sábado, 22 de outubro de 2011

Fim do "Natal"

Já é Natal, principalmente na mente de tantos, Portugueses e não só. E já é Natal porque paira no ar a preocupação das prendas, a preocupação de como lá chegar sem o "plim" que permite oferecer-se o que se deseja, mesmo que isso passe(asse) pelo olhar para montras e... "pescar".
É, os cartões de crédito estão "furados" e em sintonia com o vazio que, em jeito de "estalo", passou a ser o "pão nosso de cada dia" para a grande maioria.
É, eu próprio já penso nas prendas. Não porque seja fã da veia comercial que abusa da época, mas porque gosto de presentear quem aprecio, seja no Natal, na 3ª Feira da semana passada ou no próximo dia 4 de Novembro, sem que esses dias tenham qualquer referência que o justifique.
Este ano, veremos, uma das maiores preocupações será a de passar a mensagem de que "dadas as circunstâncias", há que eliminar as prendas, ou optar pelo "mais fácil": crianças e/ou crianças e familiares.
Como emitir a mensagem? E essa mensagem, será automaticamente "silenciada" ou será dita sem "olhos nos olhos", embora seja das mais francas de sempre?
Preocupam-me as mazelas que daí advirão, sejam elas em termos de sentires (Deu ao outro e não deu mim. Que lata ter ido aos "Chineses"!) ou de um ainda maior endividamento (Haverá quem deixe de comer para manter a "imagem".), acredite-se ou não.
Eu, e referindo-me ao meu caso, embora a cerca de 3 meses de distância, até me sinto mais contente, e principalmente em termos globais.
Porquê? Porque sinto que, à custa destes cortes radicais, o espírito Natalício terá uma oportunidade única de voltar a ser o que era: mais abraços e menos laços. E isso, acredito, tem outro valor e muito mais sabor.
E, por outro lado, com esta política, tenha-se ou não tenha-se, dá-se automaticamente a hipótese de todos se poderem sentir enquadrados e não marginalizados, por não haver a necessidade de recorrer a justificações. Se o não se dar fizer parte, todos ficaremos salvaguardados de pensamentos e suposições menos interessantes.
Por estas bandas, as que me "tocam", o anúncio ainda não foi comunicado, principalmente para lá das portas, mas a decisão está tomada: faça-se Natal, e que os laços sejam os que nos unem e não os que nos tentam agradar.

Francisco Moreira

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