domingo, 7 de dezembro de 2008

Sr. Eduardo

Era uma aventura ir à loja do Sr. Eduardo... Aqueles 300 metros que a distanciavam de minha casa davam mais prazer do que uma viagem ao Oriente. (acreditava que o Oriente seria uma marca tipo sabão Clarim)
Era realmente marcante poder ir comprar o que a minha mãe pedia, com a lista de "cor e salteado" na ponta da língua, e receber as bolachas Maria - o prémio que compensava o trabalho da deslocação. Sabia tão bem voltar para o quarto certo de que aquele dia tinha sido válido, tinha sido especial... Sentia-me um quase adulto com capacidades mais do que suficientes para ir às compras sozinho.
Eu queria lá saber do preço! Promoção era algo do futuro e os descontos traduziam-se nos 5 gramas a mais no peso do fiambre que sentia como uma autêntica vitória pelo simpático desempenho que tinha na relação cliente-Sr. Eduardo.
É incrível como, se fechar os olhos e me tele-transportar, ainda sinto os cheiros das frutas, do sal, da vida que também se traduzia numa fila de espera das habituais 5 pessoas... É interessante como os cheiros mudam, inclusive os das coisas que continuam a existir nas eras pós Sr. Eduardo.
É uma pena que já não encontre as bolachas Maria, as que eram "torradas"...

14 comentários:

Ricardo disse...

E o jantar de Natal do Blog?

joana disse...

Tudo muda na vida,felizmente que as recordações vão ficando.
Beijinhos e boa semana

Unknown disse...

eu tb adorava ir á loja, que ficava mesmo do outro lado da rua, e dizer "quero um bolo, Quininha" " e a tua mãe sabe?" perguntava-me ela "sabe, e mandou levar tb pro meu irmão" lol...o k ainda me consigo rir ao lembrar esses momentos, de notar que a minha mãe só ficava a saber na hora de pagar os ditos bolinhos...

Mary disse...

Algumas coisas mudam...conforme "mudam" os tempos!
Mas as memórias ficam, por isso...aproveita-as :)
beijo natalício meu querido

Unknown disse...

Não me lembro do nome da senhora, mas a designação era sempre a mesma: ir à "lojinha" - ADORAVA! principalmente porque não saía de lá sem uns caramelos que ela, simpaticamente me oferecia sempre. Ou ir à padaria, daquelas de bancadas de mármore e uma pequena vitrine com bolos fresquinhos, isto é do tempo em que as bolas de Berlin ainda sabiam a bolas de Berlin ... Enfim... E até à drogaria, duas portas à frente, eu ADORAVA ir - desde comprar petróleo por "medida" até aos pequenos bibellots que se ofereciam por ocasiões festivas ... Recordar é viver!!

Beijo

paulofski disse...

Dona Emilinha, ponha na conta! Felizmente ela ainda resiste, com sr. Alfredo e a sua lojinha de rua, tão tradicional como muitas outras mercearias ainda resistem noutras ruas. Faz muito tempo que já não me atura, mas mantém "conta" aberta à freguesia habitual.

Abraço

FM disse...

Não sei Ricardo,... Vou pensar no assunto com especial atenção. (risos)
Abraço.

FM disse...

Olá Joana!
Mas mesmo com recordações posistivas... Há que avançar para HOJE com vontade de viver cada instante.
Beijos.

FM disse...

(sorrisos)
Interessante, não?!
Beijos.

FM disse...

Olá Afilhada!
Tens dado uso ao Livro?
Beijos com Carinho e saudades de te ver e ouvir. (sorrisos)

FM disse...

Não te lembrares do nome é grave Natacha! (risos)
Mas ficaram as recordações e sensações.
Beijos.

FM disse...

Esse por na conta também é do meu tempo... (risos)
Bons tempos Paulofski, certo?!
Abraço.

Mary disse...

Tenho sim Padrinho :)))) E já me surpreendeu algumas vezes!
Acho que este Livro "apareceu" na fase certa...acreditas?!
beijo e saudades...TUAS :))))))

FM disse...

Claro que acredito Afilhada! Até eu já me surpreendi com o "Poder" do livro... Cada um dos seus "itens" assume um peso mais significativo consoante o número de vezes que se assimila... Experimenta abstraires-te do que te rodeia e USA-O com atenção e intenção.
O Livro tem efectivamente mais poder do que imaginávamos quando o criamos.
Fico Feliz por saber que o estás a usar.
Beijos com Carinho.

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