domingo, 23 de outubro de 2011

Caixa de Velocidades

Vivemos constantemente na pressa de chegar, mesmo que o chegar tarde possa não passar de uma espécie de miragem...
Somos assim, ou melhor, eu, pelo menos, sou assim: um apressado impulsivo que ainda não aprendeu o que é o amanhã, talvez por ter certas dúvidas quanto à sua real existência, já que a linha que separa a realidade do sonho, afinal, pode ser mais ténue do que se supõe.
E se não houver amanhã? E se nos limitarmos a viver num enorme hoje, eliminando assim o calendário que, graças às invenções e pressuposições do homem, aparentemente, pode não ser mais do que um estratagema para nos manter ocupados, para nos gerar objectivos sob a forma de entretenimento, para nos fazer cumprir tudo ou menos um pouco, mesmo que, no fim, o tudo redunde em ficar-se com "nada"?!
Sim, também faço parte daqueles tantos que acreditam que a vida e as suas disciplinas, as boas e as doloridas, são uma escola no caminho da evolução do ser, seja ele homem ou alma, seja ele físico ou mental.
Mas permitam que, por um instante, coloque tudo em causa. Permitam que me e vos pergunte o porquê de se fazer tanto para, na meta, nos limitarmos a levar o que trouxemos, embora muito "usado"...
É, em resumo, esta nossa pressa de chegar, na verdade, mais não é do que uma pressa sem sentido, já que, independentemente da maneira como manuseamos a "caixa de velocidades", todos, sem excepção, acabaremos por chegar ao mesmo resultado.
Com tudo isto, ironizando, só quis sublinhar que não há maneira de aprendermos a andar sem ser em excesso de velocidade, inclusive quando estamos parados.
Que mania!
Francisco Moreira

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