terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Toque



É nas salas de espera, neste caso de uma clínica, com umas 20 pessoas, que, de repente, o pensamento pode, automaticamente, virar-se para um lado oposto àquele que nos leva para aquele espaço. Sim, refiro-me ao tocar de um telemóvel, e mesmo num espaço onde não se vêem aqueles "autocolantes" que tentam impedir que o som alheio incomode alguns, muitos ou todos. Refiro-me, sim, ao toque, ao toque especial de um telemóvel normal, um toque e "retoque" que, acreditem, não deixou ninguém indiferente, um toque que retirou peso a todos os exames, resultados de análises e... por aí fora.

Mas, afinal - perguntam todos em coro, que bizarrice é esta que merece um "post", que merece que lhe dedique algumas das células que "escravizo" de cada vez que cá venho lançar uns "bitaites"?! Bem, esperem mais um pouco. Permitam que diga que, nos meus sucessivos telemóveis, ainda não aderi a canções nem a toques intitulados diferentes, provavelmente por, amiúdas vezes, ter tido a oportunidade de ver o ar incomodado, para não dizer envergonhado, de muitos que optaram por ser "radicalmente" diferente.

Ora bem, estava eu a ler a página 3 do gratuito "Oje" quando, naquela sala imensa, decorada com estilo, composta por muitos "fatos e gravatas" e "maquilhagem de fino recorte", ouço o toque de um telemóvel que era, nada mais nada menos, do que o som que anuncia ou inicia as Corridas Tauromáquicas. Isso.

Como facilmente imaginam, durante largos 30 segundos, todos os olhares "scanearam" a sala, à espera de ver com os seus próprios olhos quem tinha escolhido aquele toque tão, tão... Bem, depende das perspectivas, mas, para mim, é, no mínimo, estranho.

Claro que, dos olhares, passou-se logo para os pensamentos, principalmente daqueles que, como eu, são contra esta tradição. Outros, provavelmente, tiveram vontade de rir à gargalhada, sem o fazer, claro, e, porque não (?!), certamente que também houve quem tivesse vontade de pedir o toque "emprestado".

Em resumo, e esquecendo o toque, por mais que tentássemos fazê-lo, lá estivemos a ouvir a conversa entre o dono do toque e o seu interlocutor, na esperança de que, ao menos, aquela conversa pública, não se transformasse numa tourada.

Francisco Moreira

6 comentários:

paulofski disse...

Ao ler o teu post, e antes mesmo de imaginar um animal a entrar na arena ao som do altifalante, "e entra o touro, 500 quilos e com brincos", a inocente junção das palavras "toque" e "clínica" no inicio do texto, levou-me de repente o pensamento associar automaticamente, te estares a virar para um lado oposto, ou seja, que estavas na sala de espera para o inevitável, para os homens, toque rectal!!!

Xanda disse...

Ah ah ah... paulofski.

Acho que te cruzas-te com o meu "boss" loool, FM, ouço esse toque de telemóvel já algum tempo e p/ mim é tão mas tão irritante grrrrrrr... que "nebros"!

Jota disse...

(risos)
Estou mesmo a ver a cena caricata.
E se for o caso, o do tal toque rectal, FM não há que ter medo.
Já o fiz e não virei para o outro lado por isso. Não é agradável mas suporta-se (risos).
Quanto ao outro toque (o sonoro), falta saber se o senhor, ou a senhora em causa, tinham esse mesmo toque destinado somente ás chamada da esposa, ou do marido (risos).
(hoje estou mauzinho) (risos)

FM disse...

Acalmem-se lá! (risos)
Aind anão foi esse toque... Mas sim o outro... (do telemóvel)
Fui à clínica para ver se ainda duro mais uns tempos... (sorrisos)
Beijos e Abraços, respectivos.

NUC disse...

O FM confirmou-me agora mesmo. O primeiro dedo não doeu nada só no segundo é que começou a ficar um pouco incomodo. Alias, um pouco atrapalhado com a situação, o FM disse: "Sr. Dr. tem meia hora para tirar dai os dedos." :)

FM disse...

(risos)
Nunca mais vos conto a verdade... Adoram inventar. (risos)
NUC, este comentário não será um pesadelo teu?!
É que eu ainda não fiz esse exame, tenho a clinica a comprovar, quanto a ti... (risos)
Vá, ri-me às gargalhadas.

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