segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Rés-do-Chão

A vida de cada um tem sempre uma varanda, aquele patamar que, com tamanhos diferentes, dadas as expectativas de cada um, proporciona uma visão mais distante mas presente do que se viveu, do que se vive e do que se pretende viver.
Nas varandas choramos, recordamos, sonhamos e tomamos consciência de nós. Razão pela qual é tão importante visitá-las com frequência, com vontade e com fé.
É nas varandas que somos mais nós, é nas varandas que pensamos mais nos outros, é nas varandas que somos mais intensos, mesmo quando sonhamos com o aparentemente impossível, quando exclamamos desejos que sabemos não chegar a cumprir, quando nos assumimos como seres melhores sem o fazer por ser.
Pena é que, quando descemos dessas varandas para o rés-do-chão dos dias, esqueçamos quase automaticamente tudo aquilo que elas nos mostram, tudo o que nelas nos ensinam pura e simplesmente, julgamos, porque a vidinha não se pode dar ao luxo de ter varandas com vista para o melhor de nós.

Francisco Moreira

2 comentários:

paulofski disse...

Quase que aposto que esta varanda é na Madeira.

FM disse...

Confesso que não sei... Mas nunca lá estive...
Abraço.

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