quinta-feira, 31 de março de 2011

Nada

Por muito que se diga valorizar pouco o dinheiro, na verdade, a gigante maioria valoriza-o, e muito, principalmente a grande parte, aquela que sente a falta dele. E isso é perfeitamente compreensível. Afinal, convenhamos, todos deveríamos ter o direito de ter noites descansadas sem pensar nele, no dinheiro, todos deveríamos poder realizar um ou outro sonho sem ser impedido por ele, pelo dinheiro.

E tudo isto para destacar as pessoas que, como eu, na verdade, não o valorizam por aí além, as pessoas que não estão à espreita da oportunidade para ganhar mais um ou dois cêntimos, as pessoas que não ficam sequiosas por chegar ao pote do tesouro, tostão a tostão, as pessoas que ainda agem como se houvessem coisas mais importantes do que o dinheiro, e há-as, muitas, mesmo não parecendo, mesmo não o publicitando.

Pego neste contexto para me referir a uma pessoa que, sem razões para o fazer, mostrou ser mais um exemplo disso mesmo, do todo que, tantas vezes, valoriza o prazer em ser útil em detrimento do tesouro, independentemente do número de cifrões que ele possa ter.

Não, não vos vou contar a história, não é assim tão importante. Importante é sentir-se que, afinal, ainda há pessoas que ganham dinheiro porque têm contas para pagar mas que, em determinadas envolvências, preferem ganhar mais do que dinheiro, ou seja: nada, sendo que o nada os pode fazer sentir muito, e, neste caso, a mim também. Obrigado por "nada".


Francisco Moreira

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