quinta-feira, 19 de maio de 2011

Nações Unidas

Fazem-me alguma confusão os alguns exageros cerebrais em função de coisas tão banais como o futebol. Mas começo por fazer notar que esses exageros ainda são uma minoria, pelo menos pelo que vejo.

Para mim, o futebol deve ser encarado como puro entretenimento, já que o é, e não como determinante no fluxo do quotidiano de cada um.
Não estou a tocar em clubes, ou melhor, toco em todos, dos mais pequeninos aos mais "gigantinhos".
E, pior do que embarcar nesses quase fanatismos, julgo eu, é patrociná-los, dar-lhes visibilidade, acrescentar-se-lhes as próprias vozes.
Que bom era o futebol quando não se degladiava tanto em insultos e em agressividade. Que bom era o futebol quando não se fazia do adversário (mesmo quando está fora de jogo) o principal lema para se festejar uma vitória. Que bom era o tempo em que, independentemente dos emblemas que apreciassem, todos ficavam felizes com uma equipa a representar o seu País.
Hoje, infelizmente, as coisas são mais "guerrilheiras". E de quem é a culpa? Dos outros e, claro, de nós, aqueles que se riem dando a ideia de que tais atitudes "têm piada", por mais infelizes que o sejam e independentemente de quem as protagonize.

Francisco Moreira

* Já agora, e fugindo um pouco do tema, confesso que fiquei algo triste ao ler um jornal de hoje que chamava a atenção (demonstrando-o) para o facto de na celebração da vitória do FCP em Dublin não se terem visto jogadores com a Bandeira Portuguesa (exceptuando o Beto com uma micro-bandeira) e de, ironicamente, se ver um jogador da selecção Portuguesa com a Bandeira do país onde nasceu, que não é Portugal. Exagerando, quem visionou o jogo por este mundo fora, provavelmente pensou que quem ganhou a Liga Europa não foi uma equipa Portuguesa mas sim uma equipa das Nações Unidas.

4 comentários:

Não Sou... disse...

Amigo, o jornal que o escreveu não o fez por patriotismo, mas sim pelo tratamento que gosta de dar ao FCP e foi a única coisa que arranjou para tal. Porque, até posso estar enganado, nas equipas que ganham provas europeias são raros os jogadores que pertencem a esse país que usam a bandeira. Normalmente só é usada por jogadores que estão emigrados.
Quanto à relação entre adeptos devo-te dizer que nesta final europeia foi exemplar. Pois a segurança que devia separar os adeptos quer lá, quer nos aeroportos não existiu.
Abraço

FM disse...

Certo... e Errado!
Ponto 1: Não foi esse desportivismo que vi na Praça... Infelizmente, e refiro-me a uma minoria.
Ponto 2: Achas bem haverem jogadores, seja de que equipa forem, publicamente, durante horas, andarem pelas ruas a exibir cachecóis com palavrões dirigidos a outras equipas?
Ponto 3: Achas bem que se celebre uma vitória em que os cânticos são a insultar outra equipa? (é isso o futebol?)
Estou certo de que não responderás com base em jornais, porque também os há tendenciosos cá no Norte, como sabes... E porque, ao exemplo que me refiro, não é preciso lê-los para ver e ouvir.
Mais, acho que uma equipa Portuguesa, tal como fazem os jogadores de outros países quando jogam em Portugal ou noutro qualquer país, numa prova internacional deve, no mínimo, apresentar uma BANDEIRA do País que representam. Segundo sei, o Porto ainda faz parte de PORTUGAL. Mas tanto falo do Porto, do Benfica, do Coimbrões... por aí fora...
Não, não gostei dessa parte. Mas gostei de saber que a TAÇA veio para Portugal, mesmo que muitos dos que a viram por todo o mundo possam ter achado que ela tinha sido ganha pela Colômbia, Brasil ou mesmo Guiné-Bissau. (um internacional Português, no mínimo - e é a minha opinião, deveria fazer como o Scolari, abraçar duas bandeiras - eu sei que não gostas que fale do Scolari - risos)
Abraço e, de castigo, leva a um lenço LUSO na lapela no dia 25 de Junho, porque sei que tens orgulho em Ser Português. (risos)
Abraço.

Jota disse...

Bem...acho que quer um quer o outro, têm razão no que expõem.
Uma bandeira Portuguesa numa final cai sempre bem, mesmo que de uma prova entre clubes se trate.
Por outro lado foi bonito de ver que não havia barreiras entre os adeptos dos dois clubes e vi mesmo, adeptos lado a lado nas bancadas.
Também é de realçar que cada vez mais a guerra, há muito adormecida e anestesiada entre o Norte e Sul, veio de há tempos para cá fervilhar cada vez mais e quiçá, fruto das diferenças económicas, sociais, e de trabalho que cada vez são mais acentuadas e notórias entre Norte e Sul. Talvez sejam mesmo os nossos governantes, na pessoa de alguns secretários de estado que provocam estas situações, quando em público tomam partido, quando não o deveriam fazer.
Também como em tudo na vida há que ter calma e contenção e prevermos que excessos sempre existem e existiram pois, em qualquer parte do mundo existe gente mal formada. Também não duvido que se fossem duas equipas do Sul nesse lugar, as bocas e os insultos, os cânticos e todo o mais, também existiriam.
Para tudo é necessário contenção, mesmo quando em festa se festeja.
Abraço

FM disse...

O Jota é um Cavalheiro, além de "Cavaleiro", claro! E mais não digo... (sorrisos)
Abraço.

Acerca de mim

A minha foto
Portugal
Sempre algures entre o hoje e o amanhã, sem esquecer a memória.

JACKPOT

JACKPOT
Música Anos 70, 80 e 90

Porto Canal

Porto Canal

O Livro do Ano

O Livro do Ano
Escrito por uma Deusa e um Sonhador... em nome de um Ângelo

...Sempre...

...Sempre...

Blog Archive