segunda-feira, 6 de junho de 2011

(des)Uso

Andamos encantados com o "marketing" dos nossos dias, ao ponto de já não sabermos valorizar o tanto que "saboreávamos" nos outros tempos, aqueles em que tínhamos pouco mas julgávamos que tínhamos muito, ficando felizes por e com isso, o tal do nada, quando "transladado" para o presente.

Hoje, essencialmente pela oferta que nos chega "impostamente" embalada pelos laços reluzentes da dita necessidade (mesmo que desnecesária), não nos damos ao trabalho de perder segundos com o que, noutras décadas, nos entretinha horas a fio, e com repetições mil.
Hoje, embalados pela ribanceira do chegar às novidades, esquecemo-nos do quanto está ao nosso alcance, e sem pagar mais por isso. Chegamos ao ponto de esquecer os "nossos" e o que sempre nosso foi pela necessidade de "parecer", mesmo que a "maquilhagem" não se aguente mais do que o tempo necessário para a "fotografia da praxe".
É, entre outras "doenças", estamos a ficar cegos e surdos, principalmente naquelas alturas em que deveríamos ser chamados à tábua da razão, nem que fosse tão só para percebermos que o mundo não é (somente) aquela montra virtual que a troco de "cêntimos" nos pode dar prazer, principalmente quando (eventualmente) descartável ao fim do rápido (des)uso.
De que é que estou para aqui a falar? Se do cão ou do "pirulito"?!
Não estou a falar de nada, embora me refira a quase tudo.

Francisco Moreira

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