segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Ímpares Tresmalhados
Sei que não o faremos, mas sinto que temos que começar a desligar mais vezes as televisões, principalmente as dos restaurantes onde vamos, as das lojas onde fazemos compras, as das feiras onde passeamos, as que vamos desejando ver nos nossos automóveis e telemóveis.
A televisão está em todo o lado, ao ponto de fazer-nos interromper quase tudo o que possamos estar a fazer ou pensar fazer para dar uma "espreitadela", daquelas de segundos que, claro, acabam por se transformar em minutos e horas.
Estou em crer que com esta mania de se ter em todas as esquinas um guião opinativo, vulgo televisão, estamos a perder cada vez mais tempo com as tragédias dos outros, estamos a passar-nos para um plano secundário, ao ponto de deixarmos de viver a nossa vida para "viver" as dos outros.
Por mais comandos que tenhamos, passamos o nosso tempo a ver o que nos impingem, ao ponto de - e aqui é que está a ironia! - não comandarmos nada, pelo contrário, somos completamente comandados pela agenda informativa ou opinativa de terceiros, os verdadeiros donos dos comandos.
Estamos viciados em televisão, tendo sempre que saber (urgentemente) o que está acontecer, seja na China ou no Paquistão, no Porto ou em Bragança, na nossa rua ou no nosso prédio. O importante é estar-se a par, mesmo que isso possa, sem repararmos, transformar-nos em ímpares, daqueles que parecem ovelhas, tresmalhadas da vida, da nossa própria vida.
Estou em crer que com esta mania de se ter em todas as esquinas um guião opinativo, vulgo televisão, estamos a perder cada vez mais tempo com as tragédias dos outros, estamos a passar-nos para um plano secundário, ao ponto de deixarmos de viver a nossa vida para "viver" as dos outros.
Por mais comandos que tenhamos, passamos o nosso tempo a ver o que nos impingem, ao ponto de - e aqui é que está a ironia! - não comandarmos nada, pelo contrário, somos completamente comandados pela agenda informativa ou opinativa de terceiros, os verdadeiros donos dos comandos.
Estamos viciados em televisão, tendo sempre que saber (urgentemente) o que está acontecer, seja na China ou no Paquistão, no Porto ou em Bragança, na nossa rua ou no nosso prédio. O importante é estar-se a par, mesmo que isso possa, sem repararmos, transformar-nos em ímpares, daqueles que parecem ovelhas, tresmalhadas da vida, da nossa própria vida.
Francisco Moreira
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6 comentários:
Por isso cá por caso continua a existir apenas uma televisão.
Quase não vejo T.V., passam-se dias em que não me sento à sua frente. Por um lado, por uma questão de gestão de tempo, por outro, porque concordo com o que escreveste.
beijinhos com raios de sol
Bem.... juntando a tudo o que dizes mais a vontade quase incosciente que nos obriga a dizer:" pára aí que aconteceu um acidente", sim , pk infelizmente e o que tenho verificado cada vez mais (eu própria tb o faço) onde está a dar a "pior" noticia, o filme mais "horrendo" é onde páramos forçosamente... será que gostámos assim tanto da "desgraça Alheia"? assusta um pouco não ?
Beijinhos
Misath
Bem.... juntando a tudo o que dizes mais a vontade quase incosciente que nos obriga a dizer:" pára aí que aconteceu um acidente", sim , pk infelizmente e o que tenho verificado cada vez mais (eu própria tb o faço) onde está a dar a "pior" noticia, o filme mais "horrendo" é onde páramos forçosamente... será que gostámos assim tanto da "desgraça Alheia"? assusta um pouco não ?
Beijinhos
Misath
Temos que te seguir o exemplo, Sunshine, mesmo.
Beijos de Luz.
Se assuta. Por isso é que gosto de me (nos!) dar estes "estalos", para despertar a consciência.
Beijos, Misath.
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