terça-feira, 27 de julho de 2010

- Não voltes, Salazar.

Sou contra, terminantemente contra aqueles que dizem que no "antigamente é que se estava bem", naqueles tempos das ditaduras e respectivos ditadores, patrões de espiões armados em vizinhos.
Não é que tenha sentido na pele aquilo que milhões sentiram e outros milhões ainda sentem, já que não sou do tempo da "sardinha para quatro, com direito a cabeça", nem tão pouco tenho as bases da história que me permitam argumentar mais ou menos do que faço neste momento, mas sinto que hoje, apesar de tudo, vive-se muito melhor do que "naqueles tempos", mesmo com pobreza, mesmo com violência, mesmo com injustiça.
É por isso que, de cada vez que me falam no regresso do Salazar, exceptuando, claro, o devido "desconto" àqueles que com ele "viveram", dá-me vontade de lhes dizer que são uns ingratos de meia-tigela, principalmente para com os que lutaram para que eles, hoje, sim, hoje, pudessem dizer essa barbaridade sem terem que ir ali para os lados da Cordoaria.
Dos Salazares deste mundo, acreditem, mesmo sem os conhecer, e mesmo podendo ter sido excelentes seres humanos, quero distância, e muita. Por isso, sempre que alguém disser que deveria voltar o tempo do Salazar, se não se importarem, recomendem que vão para Cuba, Ruanda, Somália, Togo, Zimbabué, Irão, Burundi, Costa do Marfim, Líbia, ou quiçá, se esses humanos exemplares preferirem, para a "esplendorosa" Coreia do Norte.
Ouvi dizer que, por essas bandas, goste-se mais do calor ou de frio, não faltarão regimes para todos os gostos, principalmente para emagrecer, física e intelectualmente falando, claro.

Francisco Moreira

2 comentários:

bisturi disse...

Caro amigo:
Vou de férias lá para as Terras de Vera Cruz !!!
Se apanhar disponível um computador passarei por aqui...serei mais um dos teus visitantes do outro lado do Atlântico...
Espero regressar a 15 de Agosto, se Deus quiser..
Abraço

paulofski disse...

Deixa o estar por lá, onde quer que ele esteja. Foi por passarem hoje 40 anos que bateu as botas que te lembraste do defunto?

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