quinta-feira, 24 de março de 2011

Talvez, Talvez

Não faltam passarinhos a "cantar de galo", seja na política que fica do outro lado do mundo ou no café que fica por debaixo do nosso chão. E, por um lado, ainda bem que assim é. É sinal de que não temos que nos limitar a "ouvir e calar", nem nós nem os outros: aqueles que conseguem erguer a voz mais alto do que nós.
Não sei se é uma espécie de "síndroma" Português, mas todos nos arvorámos conhecedores e entendidos em quase tudo o que é matéria, quanto mais não seja pelo que lemos nos jornais, muitas das vezes induzidos pelos bons e maus induzidores: os que são "comentaristas" e os que apreciam que os intitulem de "fazedores de opinião".
Todos eles, uns mais do que outros - e isso depende muito da "montra", conseguem conquistar um papel importante na sociedade, basta ver a importância que os políticos lhes dão, independentemente do lado do muro em que possam estar. E, não menos interessante, conseguem que um "quadradinho de última página" (mesmo que esta seja a página 13) obtenha mais "resultados" do que um "prime-time" televisivo. Chama-se a isto ter e ser "peso".
Eu próprio aprecio um ou outro "comentarista", ao ponto de fazer questão de os ler com a regularidade. E, em alguns casos, chego a identificar-me bastante com a linha de pensamento que é seguida, principalmente quando os "pormenores linguísticos" são usados com precisão e não como "masturbação intelectual".
Aqueles de quem menos gosto, os tais "fazedores de opinião", são os que batem no "ceguinho" todos os dias, todas as semanas, todos os meses, todos os anos, toda a vida. Se existem? Sim, existem, e ainda à pouco estive a ler um deles, embora, tal como nos outros dias, com vontade de desistir a meio, mas sem desistir. (puro masoquismo)
Por outro lado, o que mais gosto nos "comentaristas" é a forma como alguns deles dominam os vocábulos, ao ponto de, em meia-dúzia de caracteres, conseguirem dizer aquilo que outros demoram uma eternidade, e daquelas eternidades que nos deixam indecisos entre o "talvez sim", o "talvez não" e, pior ainda, entre o "talvez, talvez".
Já se percebeu que gosto muito mais de "comentaristas" do que "fazedores de opinião". Porquê? Porque prefiro ser eu a ter opinião sobre um comentário do que ter um comentário a exigir que eu o assine por baixo, talvez pelo facto de o seu autor achar que a minha opinião é a que ele dita.
Francisco Moreira

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