quinta-feira, 17 de março de 2011

Ponto Vermelho

Há um ponto vermelho que, nesta altura, inunda as nossas televisões sob a forma de "Tsunami" com episódios dramáticos para todos os gostos. Infelizmente, exclamarão (quase) todos.
Esse ponto vermelho, ainda vivo, é, nada mais, nada menos, do que um país de sonho, daqueles onde tudo estava ordenado e perfeitamente controlado, alicerçado numa sociedade evoluída a todos os níveis.
E agora? Sim, e agora, no epicentro de algo que, consta-se, ainda vai nos preliminares? Será que o Japão conseguirá sobreviver a um ataque às suas entranhas? Um ataque incontrolável que se prevê poder vir a ser cimentado por cicatrizes de vários níveis? Será que este aviso da natureza (mais um!"), mesmo que emitido em versão "woldwide", conseguirá ensinar-nos a deixar de abrir feridas em nós mesmos em troca de um lema que, no fundo, pode ser resumido no corriqueiro: "dá cá aquela palha"?!
Há um ponto vermelho, aparentemente distante, que poderá entrar em coma profundo caso os piores "prognósticos" se assumam como ultimato a um mundo de gente que teima em achar que manda e que domina o planeta.
Na verdade, o que mais me impressiona é a leveza com que continuamos a transportar os nossos umbigos, como que - mesmo à custa de imagens de latejar - a não perceber nem querer aceitar o que está a acontecer.
Em segundos, tudo aquilo que nos tem impressionado deixa de ser tão importante, como se, ironicamente, estivéssemos a sair de uma sala de cinema, onde o filme nos chocou mas permite-nos limpar as lágrimas a um lenço de papel, daqueles que custam cêntimos e que, depois de usados, tratamos como lixo, como tóxico.
Caso ainda não tenhamos percebido: provavelmente já não são os cêntimos que controlam o planeta, eles apenas gerem os ténues fios de seda com que "marionetamos" o mundo, este poderoso e incontrolável desconhecido que está lotado de pontos vermelhos adormecidos avidos por despertarem para a "revolta do coma", ao jeito de um valente estalo dado pelo Pai aos seus insubordinados e irresponsáveis filhos.

Francisco Moreira

1 comentários:

Jota disse...

Pefeito e com a minha concordância bem além do limite.
A ver vamos o desfecho desta Dantesca "pelicula".

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