porto Canal

O Livro do Ano

O Livro do Ano
Escrito por uma Deusa e um Sonhador... em nome de um Ângelo

...Sempre...

...Sempre...

Blog Archive