sábado, 25 de junho de 2011

Jogo

São inúmeros os que são "picados" pelo facilitismo da desistência, seja pelos próprios, pelas circunstâncias que uma derrota gera ou pura e simplesmente porque alguém tenta balizar as derrotas como "goleadas", independentemente de se ter, ou não, ficado a "um bocadinho assim".

Obviamente que há circunstâncias em que os resultados são demasiado evidentes e - daí - ser necessário não partir para o canteiro da humilhação. Há que saber avaliar os "pormenores" e, se necessário for, aceitar o que "não tem volta a dar". Mas daí a "arrumar as botas" da vontade, da crença e, acima de tudo, da capacidade, convenhamos, vai uma enorme distância. E se vai!

Desistir de algo ou de alguém não deve ser feito de ânimo leve, principalmente se os "prós e contras" não forem levados em conta ou, pior ainda, se não se conseguir visualizar o verdadeiro alcance daquele que pode ser o resultado, por mais tentativas que sejam necessárias.

Quando se acredita no difícil, deve-se dar corpo e força ao acreditar, já que o mais difícil, provavelmente, é ultrapassar a barreira da dúvida, da incerteza, por menos bases ou provas que se possam somar em determinadas alturas, principalmente quando se perde ou se está indeciso quanto ao peso da "factura" do caminho.

Desistir é um verbo que não combina com agir. Existir significa agir, pelo menos enquanto se achar que é válido apostar em nós ou naquilo que se pretende alcançar, mesmo que não se consiga lá chegar.

Glória aos derrotados: aqueles que continuam a fazer por vencer. Muitas das vezes, mais do que a medalha, a grande vitória pessoal é ir-se a jogo.

Francisco Moreira

2 comentários:

Fernando Vasconcelos disse...

Francisco, este seu texto de certa forma inspirou-me uma resposta ... Como já dizia o Barão Pierre de Coubertin ... "O Importante é participar". Complementando a vitória se for obtida com honra será ainda melhor mas a derrota não é vergonha. Vergonha é não tentar. Nas palavras do nosso Fernando Pessoa (mais ou menos assim) "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Nos estados Unidos quando uma pequena Start Up fecha faz-se uma festa. Não porque se fecha mas porque se tentou ... este espirito de iniciativa faz-nos muita falta. É desta vergonha de "pseudo"-falhas que nos temos de livrar. Em cada 1000 coisas que tentemos 10 vão ser bem sucedidas ... as outras algumas mais ou menos e algumas vão falhar espectacularmente. So what? Desde que o façamos com responsabilidade e com respeito as consequências serão sempre conhecidas e nunca se perderá mais do que o projectado e aceite como razoável. Faz parte da vida ....

FM disse...

Obrigado, Fernando!
E este seu comentário, acredite, merecia ser um POST.
Há que avançar, principalmente num País como o nosso, onde vigora cada vez mais o "deixar andar" ou o "vizinho está ainda pior".
Pegando na sua expressão: So What?! O que interessa é AGIR... e o resto é "pause". Não se anda em "pause". (sorrisos)
Abraço.

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