terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Manicura

Que mania esta, a de andarmos de mãos nos bolsos, ou pior, nos telemóveis, nos maços de cigarros, nos recibos das contas!...
E mãos nas mãos?! Sim, mãos nas mãos?! Alguém sabe o que é isso? O que vale, o que representa? Alguém ainda se lembra de como se faz, sem ter que recorrer a um excerto de um qualquer filme romântico?!
Faz-me confusão, e muita, preocuparmo-nos tanto com a "manicura" e não nos darmos ao "trabalho" de dar uso a esse "aveludar" corporal em proveito de um "upgrade" emocional.
- Que parvoíce! - Dirão tantos.
- Este tipo lembra-se de cada uma! - Acrescentarão mais ainda.
- É preciso dar as mãos para se provar e comprovar que se gosta mais de alguém?! - Perguntarão os restantes.
Claro que não. Claro que também reparo naqueles exemplos vivos, geralmente casais de "teenagers", que dão as mãos nos primeiros "minutos" de enamoramento, aproveitando, simultâneamente, para marcar "terreno". E, claro, reparo também nos sábios seres de idade mais "evoluída", que, além de se apoiarem nas mãos uns dos outros, querem aproveitar ao máximo o acompanhamento dos ponteiros que o contra-relógio lhes teima em "gritar".
É, mas esta moda de não se dar as mãos na rua, no cinema, no restaurante, no elevador, ou até na cama, está a preocupar-me, e cada vez mais. Porquê?
Imaginem que o vírus, aparentemente imensamente contagioso, se pega ao dormir juntos, falar um com o outro, passear em conjunto ou, pior ainda, juntar uns aos outros!?!...
É. Acreditem que se o vírus se propagar - e basta-lhe a velocidade "TGV" com que nos "separamos" das mãos uns dos outros, para que, um dia destes, estejamos, numa janela de um lar, a dizer para os botões do pijama e a sentir que sorte, da verdadeira, só têm aqueles que fazem parte da minoria que não recorre à "manicura".
Francisco Moreira

2 comentários:

Jota disse...

Modestamente digo que, jamais trasmitiria melhor tal ideia.
Não prescindo a andar sempre de mão dada com a minha Deusa.
Mas que tal bater o record mundial da mão dada (se é que existe)?
Eu alinhava nisso.
Não sei se mudaria alguma coisa, mas poderia ajudar, talvez, a transmitir alguma humanidade.
Abraço.

FM disse...

Pois.
Eu lá vou caindo no erro de "soltar" a mão, muito à custa das desculpas do que se tem que carregar... Mas, por outro lado, continuo a abrir-lhe a porta... O que alivia o meu "auto-flagelamento". (risos)
Abraço.

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