quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Lamurias

Estamos a precisar de arranjar um banco de jardim que permita que nos sentemos. Um banco de jardim que nos permita voltar aos dias de ontem, aqueles em que nos preocupávamos menos. Um banco de jardim que nos permita ter esperança em vez de desconfiança.
Que permita?! Sim, que permita. É que, cá para mim, os bancos de jardim e de outros géneros, andam demasiado cansados das nossas lamurias, principalmente do "choradinho" nacional com que nos adormecemos e transportamos para cada acordar.
Eu próprio estou a precisar de me sentar, de levar a mente para outros títulos informativos, para outros arredores da vida, para outras histórias, daquelas com final mais interessante.
Andamos todos demasiado cansados com a repetição constante dos dias, dos acontecimentos, das previsões negativistas com que nos brindam deste o "bom dia" ao "boa noite"... Estamos a precisar de rir, de repensar, de equacionar mudanças, por mais insignificantes que possam parecer. E tudo isto, claro, para que consigamos ultrapassar aquele fio ténue de loucura com que nos sentimos ameaçados com o decorrer dos dias, dos anos, do tempo...
É, é verdade, a mais pura verdade. Se não sairmos depressa deste constante "aguentar", um dia destes, fazendo jus às estatísticas, ainda trocaremos o banco de jardim por uma maca, aquela que, dizem, perante determinados prognósticos - ditos reservados, obrigam-nos a não deixar para amanhã o banco de jardim do qual precisamos hoje.
Francisco Moreira

2 comentários:

Jota disse...

FM quando decidir qual o banco em que se vai sentar, quero escolher o meu ao lado do seu.
Bem verdade que um dia destes se não tenho cuidado, ainda estou na maca em vez de estar no banco de jardim.
ABraço

Xanda disse...

Bem, FM, agora ao ler o teu texto lembrei-me de uma música... iiiiiiiiii aos anos que não canto:

"Estava um velho sentado num banco de um jardim a recordar fragmentos do passado
na telefonia tocava uma velha canção
e um jovem cantor falava da solidão
que sabes tu do canto de estar só assim
só e abandonado como o velho do jardim
o olhar triste e cansado procurando alguém
e a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver
a imagem da solidão que irão viver
quando forem como tu
um velho sentado num jardim"

É da Mafalda Veiga

bjnhs

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