sexta-feira, 2 de outubro de 2009

"Vaticanos do Pecado"

Quando me falam em ditaduras, sejam elas de um presente camuflado ou de um passado inglório, só me apetece insultar todos aqueles que não sabem dar valor à Liberdade que têm, aquela que nos permite ir se, ou não fazer se... Porque o "se" depende do que quisermos, e não das "senhas de mercearia".
Pelo "dá cá aquela palha", não são raras as excepções em que se ouve alguém a valorizar o que desconhece enquanto, de ânimo leve e com desdém, subvaloriza o que lhe é servido de bandeja todos os dias, sem reparar e, muitas vezes também, sem aproveitar.
É lógico que, ao virar de um primeiro "senão", nestes "paraísos imperfeitos" a que baptizaram de Democracia, não faltam vozes que corram em direcção ao tal passado da "sardinha para 4 pessoas", servida exclusivamente ao Domingo, como que a sublinharem que; "naquele tempo não havia nada disto". Pois não, nem "disto", nem "daquilo", só havia o que "uns senhores" doutrinavam, e "bem bom", era para quem queria, ou... azar.
Mas, neste 2 de Outubro de 2009, neste instante, tento ir mais longe e absorver parte dos sentimentos daqueles milhões de pessoas que, lá naqueles mundos "perfeitos", continuam bem presos e amordaçados às leis castradoras de um passado que aguarda pelo seu "muro" de oportunidade, sempre naquele piedoso continuar a ser fiel às regras ditatoriais que, convém não esquecê-lo, em termos de publicidade, tentam sempre (internamente, pelo menos) dar a ideia de "todos estão sempre por um, todos gostam de tudo e todos vivem de bem com a vida", acrescentando ao lema, se quisermos, um ou outro nome, o do líder absoluto, está claro.
Mas, afinal, o que é que, além do petróleo e demais riquezas ou interesses, faz com que os nossos militares, e os dos outros "paraísos imperfeitos", não troquem um Afeganistão por esta espécie de "Vaticanos do Pecado" (e não me refiro à Igreja Católica), onde a pureza e a verdade sobrevivem dentro de fronteiras inqualificáveis?
É, hoje é um daqueles dias em que me apetece pegar nos que tanto apregoam o "naquele tempo é que era bom " e tele-transportá-los para um desses mundos do "orgulhosamente sós", e só para verem e sentirem "o que é bom", mas com uma regra, a de não puderem regressar ao "paraíso imperfeito", pelo menos durante o tempo útil de uma destas (ainda) tantas ditaduras.
Francisco Moreira

8 comentários:

Barbie Boy disse...

Se precisares de um ajudante, é só dizer.
Ainda consigo pegar em alguns.
Olha que vontade não falta.

Sandra T disse...

Nós vivemos em ditaduras desde sempre e para sempre, se não são as políticas são outras que nem preciso nomear.
O nosso pensamento, as nossas estruturas são elaboradas ou criadas por alguém que não nós, logo ditadas.(até porque somos seres sociais)
A ti por exemplo chegou-te a história da sardinha para 4 e toda a tua maneira de pensar se estruturou à volta disso, a mim chegaram-me outras histórias, que de igual modo me condicionaram, de certa forma, o pensamento.
No entanto concordo contigo, todas as ditaduras são más, mas aprendi algo, temos sempre que questionar, até aquilo que damos por adquirido, que procurar ver a questão dos diferentes ângulos e só depois ( e olha que mesmo assim...) podemos tirar conclusões.
E olha que essa do orgulhosamente sós já foi chão que deu uvas, tentaram recuperá-la há pouco tempo porque pouco mais havia para dizer e quando há vazio de ideias, enfim, vale tudo...
Beijoca

Conversa Inútil de Roderick disse...

É ASSIM MESMO...!!!!!!!!!!!

FM disse...

Pois não falta, Barbie Boy. (risos)
E não faltam "candidatos"...
Abraço.

FM disse...

Que bom, Sandra T, ter-te a argumentar com "mais palavras". (sorrisos)
Obviamente que, quando me refiro às "4 sardinhas", reporto-me às vivências da minha família, às histórias e receios da minha mãe, e à "miséria" em que se vivia naquela altura. Alguém quererá trocar o supermercado e as dívidas por fome, medo, clausura? Dudido.
Obviamente que deve haver quem tenha vivido bem, principalmente os que viviam dos links próximos dos ditadores... Mas, acredita, ninguém quer voltar, nem por instantes, ao tempo a que se referiu "a outra senhora".
Nem tudo foi mau, presumo, mas não há nada melhor do que uma Liberdde que, por exemplo, nos permite sair do País sem ter que se ser exilado.
Trocarias Portugal por uma China, Cuba ou Coreia do Norte, isto sem ir para as "liberdades" do Médio Oriente e afins?!
Beijos.

FM disse...

Tá dito, Roderick. Conto contigo nesta batalha... que não passará de conversa, infelizmente.
Abraço.

Sandra T disse...

Nunca trocaria Portugal.
Nunca aceitaria qualquer ditadura, no entanto estou atenta ao conceito, e só quis dizer que vivemos em permanentes ditaduras sem nos apercebermos.

Beijo

FM disse...

Eu entendi... Nem tão pouco poderias sair de Portugal, eu não deixaria... (risos)
Beijos Sorridentes.

Acerca de mim

A minha foto
Portugal
Sempre algures entre o hoje e o amanhã, sem esquecer a memória.

JACKPOT

JACKPOT
Música Anos 70, 80 e 90

Porto Canal

Porto Canal

O Livro do Ano

O Livro do Ano
Escrito por uma Deusa e um Sonhador... em nome de um Ângelo

...Sempre...

...Sempre...

Blog Archive