sábado, 5 de maio de 2012

"Vota em Mim!"



Tendo em atenção a veia "idiota" que sempre enverguei ao longo da minha vida, por nunca ter aprendido a estar parado, no secundário, lá para os 8º e 9º ano, dei comigo metido em campanhas eleitorais para a associação de estudantes.

Tinha um prazer especial em inventar campanhas, escrever programas (promessas e mais promessas) e apelar ao voto. Além de - e dava jeito! - ser um elemento algo popular na escola.

Lembro-me especialmente de uma campanha eleitoral em que, com a ajuda de um partido (o qual sempre apoiei e no qual exerci efectiva actividade política), consegui levar para a Secundária de Valadares um ecrã gigante com som a condizer, para a transmissão de uma sessão de cinema, na cantina. Foi o momento alto de toda a campanha, pela inovação, pela espectacularidade ou, em resumo, porque a maioria nunca tinha vista algo do género ao vivo.

Não me lembro qual foi o filme, mas lembro-me perfeitamente que o conselho directivo não apreciou as tantas gazetas que se deram naquela tarde, já que as salas ficaram vazias e o espaço, embora grande, tenha sido pequeno para receber tantos interessados em ver o... ecrã gigante. Haviam votantes "colados ao tecto".

Também me lembro de uma "pista de dança" especial com música da altura - onde não faltaram os "slows", na qual se serviu um cocktail de frutas que, afinal, tinha mais álcool do que aquele que deveria, gerando algumas bebedeiras "de caixão à cova". Foi a primeira e última vez que bebi sangria. (detestei)

Não menos interessante foi o facto de, num desses anos, ter começado a namorar com o primeiro grande amor da minha vida, mesmo sendo ela apoiante de uma lista concorrente. É, não a consegui fazer votar em mim. E lá andávamos abraçados: eu com um autocolante da minha lista e ela com um autocolante da que apoiava.

Foram campanhas eleitorais imensamente intensas e interessantes. Ao ponto de, ao mudar para a Secundária António Sérgio, ter ingressado em mais campanhas, em mais eleições, em mais "invenções"... Dos cartazes aos passeios de camioneta, sempre consegui animar as hostes estudantis das duas escolas secundárias por onde passei, e muito.

E que bom que era passar por alguém que, mesmo desconhecido, fazia questão de usar ao peito o autocolante da lista que representávamos. É, dava um gozo especial, especialíssimo!

Ah! E era uma sensação estranha aquela que sentia de cada vez que colocava uma cruz... em mim, ou melhor, no boletim de voto.

Kiko

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