quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Fim do Dinheiro

O dinheiro está a caminho de perder quase todo o seu valor.
Não, não estou a delirar.
E, como todos sabemos, no tribunal do universo, o único culpado será o homem, este ser sempre insatisfeito que criou e investiu no vil metal por achar-se demasiado inteligente, esquecendo-se de que acabaria por vê-lo transformar-se no vil papel de subjugá-lo - a ele, homem - sem dó nem piedade.
Usou-o como sonho de arremesso e guloseima desenfreada. E, hoje, como em tantos "passados", continua a desculpar-se com matemáticas, tentando salvá-lo e salvar-se... O homem passou séculos a propagandear o milagre investido de escapatória para um mundo melhor, um mundo mais equilibrado, mais justo, mais promissor, mais paradisíaco,... mesmo que mais competitivo, embora com rédeas - sublinhava, e perdeu, uma vez mais.
E, tantas, tantas histórias depois, da mesma forma que o homem deu ao dinheiro a hipótese de reinventar o mundo, mais dia, menos dia, ele, dinheiro, na ressaca da droga de mais uma depressão, irá necessariamente e novamente ser usado para reinventar a vida, embora num sentido oposto, porque assim ditará a consciência global em nome da urgente e única "salvação".
Num mar de episódios de terror, o dinheiro arruinou o homem, transformando-o num ser maquiavélico e miserável. E o homem, pelo dinheiro, quase fez implodir o planeta. E, por sua vez - já que o ciclo completar-se-á!, o planeta, porque exige reintegrar o homem, vai destruir a sua invenção, vendo-se obrigado a curar muitos em troca da eliminação de tantos outros. E que tristes danos colaterais, que triste nota de vida...
Nada acontece por acaso, independentemente do crédito que se julgue ter. Nada é feito sem consequências, por mais controlado que pareça estar o poder. Nada tem fim, tudo se reinicia.
Não, o fim do mundo não está a chegar, o que está a chegar é o reinício do homem, a sua reinvenção.
Por isso, não nos espantemos se, um dia destes - mais próximo do que imaginamos, saídos do caos, largarmos de vez o vício, embora sem nunca esquecer que fomos uns tristes e iludidos viciados.
A tempestade há muito que já chegou, e promete piorar... Mas felizmente que haverá a bem-dita bonança, aquela com a qual voltaremos a ser donos de nós próprios, mesmo reprovando por egoísmo à custa de tantas faltas de mérito.

Francisco Moreira

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