domingo, 16 de maio de 2010

A Ponte e o Ponto

Há alturas em que é necessário mudar completamente de ares de maneira a repensar estratégias, reajustar energias, respirar sem as interferências do quotidiano e, quando tal é necessário, o melhor é afastarmo-nos alguns milhares de quilómetros da casa onde habitamos, do mundo onde vivemos, para chegar aquele ponto do equilíbrio com assinatura própria e exclusiva.
Já não vou para longe há algum tempo, algo que, sublinho, me faz sempre tomar algumas decisões importantes, algo que, por outro lado, me permite, acima de tudo, ficar com saudade daquilo que tenho, daqueles que tenho, como se nesses dias, além de poder reflectir, abstrair-me e criar (ou inventar), sou impelido a valorizar ainda mais tudo o que me rodeia, aqui, deste lado do mundo, neste meu mundo.
Estou expectante quanto ao reencontro que terei com um espaço que conheci há 5 anos atrás e que, por ironia, já que não fui eu que o escolhi, me leva a creditar em "bons ventos", apesar de a minha mais importante âncora, o meu filho, ficar cá deste lado, "impedindo-me" de me sentir completo.
É, por vezes é preciso descansar, descansar mesmo, naquela latitude a que muitos chamam "limpar a cabeça", nem que seja à força, nem que seja pela sugestão proporcionada pelo estar dentro de um verdadeiro postal, ao sabor da tranquilidade do mar, com o tempo em jeito de exclusividade pessoal e intransmissível.
Vou aproveitar para pensar, para decidir, para sonhar, para sorrir, para estar com quem Amo, com quem gosto, e para estar comigo, algo que nem sempre é possível, por aqui.
No entanto, desta vez, sinto que há uma inversão de sentires, já que, normalmente, 1 ou 2 dias antes de regressar, fico com saudade dos destinos onde me encontro. Hoje, a poucas horas de embarcar, já estou "esmagado" de saudades de quem cá vou deixar. Mas o esforço vai valer a pena, em nome do tal ponto do equilíbrio.

Francisco Moreira

2 comentários:

Mulher aos 30.... disse...

Olá Francisco. Como precisava de fazer uma paragem dessas, simplesmente parar. Mas ainda não vai ser para já...
Espero que tragas na bagagem muitas emoções, histórias,...
Boa viagem. Beijo

FM disse...

Fá-lo, Mulher aos 30, e fá-lo sempre que possas, mesmo "cá dentro". É tão reconfortante termos tempo dedicado a nós...
Na bagagem trago sentires, olhares, certezas... e, principalmente, trago-me a mim.
Beijos.

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