domingo, 30 de janeiro de 2011

Puzzle

A vida, afinal, é tão simples, tão simples! E passamos nós os dias a complicá-la, a arranjar maneiras de, alegando exactamente o contrário, adicionar cada vez mais condimentos complicados de gerir, quanto mais não seja, julgamos (!), para lhe dar sabor, à vida, que, por muito que nos convençamos do contrário, nunca chega a ser o que sonhamos, quando éramos crianças.
Sabor a vida - assumamos (!) - é ver a simplicidade do ser criança, a vontade de viver o instante sem olhar a pormenores laterais, resolver as questões mínimas com um simples e objectivo avançar... Mas nós, crianças crescidas, continuamos a teimar em brincar às "coisas sérias", como se, com isso - esse "ser-se sábio", pudéssemos obter mais sorrisos e melhor prazer do que aqueles que vemos e "invejamos" nas crianças, aqueles seres que até podem não saber "nada" mas que o sabem ser, e de verdade...
Eu sei, eu sei que esta tese daria "pano para mangas", principalmente no "contraditório", bastando, por exemplo, sacar dos "créditos e débitos" dos dias, que alteram substancialmente os estados de espírito, que condicionam, e muito, as "brincadeiras", fazendo com que o nosso "parque infantil", o dos "crescidos", mais pareça uma "montanha Russa"... Mas, e daí?! Será que, mesmo com as "fichas" que a idade nos faz desembolsar, pelo menos tantas quanto possível, não poderíamos deixar de lado o "carro e a casa" e trocá-los por um qualquer outro "puzzle", daqueles que, mesmo sendo de cartão, geram sorrisos, inclusive quando as peças parecem não se quererem encaixar?
Francisco Moreira

4 comentários:

Ana Pina disse...

O mundo muito particular das crianças, repleto de ingenuidade e de imaginação, é de facto maravilhoso, mas torna-nos muito frágeis na idade adulta. Eu, como sabes, sou exemplo disso. Por muito que me tenham ensinado a ser desconfiada e a aparentar sê-lo, a verdade é que continuo a expor-me muito e isso prejudica-me a todos os níveis. No entanto, o facto de acreditar nas pessoas e em que posso mudar as coisas não me tem trazido só dissabores. Neste momento, em que está a fazer 15 dias que a Teresinha desapareceu, não fosse esta minha característica já tinha desistido de a encontrar, e tenho conhecido muito boa gente que não se cansa de ajudar. E isso faz continuar a ter vontade de acreditar nas pessoas. Bjs, amigo. Ana

Cathy Vieira disse...

Porque não comparar a vida a um puzzle, tentam
sempre encaixar outras peças enquanto só uma com a mesma forma encaixará.... Não tenho esse poderoso dom de palavra, mas digo que escreve e transmite as coisas de uma forma esplêndida...Muito bonito Parabens!

Jota disse...

... e são por vezes esses simples puzzles de cartão que conseguem, sacar-nos, o melhor dos sorrisos.
Abraço

csr disse...

Sempre sábio meu Amigo. É um prazer "ler-te" :)
Bjinhos

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