quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"Zeremo-nos"

Nunca fiz greve, mesmo concordando com muitas das suas questões e achando que os resultados, além dos prejuízos, pouco ou nada ditarão, principalmente num país de brandos costumes como o nosso.
Também não acho que estejamos a necessitar de um novo "25 de Abril" nem tão pouco de aderir (como li num panfleto de esquina) à Anarquia mais próxima; sem estado, sem regras, sem deveres, porque "é diferente"... Ou, pura e simplesmente, embarcar no fumar de um "arco-íris" qualquer para passar o tempo, enquanto se aguarda que o "Euromilhões" cumpra o que "merecemos"... Ou mesmo continuar a serpentear a roleta da vida gerando apostas na navalha do pensamento, porque "alguém" nos há-de "dar o braço", já que somos donos e senhores da "pólvora da razão"...
Assim sendo, afinal, sou contra ou a favor da "Greve Geral"?
Querem mesmo que vos responda? Querem mesmo que me responda?!
Sou a favor de uma consciência global e menos umbilical que, de uma vez por todas, entenda que os direitos devem ser analisados de um único lado desta barricada que construímos, defeito a defeito, empurrando as virtudes e afins para uma montra de vaidades, daquelas que, essencialmente, servem de pose ao ego.
Por vezes, chego a crer que deveríamos enclausurar os "umbigo-dementes" e obrigar-nos (a todos) a ser zero, só para ver no que "isto dava". Deveríamos entrar na fila do "nove's fora nada" e abortar todas as publicidades políticas e recados sociais.
O que defendo como solução, já que falar é fácil?!
Repensar-se tudo e abordar a vida de uma perspectiva muito mais humana, já que, no que diz respeito ao plano material, foi do zero que partimos e será ao zero que chegaremos, façamos o que fizermos, sejamos quem formos, argumentemos o que argumentarmos, exploremos ou sejamos explorados, vençamos ou percamos. Numa palavra: "zeremo-nos".

Francisco Moreira

2 comentários:

Jota disse...

Chegará "zerarmo-nos"?
Será que chegará haver uma consciência global formatando as mentes nesse sentido, quando como bem diz os"umbigos-dementes" e pelo que vejo no dia-a-dia, proliferam como se de um virús se tratasse. A perda ou dimuição de oportunidades trouxe uma nova vaga, a dos oportunistas.
Abraço

Fernando Vasconcelos disse...

Subscrevo em absoluto.

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