quinta-feira, 10 de março de 2011

3 Segundos

Por vezes, fico com a ideia de que aprenderíamos imenso se, de repente, mudássemos todos, e ao mesmo tempo, de país, quanto mais não fosse para aprendermos a valorizar o que temos e a ver por outros ângulos o que não temos.
Estou certo de que, num ápice, à custa dessas lições impostas, perceberíamos de uma vez por todas que, se calhar (!?), somos uns privilegiados, apesar das tantas reclamações que trazemos na ponta da língua.
Por instantes, e para que se perceba um pouco melhor onde quero chegar, imaginemos que passaríamos a viver num daqueles tantos pedaços deste planeta onde não há tempo para se ter fome, apesar do excesso de tempo para fazer tudo o que por cá alegamos não ter tempo para fazer.
Imaginemos que passaríamos a viver numa sociedade onde prevalece (mesmo!) a lei do mais forte, aquela onde um "Ui" significaria um "Fui" final.
Imaginemos que passaríamos a sobreviver e não a viver, aquilo que, na verdade, por cá, ainda nos é "permitido" fazer, independentemente das circunstâncias mais ou menos vantajosas com que nos deparamos.
Pois. Isso sim, seria uma grande lição, e daquelas que jamais esqueceríamos.
Pena é que estas lições, na prática, não passem de lições "solúveis", daquelas que só recordamos com o apoio de auxiliares de memória e que, ao fim de 3 segundos, deixam de fazer parte do nosso pensamento, talvez porque tenhamos demasiadas "tragédias" para remendar, daquelas "tragédias" que, infelizmente, comparadas com as outras - as verdadeiras - não passam de meros pormenores, e alguns deles sem "nenhuma" importância.
Francisco Moreira

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