terça-feira, 28 de junho de 2011

Cartão

Um dia destes, fiquei surpreendido com um número que me passou pela frente dos olhos e que dava conta de existirem 150 milhões de toxicodependentes em todo o mundo, o mesmo mundo onde, claro, também habita Portugal.

150 milhões? Isso não dá quase 15 "Portugais"?!

Costumo dizer que sou anti-drogas ou - dizem muitos - "cartão", mas acho que vou deixar de o dizer publicamente, principalmente porque, pelo que "vou percebendo" - contrariando a tese (oficial) que alega que, desde que se despenalizou o consumo de drogas à 10 anos, o consumo em Portugal tem diminuído bastante, algo que me deixa com tantas dúvidas como "certezas", ou melhor: com dúvidas quanto a essas certezas.

É, acho que vou deixar de dizer que sou "anti-drogas" porque, pelo que vejo, o número de quem o afirma como eu, afinal, tem uma elevada percentagem consumidores, principalmente daqueles que o fazem "discretamente", já que não o assumem. E lá terão as suas razões!

Só espero é que este "movimento" - porque já é um movimento, incluindo "insiders" e "outsiders", não se transforme - se é que ainda não se transformou?! - em mais um "lobby", daqueles onde o "hall" determina quem pode e não pode acontecer.

Mas, voltando aos números, permitam que, "naifmente", apresente uma pergunta parva, extremamente parva:

- Será que o número de 150 milhões de "viciados" anunciado se refere a quem se droga diariamente ou também lá estão incluídos os milhões e milhões que se drogam ao "fim de semana", ou melhor, em dias de "festa"?

Sublinho que entendo que cada um sabe de si, e, obviamente, concorde-se ou não, também sou daqueles que entendem que no nosso corpo e acções mandamos nós, desde que não interfiramos nas "costas" dos outros.

E quanto à questão do número, sejam referentes a drogas mais pesadas, mais ligeiras ou "medicamentosas", acho que quem faz a contabilidade da "coisa", das duas, uma: ou anda a ver mal ou... (poupo-me a continuar a frase.) É que, como todos imaginam, o número que tem baixado é o de fumadores (mais dia, menos dia, tenho que ajudar à estatística!) e não o de toxicodependentes, e muito menos o de "toxico-independentes".


Francisco Moreira

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