quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Messias

Não são raras as vezes em que me pergunto o porquê de não se reunirem todas as "palavras do bem" e fazer delas uma tese única. Não digo que obrigatória, mas menos propícia a "maçãs podres" responsáveis pelo aumento da descrença e pela criação de fissuras ideológicas aparentemente irreparáveis.

Sim, já sei! A consensualidade é algo que não existe, principalmente quando o mote é a fé ancorada a uma religião, seja ela qual for. Se nem em relação à morte chegamos a pontos de vista comuns, quanto mais relativamente à vida!?!

Mas poderíamos tentar... Há tanto bem por este mundo fora, há tanta dádiva por estas janelas dentro... Há tanto querer que fica estagnado na fronteira do "seria bom acontecer"...

Não sei se algum dia chegarei a assistir à desejada consciência global, pelo menos tão abrangente como anunciada: solidária, desinteressada, pacificadora, tolerante, mais humana... E sem esquecer o seu lado espiritual, porque terá que o ter, já que, mesmo que só nos lembremos disso de tempos a tempos, mais do que corpos, somos almas, somos espíritos, e ninguém comprovou o contrário, ainda.

Seria de excelente tom dar-se de cara com um "Messias" que se desse ao trabalho sobre-humano de, depois de compilar todas as teorias, reescrever uma única "cartilha" que nos impelisse (a todos) a semear e a colher sem o selo do egoísmo. Seria excelente ser-se em vida tão bom ser humano como certamente seremos no minuto do nosso adeus a este mundo...

Há quem diga que as religiões lêem todas pelo mesmo livro, mas que têm a mania de se apoderarem da (sua) razão e fazerem dela a (sua) marca registada, diferenciando-se no acrescentar de pavio ou no retirar de sílabas, por uma questão de "separação das águas", mesmo que acabem por ir beber ao mesmo rio.

E nós, fieis ou descrentes, tantas vezes a olhar para o "palácio", acabamos por tomar opções simplesmente porque "faz parte" ou porque temos a necessidade de acreditar numa única palavra.

E cá para nós, "cheira-me" que: mais dia, menos dia, um novo ou velho "Messias" pegará em nós pelas orelhas e retirar-nos-á o xizato com que cicatrizamos os dias, já que este nosso "estágio" não deveria ser uma "aula de maquilhagem" mas sim o executar da sapiência que a história fez questão de imprimir, página a página, sílaba a sílaba, testemunho a testemunho.

Francisco Moreira

1 comentários:

Jota disse...

Que venha ele, esse "Messias", mas com a trabalheira que vai ter...se fizer analise de mercado, acho que não vai querer investir no ser humano, pelo menos na sua grande maioria.

Abraço.

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