terça-feira, 8 de junho de 2010

Poeirentos

Andamos a precisar de limpar o pó às emoções, tirá-las do armário da memória e espalhá-las, pelo menos, pelos conterrâneos, aqueles que passam por nós, sejam eles mais amigos ou familiares, estejam eles mais próximos ou menos recordados.
Estamos a precisar de sair da armadura com que nos "emolduramos" naquilo a que chamam quotidiano, aquilo a que chamam "first life", sendo, no entanto, na verdade, uma autêntica "second life", ao jeito de telenovela, e de preferência com menos "casos" do que a do vizinho do lado.
Porventura, imagino e desejo eu, se nos libertássemos mais, independentemente dos "resfriados" inerentes, muito provalmente teríamos uma vida com mais sumo, com mais conteúdo, com mais sabor, sem tanta azia provocada pelo "gás" com que nos abastecemos, todos os dias, nesta espécie de guerra da sobrevivência, nesta espécie de salvação de 3º escalão.
No meu ver, andamos a precisar mesmo de limpar o pó que fomos acumulando ao longo dos nossos percursos, aquele pó que se instalou contrariando a coexistência mas que, por conveniência, transportamos para o plano principal, como se ele, o pó, por mais que esfreguemos o "Aladino", alguma vez nos pudesse dar a beber o sumo natural, aquele que faz parte das memórias, cada vez mais desgastadas, como nós, os poeirentos.
Francisco Moreira

2 comentários:

Lilixico disse...

precisamos limpar o pò.... precisamos mais diria sair da rotina da vida diaria que nos leva a tomar por certo o que nao o è!...

deveremos fazer mais pelas relaçoes humanas, dar especial atençao a pequenos detalhes..e nao "deixar o pó" assentar mesmo diante dos nossos olhos esperando que alguem veje aquilo que nem nòs mesmos somos capazes de ver..

e pronto, isto è um comentario sem nexo feito as 2h da manha numa noite de turno de enfermagem em barcelona ...ou seja...para nao ligar :)

bj com saudades

Lili Francisco*

FM disse...

(sorrisos)
Há efectivamente que limpar o pó, principalmente a nós mesmos.
Beijos Lili Francisco.

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