quinta-feira, 18 de outubro de 2012

“Preservativo”


Lá na altura dos meados dos anos 80, a mesma altura em que os preservativos ainda não estavam nos hipermercados, fui um dos inúmeros “teenagers” que, por manifesta vergonha, vi-me e desejei-me para conseguir 
entrar no local onde eram vendidos e, em velocidade recorde, conseguir uma carteira dos famosos “Control”. Melhor esclarecendo, não entrei, fiquei à porta de uma farmácia (que ainda existe, nova na altura) perto da praia da Madalena. E escolhi, assumo, uma farmácia mais distante da “minha rua”, para não ser “identificado”. Santa inocência! (risos)

Claro que, nestas coisas – ser-se homem à séria., há sempre que arranjar um plano alternativo, principalmente quando os tais “Control” são (sonhava-se e desejava-se) indispensáveis em função da agenda de conquistas programada. Ou seja, o plano alternativo, neste caso, passou por pedir a um amigo que me acompanhasse. E ele fê-lo. Mais, ele, sem tantos “salamaleques mentais”, aceitou que a minha vergonha me fizesse companhia no passeio em frente enquanto ele, do alto da mesma idade que eu, entrou, demorou uns infindáveis 4 minutos e – voilá! – apresentou-me a compra: uma caixa azul com, julgo eu, 3 preservativos. 

Claro que não foram cumpridos os planos sonhados e que os preservativos fizeram quilómetros nos meus bolsos (para o que viesse a acontecer), mas, pelo menos, desta vez, já estava “investido” de homem, do à séria, porque, mais do que ser-se, o que conta é mostrar-se, e muito foi “promovido” o conteúdo do meu bolso. 

Kiko

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