terça-feira, 17 de maio de 2011

Cotovelos

Uma das principais questões dos "dia de hoje" prende-se com a falta de comunicação, com a falta de "percebas", isto apesar da sufocante globalização, principalmente em termos de comunicação e informação.

Apesar de estarmos cada vez mais próximos uns dos outros, na verdade, estamos cada vez mais distantes, mesmo quando os "Facebook" e afins tentam comprovar o contrário.

Como? Simplesmente porque, com tamanha informação, ficamos aparentemente mais "surdos", menos interessados em saber dos outros, já que o que interessa terá que ter o título de "calamidade" ou, em alternativa, o que interessa é que os outros saibam de nós, nem que seja à força.

Vivemos na era da comunicação mas, infelizmente, comunicamos menos, ou melhor, falamos mais (mesmo por teclas) mas dialogámos menos, pelo menos no que diz respeito à qualidade dos conteúdos.

Onde param as conversas de tudo e do nada esmiuçadas até ao tutano? Onde param as expressões adjacentes às impressões do que era ouvido, do que era sentido? Em que soleira paramos nós para um frente a frente, daqueles que poderiam não chegar a primeira página mas chegavam-nos ao cérebro?

É, caso ainda não tenham reparado, apesar de "falarmos" cada vez mais, dizemos cada vez menos e, não menos importante, estamos a ficar mais egoístas do que nunca, não dando espaço aos "cotovelos" dos outros, já que achamos que os nossos precisam da "banda larga" toda.



Francisco Moreira

1 comentários:

paulofski disse...

Bem visto, mas se por um lado os novos meios de comunicação afastam os diálogos olhos nos olhos, por outro lado aproximam que está distante, a não ser que se esteja offline! Bem, aí resta comunicar por sinais de fumo!

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