domingo, 24 de fevereiro de 2013

“Filmes Indianos”



Os filmes Indianos, que não vejo há décadas, acompanharam a minha infância, principalmente por volta dos 6 anos de idade, lá para o ido 1976, por aí.

Imagino que não serei o único (ou talvez seja!) a, ainda hoje, ter uma afeição especial por elefantes (o animal que está no meu top de animais preferidos), em virtude de tanto os ver sacrificarem-se em filmes vindos de um país tão distante, tão desconhecido, tão diferente, pelo que o grande ecrã nos mostrava. 

Naqueles filmes em idioma estranho, geralmente, o final implicava o sacrifício de um elefante, ou dois, ou três… Ou então, mesmo não sendo sacrificado, o animal acabava sempre por rivalizar em termos de importância com os protagonistas dos filmes. Nunca o entendi.

As minhas sessões cinematográficas daquela altura passavam principalmente pelo cinema “Olímpia”, aquele encostado ao Coliseu, onde os domingos à tarde ditavam a compra de um bilhete de cor azul, o tal onde, além do preço do bilhete, destacava-se o “M/6”, ou seja, para maiores de 6 anos, se não estou em erro. 

A minha mãe, mesmo sem saber ler, adorava ir ver filmes Indianos. E eu era a sua companhia especial de todos eles, ao ponto de se tornar quase religioso ir ao cinema ao Domingo à tarde. E mesmo sem saber ler aquelas legendas, estou em crer que ela conseguia entendê-los melhor do que muitos dos “alfabetados” presentes naquela sala. 

É! Tenho saudade desses tempos, desses filmes, e até daqueles elefantes… Daquelas histórias de amor com final feliz que, na verdade, pouco mudavam em termos de enredo. Mas era especial, era muito especial todo aquele protocolo da altura, o tal que ia do apanhar o autocarro para ir até ao centro do Porto seguido da compra dos bilhetes à pressa, do ir ver o filme, usar o intervalo para o xixi ou para ver quem de conhecido também lá estava e, claro, o terminar do dia de folga com a mais do que tradicional ida ao famoso “Café Embaixador”, junto à Avenida dos Aliados, para o lanche da praxe, sempre com aquelas caixas de plástico com pastéis (bolos, melhor dizendo!).

Da Índia, nos dias que correm, são várias as canções que me fazem companhia, mas, agora que falo nisso, sinto-me impelido a recordar um desses filmes com elefantes… E fá-lo-ia já, se possível. (sorrisos)

- Alguém me sugere algum?

Kiko

0 comentários:

Acerca de mim

A minha foto
Portugal
Sempre algures entre o hoje e o amanhã, sem esquecer a memória.

JACKPOT

JACKPOT
Música Anos 70, 80 e 90

Porto Canal

Porto Canal

O Livro do Ano

O Livro do Ano
Escrito por uma Deusa e um Sonhador... em nome de um Ângelo

...Sempre...

...Sempre...

Blog Archive