terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Caminho

Há uma voz que todos os dias que diz que os males que assolam o mundo são uma espécie de revolta da natureza que, em silêncio, aguentou com lágrimas secas as cicatrizes com que o homem brindou o seu irmão. E cada vez mais acredito nessa tese... Que o mundo está a fazer-nos pagar os débitos com que, muitas vezes às escondidas, contraímos por uma qualquer "palha", por um qualquer "louro".
A tal voz diz-me que isto ainda não é nada, que o silêncio ainda gerará mais dor, mais pagas, mais lágrimas de sangue, visíveis além dos noticiários e esculpidas na pele e na mente de quem ousou ser muito mais do que o outro sem olhar a meios... E eu aqui, e nós aqui, a vê-las escorrer como se se tratassem de um puzzle encadeado numa encruzilhada de erros, aqueles que tantas vezes nos enviaram avisos-prévios que ignoramos ofuscados pela luz do glamour dos postais feitos desejo.
As catástrofes, naturais e sociais, parecem não ter fim e, com elas, parece que o mundo nos está a falar mais alto, como que a ensinar-nos à força que, se não respeitamos a paz do silêncio e ludibriamos os próprios gestos em função das benesses, sentiremos a espada das consequências que por tudo e por nada deitamos para debaixo do tapete.
Há uma voz que me diz todos os dias que a bonança não está longe, mas que no seu prato só sobreviverá quem fizer do outro a parte mais importante de si.

4 comentários:

Sandra T disse...

Como é que esse voz distingue o justo do pecador?

Sandra T disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
FM disse...

Não sei, mas ando a ouvi-la com cada vez mais atenção... Sandra T.

Maurício disse...

Às vezes perdemos tanto tempo a olhar para o umbigo, que nos esquecemos de nos olhar ao espelho da consciência.

Abraço

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