terça-feira, 8 de janeiro de 2013

“Bip”


Isto das novas tecnologias, nos idos 80 e 90, convenhamos, era merecedor de um curso intensivo, principalmente para aqueles jovens de hoje que nunca tiveram o enorme prazer de privar com um “BIP”.

Confesso que me lembro muito pouco desse aparelhómetro da marca “Motorolla”, confesso que nem me lembro se usá-lo era caro ou mais ou menos barato… Mais, nem me lembro bem de como se fazia para enviar mensagens ou recebê-las… Mas lembro-me que, naquela altura, era um excelente e avançado meio de se ter contacto para além do telefone fixo, era algo que mexia connosco mesmo que estivéssemos em movimento, e, só por isso, já era extraordinário.

Claro que, trazendo-o para a altura dos iPhones de hoje, os “BIP”, autênticos vibradores (entenda-se o lado não sexual do termo), eram uma tecnologia de ponta, ao ponto de nos permitirem “namoriscar” sem ser por cabine telefónica ou em voz sussurrante, para evitar ser-se “escutado”.

Tenho a ideia de que os “BIP’s”, apesar de viciarem quem os tinha, não tiveram uma vida longa em Portugal, e acho que tal aconteceu devido à chegada dos telemóveis (e não me estou a referir às “malas” de 600 ou 800 contos – tive “uma”, emprestada pela rádio onde trabalhava), estou a referir-me aos “tijolos”, aqueles que, se não me engano, nos primeiros tempos de existência, permitiam que se enviassem e recebessem mensagens sem pagar (campanha bem conseguida para “aniquilar” os “BIP”), ou então, tentando não fazer da minha memória um hastear de erros e confusões, tinham um custo insignificante, provocando a “morte” do “BIP” mais rápido do que se suporia. É que: os telemóveis permitiam mais do que meia-dúzia de letras… (sorrisos)

Infelizmente para eles, para os “BIP’s”, acabaram em gavetas ou em arrecadações. E mesmo aqueles que tentaram voltar a ter vida em “Feiras da Vandôma”, na verdade, limitaram-se a ficar com a esperança, nada mais do que isso.

Lamento não ter contribuído com informações úteis que permitam recordar os “BIP” como merecem, mas décadas depois, é natural que a minha memória vibre com outras coisas. (risos)

Quem teve um “BIP”?

Quem pode acrescentar respostas às suposições que levantei?

Todos os contributos serão bem-vindos, em nome da memória de todos os que, como eu, também vibraram com essa tecnologia “forex” ou, se preferirem, “muito à frente”. (risos)

Kiko 

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