quinta-feira, 5 de novembro de 2009
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Com vê, Mãe, o tempo não passa... Ainda só lá vão 3 meses sobre aquele final de tarde em que aguardou por mim para me dizer Adeus... Ainda estou para aqui nesta confusão de sentires que, à custa dos entretenimentos dos dias pesados e das noites longas, vou disfarçando como posso a Sua ausência...
É, as Suas fotografias, principalmente as mentais, vão conferindo-me Paz, mas não é fácil perder o Seu almoço, as Suas histórias, a Sua preocupação, a Sua presença, o Seu " - Tem cuidado!", o Seu Viver por mim, e para mim...
Tenho saudade, tanta, daqueles euros a mais que ficariam para o meu café ou para o mealheiro do Ângelo, naquelas tantas vezes em que me entregava as Suas contas para eu pagar "no computador"... Tenho saudade, tanta, das Suas irritações por nada, e principalmente da Sua alma de Guerreira, invencível, poderosa, incomparável... Tenho saudade, tanta, do Seu atender dos meus telefonemas, em todos os finais de tarde... ( - Mãe, o que vai comer hoje? Olhe que tem que comer, senão vou aí e chateio-me consigo! - Lembra-se?)
E ainda se diz que o tempo passa! Não passa, Mãe, o tempo mói, corrói, e muito.
Eu sei, eu sei que a Mãe está bem, que continua comigo, aqui bem perto, e que continua a auxiliar-me com a Sua sabedoria, com a Sua força... Mas sabe, Mãe, isto não é a mesma coisa, nada é igual, ninguém consegue compensar a Sua ausência. Sim, eu disse ninguém.
Há dias em que me sinto completamente perdido, disfarçadamente triste, quase sem tino, sem vontade para nada... Onde está aquele Seu "-Boa Sorte!" diário, sem o qual eu não avançava no dia?
E só lá vão 3 meses,... 3 curtos e pesados meses... E, sim, é verdade, está a chegar o Natal, aquele em que sempre brindamos de lágrima no canto do olho ao Pai, desde o longínquo ano em que ele partiu... E este ano, como faço?
Perdoe, Mãe, é melhor ficar por aqui...
Francisco Moreira
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- Portugal
- Sempre algures entre o hoje e o amanhã, sem esquecer a memória.
Música Anos 70, 80 e 90
Escrito por uma Deusa e um Sonhador... em nome de um Ângelo
10 comentários:
“Os homens são o que suas mães fizeram deles.”
Ralph Waldo Emerson
E se duvidas houvesse sobre o Homem que és, bastaria olhar para a D.Ilda!
:) Beijo
(sorriso)
Beijo.
A tua verdadeira essência vem sempre à tona em cada relato interior. Sabes... Estas tuas palavras aquirem uma dimensão transcendente. Essa corrente que vos unirá pela eternidade, jamais será quebrada, tenho a certeza, embora não sirva de consolo porque o verdadeiro vazio, está lá.
O Ângelo, merece-te neste natal. Será diferente, muito diferente, mas tenho a certeza que a sentirás no vosso meio.
Por último, já te disse várias vezes, mas nunca é demais lembrar, de todas as vezes que recordas a tua mãe, a escrita resulta em verdadeiros hinos ao amor. Se alguém andar aí perdido, sem saber o que é amar, pode passar aqui e aprender.
Obrigado Francisco, e perdão por estas ausências...
Um amor que não é possível medir...duas almas que permanecerão unidas por toda a eternidade.
Força meu querido!!
Beijinho
Obrigado, Barbie Boy.
Sai, assim, de uma penada... E equaciono não publicá-lo, mas, afinal, este é o "meu" cantinho, o meu "contar", por isso o público...
Abraço.
"Eu Sei", Mary.
Beijos com Carinho, Querida.
Uma beijoka muito grande cheia de carinho e Saudade, e um Xi coração apertado, apertado, apertado dakeles verdadeiros sabes...
Força Amigo.
Obrigado Suzana!
É com Carinho que o recebo.
Votos de Muita Luz.
Francisco, aqui deixo-te o meu abraço sincero de amizade. Se há de facto alguém de insubstituivel nesta vida, ela é, com toda a certeza, a nossa mãe... Tu sabes que ela ainda existe, ainda fala contigo, ainda te aconselha nos teus passos. Ela está aí, contigo, invisivel de facto, até o dia que a verás de novo...
Abraço, Francisco
Obrigado, Hélder Ferrão.
Abraço.
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