terça-feira, 7 de junho de 2011

Carreiros

Um dos principais desvios do caminho humano prende-se com a procura incessante de atalhos alternativos, numa espécie de tentativa de melhorar aquilo que eventualmente é apresentado desde a nascença: o destino.

Sei que o tema destino, só por si, merece uma profunda reflexão, uma catadupa de suposições e contra-suposições, como tudo o que não tem resultado comprovado. Contudo, voltando à questão caminho, permitam que afirme que mais do que procurar, deveríamos olhar melhor para a estrada que nos conduz, já que são inúmeros os pormenores (termo exageradamente pequeno relativamente ao pretendido) que nos escapam, são inúmeras as perdas que desperdiçamos por estarmos demasiado focados nos caminhos dos outros ou nos caminhos que idealizamos, mesmo sabendo que, à partida, não teremos "rodas" para lá chegar.

Não, não custa tentar. Mais. Devemos sempre tentar melhorar, devemos sempre procurar alternativas ao que, no nosso entender, possa estar "menos bem", devemos sempre tentar fazer mais e melhor, por mais dificuldades que encontremos.

O que me leva a chamar à atenção para o caminho de cada um prende-se exclusivamente com o facto de andarmos demasiado distraídos com a luminosidade das estradas dos outros enquanto os outros, provavelmente, andarão demasiado interessados com os nossos caminhos. E porquê? Porque, na verdade, nunca estamos satisfeitos: quando temos muito procuramos conseguir sobreviver no pouco e quando temos pouco procuramos atingir o muito.

Manias de caminhos, sempre à procura de atalhos, independentemente de andarmos em carreiros ou em auto-estrada.


Francisco Moreira

1 comentários:

Maurício disse...

Cada vez é mais dificil ter-se uma vida com Rumo.
Mas, na verdade, nem sempre o caminho mais curto para um qualquer objectivo é uma linha recta.
Assim saibamos nós estar atentos e escolher os melhores "atalhos".
E, se pudermos ajudar ós outros a saber descobrir os seus bons "atalhos"... melhor ainda.

Abraço

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